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Rock On Stage: Como foi o começo do John Wayne, quais suas influências, toda aquela história que todos tem curiosidade em saber e o por que do nome, já que não estamos na faixa etária de lembrar do grande ator, porém, seria estranho se chamasse Tom Cruise?
Rogério Torres: A John Wayne surgiu em meados de 2009 quando o Fah, o Denis e o Junior se juntaram para formar uma banda com um estilo diferente do que vinham tocando - eles tocavam em bandas de Hardcore melódico na época. Todos têm influências parecidas quando se fala em Metalcore/Deathcore, mas cada um tem sua base. Eu ( Rogerio Torres ) sempre escutei Metal Tradicional, Thrash Metal, Power metal, ou seja, ouvia Ozzy, Metallica, Megadeth, Helloween, Angra, Shaman, etc. Já o Denis e o Junior vieram do Hardcore. Sempre curtiram DeadFish, Garage Fuzz, Reffer, Questions, Paura, etc. O Fah já gosta de sons mais extremos, como Carnifex, Oceano, Annotations Of An Autopsy, Walking The Cadaver e grupos de Rap, como o Facção Central. O Edu é mais do Thrash, gosta de Anthrax, Sepultura, Pantera, Slayer, Testament. Como pode ver, todos têm gostos bem diversificados.O nome da banda não vem do ator de filmes de faroeste (risos) e sim do assassino em série, chamado John Wayne Gacy. Ele ficou conhecido como “o palhaço assassino” na década de 70. E não! Não incitamos violência e sim, colocamos esse nome como forma de protesto contra as atrocidades que os humanos podem cometer. Além de tudo é um nome fácil de lembrar e é sinônimo de porrada!
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Rock On Stage: Vocês divulgam seu excelente álbum Tempestade em forma gratuita, como pensaram esse planejamento de distribuí-lo for free, e como foram as gravações de Tempestade?
Rogério Torres: A verdade é que hoje em dia ninguém ganha dinheiro vendendo discos. Desde sempre, nossa ideia foi disponibilizá-lo para download gratuitamente. É a forma mais fácil e rápida da banda conseguir levar a sua música para a galera e para lugares aonde o disco não chega. Com toda certeza, se tivéssemos colocado o disco apenas para venda, a John Wayne não teria conquistado 1/10 da visibilidade que tem hoje.As gravações foram incríveis! O Adair Daufembach, o produtor que gravou o álbum, é um cara fantástico. Ajudou muito a banda, não só nas gravações, mas fora dela também, orientando como deveríamos caminhar depois do lançamento do Tempestade. O processo de composição foi bem intenso. Fazíamos cerca de quatro ensaios por semana de várias horas, aprimorando ao máximo as músicas que seriam gravadas. Compomos seis músicas completas, mais Aliança - que até então era um single já gravado - e de última hora decidimos regravar a Talvez O Amanhã, que era originalmente do EP2011. Demoramos vários meses para gravar o álbum, dando atenção para todos os detalhes de execução, timbre... tudo. Todo esse cuidado e dedicação valeram à pena. Gostamos muito do resultado final e o álbum teve uma ótima recepção da galera.
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Rock On Stage: Vocês são uma banda nova, e pergunto, vocês conseguem viver só da música ou todos tem outro emprego, e caso possuam outro emprego como conseguem acertar as agendas para excursões?
Rogério Torres: Todos têm empregos formais de segunda à sexta. Batemos cartão ( risos ). Como os shows geralmente acontecem aos fins de semana, não temos muitos problemas com viagens para cumprir a agenda de shows. Isso é tranquilo, pelo menos por enquanto.Rock On Stage: Sampa Music Festival, vocês participarão deste evento histórico sendo sua décima edição, junto com grandes nomes de Rock também porém diferentes estilos, como surgiu o convite para participar e o que podemos esperar de diferente como participações neste dia?
Rogério Torres: Participamos da nona edição do Sampa e foi uma experiência incrível para nós - uma banda extrema tocando no line-up de um grande festival. E mesmo estando entre diferentes estilos o público foi muito receptivo. Provavelmente, os produtores viram que essa mistura de estilos realmente dá certo e que a John Wayne tem sua parcela no público do evento. Aí surgiu o convite para a edição 10 e estamos muito felizes em participar em duas edições consecutivas do Sampa Music Festival! Esse foi o melhor feedback que poderíamos ter da nossa participação na edição anterior. Podemos prometer que esse será o show mais pra cima e diferenciado que já fizemos!
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Rock On Stage: Digamos que no set do John Wayne no Sampa Music Festival vocês tocariam um cover nada a ver com o Metal, qual seria?
Rogério Torres: Boa pergunta ( risos )... Não sei, talvez uma Los Hermanos! Porque não?! Gostamos muito da banda, gosto em comum da John Wayne.
Rock On Stage: O que mudariam no Heavy Metal hoje?
Rogério Torres: Acho que não temos nada a mudar no Heavy Metal. O estilo evoluiu da forma que tinha que ser. O que mudaríamos, se pudéssemos, é a cabeça fechada de algumas pessoas que curtem o estilo, por não aceitarem o Metal moderno, independente da sua vertente. Mas acredito que isso é uma coisa que vai acontecer naturalmente.
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