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Rock On Stage: Vocês acabaram de fazer um pocket show num evento pequeno organizado por uma das livrarias Cultura de São Paulo onde o auditório lotou e a galera agitou. Curtiram fazer um evento assim?
Dick: Foi um negócio interessante, pois é uma espécie de ensaio para o público e isso lembra os anos 80 onde a gente fazia ensaio num quartinho e entrava toda a rua, vários amigos. Entrava de 20 a 30 pessoas num quartinho pequeno, menor que esse palco aqui do auditório. Foi meio que um revival de tocar para um público pequeno, só faltou ter mesmo um monte de amigos assistindo, mas na verdade o público que é nosso amigo. Foi divertido pra caramba!Rock On Stage: Esse novo trabalho tem uma produção excelente. Mexer em seu próprio disco, produzindo-o no Mr. Som requer mais cuidado, dá mais insegurança, afinal é o som de sua própria banda e a atenção precisa ser maior, ou não?
Heros: Cara, isso é fogo mesmo! Produzir sua própria banda é horrível. É um cuidado maior ainda do que a banda dos outros. É a tua banda, cara! Quem sabe o cd ficasse melhor se não fosse a minha banda. Eu quero tanto para minha banda que as vezes estraga.Rock On Stage: Que tipo de mudanças sutis vocês fizeram em relação ao “Ties Of Blood”, afinal o timbre da guitarra mudou um pouco, provavelmente na fase da produção. Notei solos no meio da música que me lembram a fase do guitarrista Nicastro no começo dos anos 90, mas um pouco diferente! Vocês fizeram várias demos, antes?
Heros ( virando-se para Dick ): A gente fez duas demos, não é isso? A gente se preocupou um pouco mais com os solos, pois o Antônio é mais virtuosinho e tal, pá e pá ( risos ).
Dick ( enquanto os outros começam a rir ): É um trabalho que, assim como você perguntou para ele sobre produzir o próprio trabalho, sei que você tá ligado que na casa de ferreiro o espeto é de pau. Daí você fica preocupado pra caramba e se dedica mais. A gente fez duas pré-produções para analisar como estava o trabalho e demos uma filtrada em algumas coisas...
Heros: Foi algo com mais cuidado!
Antônio: Em relação ao lance dos solos eu penso que foi meio que natural fazermos mais solos nesse cd. Eu tenho meu jeito de tocar e o Heros também sola bem pra caralho. Foi um processo natural fazermos mais solos e com mais notas. Se ficou parecido com o estilo do Nicastro ou de qualquer outro guitarrista que passou pela banda foi coincidência.
Heros: O nosso próximo passo é o Korzus instrumental, só de solos ( risos ).
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Rock On Stage: Quais as temáticas das letras do álbum novo e porque a escolha do nome “Discipline Of Hate” ?
Antônio: As temáticas são variadas e abordam temas da vida, das vivencias e experiências pessoais de cada um, muitas frustrações, traições, etc. Penso que o título Discipline Of Hate sintetiza muito o momento pelo qual o mundo passa, desse caos todo e da banalização da violência. Você vê nos noticiários e morte em tudo quanto é canto, desgraça e ninguém se choca mais com isso. Eu lembro que há dez anos a coisa era diferente, pois se matavam alguém o pessoal ficava impressionado e hoje em dia se um cara é esquartejado, as pessoas acham isso normal. Eu acho que o título tem a ver com isso, do lance do ódio que está se tornando uma coisa trivial e para nós o álbum é um grito de raiva contra isso, basicamente.
Dick: O título Discipline Of Hate ( leia resenha ) casou com a temática das letras e a gente tinha o nome de Discipline Of Terror que a gente bolou nos anos 90 e que guardamos na manga para ser uma música ou alguma história da época, e não acabamos usando. E como chegamos a ficar na dúvida do nome, o Pompeu lembrou do Disciplina do Terror e falou: “Cara, isso aqui é disciplina do ódio!” e encaixou direitinho com a temática das músicas.
Antônio: A essa hora a gente já tinha uma pá de música pronta e caiu como uma luva!
Heros: E a gente estava sofrendo uma pressão para dar o título do cd e ninguém tinha uma ideia. Daí fudeu!
Pompeu: Quem... quem... quem chegou com a luz, fala aí, Dick?
Dick: Foi o Pompeu, pronto. Aeeeeee ( risos dos demais )!Rock On Stage: Notei que a esposa do Dick, a Susanne, foi co-autora em uma letra e Justin Sorochaman, que é o tour manager do Korzus participa de quatro letras. Falem sobre essas e outras parcerias!
