Coletiva de Imprensa do Imagine Dragons
 no Hotel Hilton em São Paulo/SP
Quinta, 03 de abril de 2014

 Imagine Dragons, uma das bandas headliners do Festival Lollapalooza Brasil 2014, que ultimamente está ganhando uma legião de fãs ao redor do mundo com seu Pop Rock direto, cheio de ritmos diferenciados e que os destaca no meio musical.

    Aproveitando sua primeira passagem pelo Brasil e lançando o DVD Night Visions Live, praticamente exclusivo para o público brasileiro, a banda recebeu a imprensa para uma coletiva no Hotel Hilton em São Paulo/SP, aonde alguns veículos puderam fazer algumas perguntas a banda.

  

      O que vale destacar da coletiva, e que realmente chamou a atenção é que a banda, mesmo com vários EP's lançados, um álbum nas paradas da Billboard há quase dois anos, com hits tocando e muito nas rádios, a receptividade e atenção de cada um dos membros em procurar responder a questão exatamente da maneira deles. De fato, foi algo bem marcante e que impressionou a maioria dos jornalistas ali presentes.

     Após as explicações de como seriam as regras para cada pergunta, o primeiro a perguntar foi o jornalista da 89FM, que questionou sobre o show do Rio de Janeiro: onde eles tocaram Tom Sawyer do Rush e como é a seleção de repertório antes do show?
Dan Reynolds ( vocalista ): Nós adoramos Rock Clássico e crescemos ouvindo isso, e no início da banda em Las Vegas, nós para ganhar a vida tínhamos um misto de canções próprias e covers, então nesta época tínhamos mais que 100 músicas ensaiadas, então quisemos lançar um desafio para a própria banda, nós encaramos como um desafio e particularmente, Tom Saywer é bem difícil de ser tocada.

 

    Depois, o jornalista da Joven Pan perguntou sobre a sensação de star no Brasil pela primeira vez, e a resposta foi:
Dan Reynolds: É uma sensação incrível. Eu na verdade sempre quis vir aqui, desde os meus 5 anos de idade, meu pai morou aqui quando ele tinha mais ou menos 18 anos por dois anos.

    Ele sempre falou sobre o povo, sobre a comida, sobre várias coisas para se fazer aqui e eu fiquei impressionado com o quanto as pessoas são receptivas. Eu queria que nos Estados Unidos fossem assim também.

 

    A próxima pergunta foi sobre a parceria com o Kendrick Lamar, onde gravaram uma faixa e o jornalista concluiu: "Vocês têm a intenção de fazer outras parcerias desse tipo? Com quem?"
Wayne Sermon ( guitarrista ): O Kendrick é uma personalidade e uma voz muito única no Rap. Foi interessante porque no início ( da parceria ) a gente tinha a mesma visão, a gente concordava com criar uma música mais crua, mais animadora, um pouco mais perigosa.

    Em relação a colaborações, eu não sei: se algum dia o Neil Young ou o Paul Simon aparecessem seria ótimo, mas a gente ainda estamos querendo crescer e estabelecer a nossa própria identidade.

   E finalmente chegava a hora do Rock On Stage fazer a sua pergunta na coletiva de imprensa, e nossa pergunta foi sobre a versão do hit It's Time, que a banda gravou no Ocidental Sallon em formato acústico e tem quase tantos 'view' quanto o clipe oficial.

    É uma versão que beira a perfeição e se quando eles gravaram eles tinham ideia do resultado que queriam e se achavam que teria a receptividade tão boa que teve dos fãs Dan Reynolds ( vocalista ) nos questiona de volta sobre qual versão eu estava citando.

Rock On Stage: A versão acústica gravada no Occidental Salloon.
Dan Reynolds
( vocalista ): Ah ok, Esse vídeo foi gravado antes da banda explodir, foi um momento mágico, pois mostrava a paixão de uma banda iniciante, a gente tocava em clubes pequenos e foi gravado num clima bem legal.

Wayne Sermon ( guitarrista ) completa: Gravamos numa casa numa casa bem antiga, bem legal, 100 anos de idade, num antigo padrão americano, a sala era bacana e tinha boa acústica. E ficou tão legal, Na verdade as mesmas pessoas que fizeram esse vídeo foram convidadas para fazer On Top Of The World, gostamos muito deles.

