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Rock On Stage: Essa é a primeira vez que a banda vem ao Brasil. Qual a expectativa de vocês para os shows por aqui?
Vogg: Hey, essa será a primeira turnê mesmo na América do Sul. Estamos muito felizes e animados com essa viagem. O que posso dizer, depois de muitos anos finalmente estamos indo tocar no seu país. Tenho muitos amigos aí e espero encontrar com todos eles e também estou certo de que os shows serão incríveis. Espero por muita gente, ótimos shows e claro, voltar com grandes lembranças do Brasil.Rock On Stage: "Carnival Is Forever" foi o primeiro álbum do Decapited com a nova formação. Como foi o processo de gravação e composição de um novo álbum após o período conturbado que a banda viveu?
Vogg: Isso foi diferente, totalmente diferente. Sou o único membro original da banda atualmente, então com os novos músicos eu tive que aprender a fazer músicas de um novo jeito. Eu tinha muito material feito com Witek, então eu terminei isso com Krimh e descobri que Kerim é muito rápido com arranjos. Portanto, mesmo se eu trabalhei com um baterista diferente isso foi legal, eu não esperava que o processo de composição fosse ser tão fácil.
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Rock On Stage: O Decapitated a cada álbum se tornava mais técnico e mais complexo em suas composições. Porém em “Carnival is Foverer” o que se vê é uma volta aos primeiros trabalhos da banda, com músicas mais diretas e não tão complexas, mas ainda mantendo a técnica. Vocês concordam como essa visão? Como vocês descreveriam o álbum?
Vogg: Sim, eu concordo. De fato, Carnival é um pouco mais fácil, comparado, por exemplo, com Organic, que é mais direto, mas é por isso que soa grande quando o tocamos ao vivo. Quero fazer esse álbum ser calmo, fácil e energético. Ele é como algo que eu não estava apreensivo para tocar, o que eu sinto é que você pode ouvi-lo pela primeira vez com a mente aberta, canções longas, como a faixa-título, mas ainda esse álbum é bem rápido e agressivo. Eu o acho interessante, porque cada música é diferente, e você pode achar nele muitas formas diferentes de não tocar sempre a mesma merda!Rock On Stage: Este ano vocês lançaram o videoclipe da música “Pest”, produzido por Grupa 13 e dirigido por Dariusz Szermanowicz. Por que essa foi escolhida a primeira faixa a ser single? E como foram as gravações do vídeo?
Vogg: Apenas decidimos que Pest seria a melhor música para o primeiro videoclipe, essa é uma música do caralho, espontânea, energética e atmosférica. Essa música descreve um pouco do que você pode achar no álbum todo. Gravamos o vídeo em um dia, em Wroclaw, nós todos estávamos de ressaca, porque um dia antes bebemos e provamos algumas cervejas locais... Então isso foi bem difícil de se fazer desta vez. Mas agora temos um novo vídeo para acrescentar, com a música Homo Sum, que é totalmente diferente, é em preto e branco, e é incrível!Rock On Stage: Após o acidente que ocorreu em 2007, muitos e até mesmo a banda tinha incertezas sobre seu futuro. Como é para vocês lançar um novo álbum e em estar em turnê novamente após tantos anos sem tocar?
Vogg: Isso foi há muitos anos. Antes de eu voltar com o Decapitated, eu participei do Vader, fiz 150 shows com eles. Então não estava nos palcos por dois anos após o acidente, foi bom estar em turnê de novo, eu amo isso. As vezes, me sinto um pouco estranho porque tenho novas pessoas a bordo, mas sei que não posso fazer nada sobre isso. Não posso voltar atrás no tempo, então... Estou feliz pelo que tenho e festejo cada minuto no palco, no ônibus de viagem, etc.
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Rock On Stage: Em janeiro deste ano, os pais do ex-vocalista Covan foram a TV polonesa pedir ajuda para manter um tratamento, que tem tido efeito em seu filho. Vocês ainda mantém contato com Covan ou sua família? Têm acompanhado seu estado de saúde após o acidente?
Vogg: Claro que tenho contato com ele e sua família. O vejo todo mês, às vezes, toda semana. Nós moramos na mesma cidade. Ele precisa de ajuda, porque ainda está numa má condição, você pode ir em www.wakeupcovan.com e lhe enviar algum dinheiro via paypal se quiser ajudá-lo. Desde já agradeço a todos que puderem ajudar.Rock On Stage: A Polônia tem sido vista como um dos países com leis e censura mais severas em relação a certos estilos musicais. O Black Metal, por exemplo, tem sofrido muito com esse preconceito instaurado na sociedade polonesa, mas ao mesmo tempo a impressão que tenho é de que Nergal se tornou muito popular por lá ao longo dos anos. Como vocês vêem essa situação e a que acham que ela se deve?
Vogg: Não tive nenhuma situação assim durante minha carreira, não somos uma banda satânica e não tocamos qualquer situação religiosa, então ninguém teve problemas com isso. Falamos sobre humanos em nossas letras. Sei que isso é um saco para Behemoth e Vader, por exemplo, mas por um outro lado isso é bom para promover, políticos e religiosos falando sobre você em todos os jornais, essa é a razão pela qual Nergal é tão popular na Polônia, todo mundo o conhece.
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