Dick: Desde o Ties Of Blood já vem ocorrendo algumas parcerias, pois chega uma hora que suas ideias ficam flutuando na sua cabeça e o Pompeu teve umas opiniões de outros como ele já teve minhas, do Heros, do Antônio e de outros dentro das músicas, então ajuda bastante.
E como o Korzus não é só uma banda e sim uma família, há pessoas envolvidas em volta e cada um acaba dando uma ideia e você absorve ela e acha legal. Minha esposa fez algumas letras, o Justin também colaborou e o Antônio também. É uma questão de parceria. É uma família que ajuda a fazer um trabalho.Rock On Stage: E como o Pompeu disse, o Korzus não é uma ilha e ele não é um sol! ( nota: comentário feito pelo Pompeu durante o pocket show quando alguém perguntou sobre a forma de compor na banda )
Dick ( sorrindo ): É isso aí. Ele é o poeta dos headbangers, mano!
Heros: Quando ele falou isso... essa foi foda!
Pompeu: Eu falei o seguinte: “O Korzus não é uma ilha e eu não sou o sol”. Para um bom entendedor, meia palavra basta. Eu não sou o dono do mundo e o Korzus não está isolado. É isso que eu quis dizer.
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Rock On Stage: O estilo ainda é Korzus, mas um pouco mais encorpado e noto muitas semelhanças ao “Mass Ilusion” e ao “Pay For Your Lies”, dois álbuns que para mim marcavam uma evolução na qualidade sonora é gráfica do Korzus. Noto que a banda tem fases que a sonoridade muda em algum aspecto sem se distanciar dos anos 80 e começo dos 90, mas também com muito Slayer. O Slayer é a principal influência da banda, pois nesse cd nota-se muito isso, principalmente do Slayer de 15 anos para cá?
Pompeu: E porque a gente não pode ser uma influência para o Slayer ( pausa )?Rock On Stage: Será que é porque eles não apareceram um pouquinho antes, embora na mesma época?
Heros: Só fez sucesso antes, mas é da mesma época.
Pompeu: Cara, eu acho o seguinte. Bom...Rock On Stage: Será que não é pensamento de terceiro mundo essa eterna comparação?
Pompeu: Será que de repente eles não ouviram nenhum disco nosso e falaram: “Vamos fazer uma música assim também!”?
Heros: No Monsters Of Rock que a gente tocou e demos o álbum KZS para os caras e no disco seguinte deles tinha uma das últimas músicas que era Internally pra caralho!
Dick: Tinha a base parecidíssima.
Heros: A gente não quer falar que os caras copiaram, mas é igual...
Pompeu: Voltando ao que eu queria dizer, são bandas da mesma época e talvez a gente tenha ouvido o Slayer antes deles terem ouvido a gente, mas é o seguinte cara: cada um tem o seu trabalho. Se você ouvir o último disco do Korzus e o último do Slayer, onde você pode achar que são iguais? Só no batú-batú-batú... ( Nota: Pompeu imita uma cadência rápida e comum para falar da velocidade das duas bandas ). Aliás as afinações são diferentes.
Antônio: É a raiva que o negócio tem. Tem tudo a ver!
Dick: O maior fator dessa questão de Slayer e Korzus é que existe uma coisa chamada inconsciente coletivo. Você tem certas informações que os caras lá do Slayer também tem e alguém no Japão ou em outro lugar do mundo também tem. Então você acaba fazendo um tipo de música e letra parecida, mesmo que você não copiou ou não ouviu. Falar que a gente é influência do Slayer? Sim! A gente tem um grande orgulho disso e acreditar que eles começaram no anos 80 e nós também, só que estamos no Brasil e eles estão lá.
O inconsciente coletivo é muito forte nessa situação toda, por tocarmos esse estilo de música. E acredito que a energia que a nossa música passa como composição é parecida com a do Slayer, e não tem como o cara não falar que não é parecido. Sempre vai rolar uma comparação, mas Slayer é Slayer e Korzus é Korzus.Rock On Stage: Pelo começo da música “Raise Your Soul” nota-se uma influência de um Thrash mais moderno também. Tem algo de Machine Head, assim?
Heros ( olhando para o Pompeu ): Nem é thrash moderno, cara. É hard rock, bicho. Algo como o KISS, né?
Pompeu: Foi de onde veio. A ideia do refrão assim veio lá de trás dos anos 80 de músicas como a I Love It Loud com aquele “ô-ô-ô-ô ow” ( Pompeu canta o começo da música ). Eu pensei mais nessa música do que qualquer outra coisa.