A pergunta seguinte foi da Billboard Brasil sobre o que achavam na palavras do vocalista sobre o Queens Of The Stone Age, que falou sobre eles e se o Imagine Dragons tem a "desavença com eles"?
Dan Reynolds ( vocalista ): Nós realmente não acompanhamos muito as notícias que saíram na imprensa, nós preferimos viver o nosso momento e fazer a nossa música, mas, nós soubemos sim sobre o que o Josh falou e nós realmente não pensamos muito a respeito. Enfim, ele me ligou e pediu desculpas, então, isso foi legal.

 

 Outra pergunta de um outro veículo que não me recordo qual foi o seguinte: Como vocês acham que o novo álbum de vocês vai soar? Vocês terão alguma mudança de estilo ou algo que defina mais o trabalho da banda?
Ben McKee: Se você acompanhar nossos EPs, os nossos trabalhos antes do primeiro disco, você vai ver que nós já mudamos muito o nosso estilo, nós não somos o tipo de banda que faz uma coisa e só trabalha naquilo o tempo todo, a gente realmente gosta de experimentar, ouvir um monte de coisa nova, colocar qualquer experiência que tivermos em nossa música.

    Depois desses dois anos viajando por todo mundo, com várias experiências, tem muita coisa boa vindo por aí. E mesmo assim ainda seremos o Imagine Dragons.

   A questão seguinte foi sobre o show do Rio de Janeiro, onde a repórter que tinha assistido o show e lembrou que várias vezes que o vocalista se emocionou e se de fato ficou emocionado com o público carioca.
Dan Reynolds ( vocalista ): A razão de eu ter entrado na música é que sempre acreditei que a música é a melhor maneira de se conectar as pessoas, mesmo com a diferença de cultura, religião, política, a música supera isso, consegue ligar as pessoas e foi um momento muito emocionante.

    Também tem o fato, como já disse, de quer vir aqui há muito tempo e quando tinha 8 anos de idade fiz um trabalho sobre o Brasil. E vocês já devem saber disso, o Brasil tem um dos melhores públicos e foi fantástico. E foi uma incrível experiência de ver as pessoas sabendo as letras e mesmo depois de 5 anos ainda isso é uma grande novidade para nós.

A seguinte foi da Music Express Brasil perguntando sobre o que vocês recomendam para as bandas brasileiras que vão se apresentar no Lollapalooza?
Dan Reynolds: Trabalhem bastante a parte musical, conheçam as bandas, conheçam as músicas, a cultura local e embora ele não conheça muita música brasileira, e sempre nos shows ganham cd's e acha que essa experiência aqui será bem legal.

Wayne Sermon: E o meu conselho para qualquer pessoa que vá ao Lollapalooza é: “tome bastante água” ( risos ).

 

 

    O Canal Bis perguntou: "O Rock tem perdido espaço para o Hip-Hop e para o Rap. O que vocês acham disso? Vocês concordam com essa afirmação?"
Dan Reynolds: Eu na verdade amo Rap, eu cresci ouvindo as músicas do Tupac e de diversos outros rappers, eu não sou desses artistas que dizem: “Eu não sei o que é Hip-Hop”, sabe? Mas eu acho que o Rock tem suas fases, ele sobe e desce, então eu acho que ele teve uma boa fase nos anos 90 com o Nirvana e que a gente está entrando em uma boa fase novamente.

   A última pergunta foi do Canal Interative do Chile, que questionou: "Vocês ficaram famosos muito rápido. Como vocês conseguem manter a paixão pela música?"
Dan Reynolds ( vocalista ): Realmente parece que a gente explodiu apenas há um ano, mas a banda existe há cinco anos, então isso ajuda. Eu não sei, nenhum de nós veio para a música por causa da fama, das garotas, até porque somos bem feios ( risos ), ou das drogas ( ok, talvez pelas drogas - mais risos ), então a gente é um grupo de gente que realmente gosta muito de música, no hotel à noite, a gente toca junto pra manter o ritmo, a gente tá sempre fazendo música.

Wayne Sermon: Subir no palco e tocar é sempre a melhor parte do nosso dia. É o que a gente mais se anima de fazer, é o mais gostoso, essa é a nossa paixão, então a gente acha que isso não vai mudar.

Por Marcos César de Almeida e Sílvia Pedroni
Fotos: Marcos César de Almeida e Mila Maluhy
Agradecimentos à Simone Barbosa da Universal Music
e a Tatiana Ito da T4F pela atenção e credenciamento
Abril/2014

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