Heros: A gente pensou em fazer um refrão que vai ficar na cabeça da pessoa e não vai sair nunca mais.
Pompeu: Exatamente!
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Rock On Stage: E a letra de “Hipocrisia” tem alguma ligação com a música “Peça Perdão” do “Ties Of Blood” já que as duas mandam um recado claro em português e tocam em assuntos relacionados as sensações humanas de erros e menosprezo?
Pompeu: Como o nome diz, Hipocrisia já diz tudo. Se você for acompanhar a letra dela, vai ver que são todos os momentos em que as pessoas entram em contradição e são hipócritas, como enganar os pais, a família, ficar falando que você é uma coisa e na verdade é outra, ficar pedindo ou exigindo coisas dos outros que você não faz quando te pedem.
Isso é uma coisa natural do ser humano em qualquer lugar do mundo. Para mim a hipocrisia é uma coisa muito grande, pois estou falando apenas uma parte da hipocrisia, de algumas características dela. Se formos falar de hipocrisia não iria caber numa música de um minuto e meio.
Dick: Daí a gente se dedicou mais para o lado da mentira.
Pompeu ( enfático ): Exatamente! É o lado da pessoa até acreditar na própria mentira. Mas não tem nenhuma ligação com a música Peça Perdão, é um outro assunto completamente diferente, e é naquela pegada mais punk rock. É uma música que ao colocar a voz nela me baseei muito em bandas brasileiras como Ação Direta e Ratos de Porão.Rock On Stage: A letra da música “My Enemy” sugere que a pessoa pode ser inimiga dela mesma. Alguma vez vocês já se traíram seja em que aspecto for, tanto preguiça, falta de segurança, capacidade mental ou física quando achariam que teriam tais capacidades e tinham apenas a falsa sensação?
Pompeu: Com certeza! Penso que todos nós que estamos aqui nessa entrevista, inclusive você, já passamos por isso.
Rodrigo: Que atire a primeira pedra quem nunca passou por isso!
Pompeu: É isso aí. Isso é uma coisa normal de acontecer com o ser humano em qualquer lugar. É uma coisa muito real.Rock On Stage: Agora que a banda terá uma exposição maior no exterior pelo contrato que fizeram pensam que o público do exterior vai estranhar o som da banda tão similar ao Slayer? Podem até pensar: “Mais uma banda nova fazendo esse tipo de som com 20 anos de ‘atraso’?”, pois eles não sabem da história do Korzus e podem não curtir muito metal brasileiro como tem gringo que curte.
Dick: Sobre essa questão que você está colocando, nas resenhas que vem lá de fora sobre esse nosso trabalho, os caras fazem uma leve comparação com o Slayer pela agressividade e intensidade da música, mas a maioria dos críticos e dos entendidos de heavy metal enfatizam uma coisa, que a banda também é de 1983 e não ficam nos comparando e nem nos chamam de banda nova. Sabem que somos uma banda antiga do Brasil, quase que uma banda cult no Brasil, por assim dizer, e o pessoal lá fora conhece muito bem a banda.
Por incrível que pareça todos os comentários enfatizam bem isso: “Eles têm a mesma energia do Slayer, mas não são cópias do Slayer!”. É um negócio que a gente achou bem interessante, pois aqui sempre falaram que a gente era cópia e nunca falaram que temos o mesmo pique. Existe um milhão de bandas por aí e no passado esse título de ser igual ao Slayer ou ser o Slayer brasileiro era legal, mas hoje em dia não diz muita coisa, pois sabemos a realidade da situação. É interessante saber que o pessoal lá fora conhece a banda e sabe que ela existe há vinte e poucos anos.
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Rock On Stage: Além do Zoltan alguém mais participa de alguma música?
Dick: Tem o Silvio Golfetti que participou com um solo numa música que ele ajudou a compor em 2006 quando ele ainda estava na banda. Ele ajudou a compor “Slavery”, “Power Drunk” e tem uma base dele na “I´m Your God”.Rock On Stage: Noto que nos agradecimentos do cd há partes em português e inglês. Lá fora o encarte é totalmente em inglês?
Antônio: Sim!Rock On Stage: A banda ganhou um patrocínio da bebida Jagermeister e é mais uma banda Jagerband como outras bandas também são. Isso ajuda no que a banda? Ter um ônibus exclusivo deles para rolar balada parece não ser de muita serventia artisticamente falando. Ou eles vão ceder ônibus personalizado para turnê do Korzus? Sei que tem algo relacionado a um ônibus do Korzus rodando por aí.
Pompeu: Eles vão ajudar a gente em relação a flyers, cartazes, apoio sendo que aqui no Brasil a Jagermeister é uma coisa nova. Aqui eles não tem a estrutura que eles tem na Europa. Depende de como a bebida vai reagir aqui.
Lá fora eles tem até festivais na Europa. Eles patrocinam um festival inteiro. É aonde as jagerbandas tocam e tem toda uma estrutura para isso. É uma coisa nova no Brasil. Eles estão aqui há um ano ou dois e você não quer que eles façam um festival aqui num estádio né?! Não é bem por aí!
Rodrigo: É uma bebida antiga lá fora. Se você ver vídeos da Copa do Mundo de 1974 - se não me engano - eles eram patrocinadores da Copa. É uma bebida muito tradicional na Alemanha e no mundo Todo, só que no Brasil está começando a chegar agora.
Pompeu: Já está crescendo e a nossa função como uma jagerbanda brasileira é ajudar a marca a crescer e quem sabe num futuro próximo ela venha a fazer no Brasil o que eles fazem na Europa. Nosso objetivo é ajudar a marca nisso, em prol do heavy metal.
Dick: E como a marca também colabora com a banda na parte gráfica como o Pompeu falou, aonde eles tem distribuição da bebida rola um transporte para banda.Rock On Stage: Existe a cerveja do Sepultura, mas será que pode surgir a cerveja do Korzus?
Dick ( se adiantando ): Cerveja eu não sei, mas uma pinga braba é bem capaz ( risos )!
Heros: Tem cerveja do Sepultura? Eu não sabia!
Pompeu: Possivelmente logo mais vocês vão ouvir falar da cerveja Korzus, sim.
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Rock On Stage: Uma coisa que achei estranha e outras pessoas poderão achar é o fato da banda se produzir e ganhar grana pelo trampo feito para ela mesma, ou seja, Pompeu e Heros ganharam do Korzus para produzir o cd do Korzus, quando a gente pode pensar que como sendo os produtores iam economizar com grana de estúdio. Achei que a banda receberia grana de alguma gravadora para isso. Não é estranho a banda fazer uma vaquinha para pagar outros integrantes da banda?
Heros: Cara, é o seguinte... a gente não é mais novinho, entende. Eu tenho filho, o Pompeu e o Rodrigo também tem, então é uma empresa, cara. Eu e o Pompeu temos o estúdio, o Dick trabalha com backdrops e cada um paga o que tem que pagar. Tá no estúdio paga o estúdio, tem que ter backdrop, paga o backdrop. Não dá para ser festa e temos contas para pagar, né cara?Rock On Stage: Mas todo mundo divide os custos e no final você acaba pagando a si mesmo?
Heros: Sim, sim!
Dick: E daí rola aquele lance... Casas Korzus, né cara! Você paga em mil vezes, tem a sua vantagem.
Heros: Casas Bahia Korzus.
Dick: É como ele disse, cada um tem seu trabalho. Ele tem o dele, eu tenho o meu... Cada um teu seu formato de trabalhar com sua parte, mas como envolveu a banda envolveu descontos, facilidades, etc. É claro que a banda ia fazer o cd com o Heros e o Pompeu, pois é a melhor qualidade no Brasil.
Heros: Somos os melhores ( risos ).
Dick: É verdade, cara! Para gente parece ser o melhor. Eu não conheço outro que tenha mais capacidade, mas se surgir a gente trabalha com esse outro, assim como se surgir alguém que faça backdrops melhor, a gente faz trabalho com a pessoa se der melhores condições. Cada um ajudou e tá dentro de casa.
Antônio: A prioridade não é trabalhar exclusivamente dentro da banda e para a banda, mas é que na banda temos pessoas competentes tanto para fazer gravação e backdrops, e isso vem a calhar. É isso aí!Rock On Stage: Vocês falaram agora que a banda é uma empresa, e o Korzus é uma banda tão importante e boa no cenário quanto outras bandas como Sepultura e outras mais. Quanto maior a banda, mais visados ficam para críticas e muitos vão achar que a banda não é mais underground. Não vão entender as entrelinhas do negócio ( todos começam a falar ).
Pompeu: Olha, olha! O que é underground, cara?
Dick: O que é underground?
Pompeu: Aqui no Brasil é o seguinte cara. Ou você não é nada ou você é alguma coisa, não tem esse papo de underground. Ou você vai começando e batalhando como um louco como a gente fez anos atrás ou você é alguma coisa que as pessoas conhecem. Não tem isso de “underground”. Tem underground fora do país!
Dick: O underground é quando você tá começando, quando tudo é difícil. Quando você vai engatinhando e vai passando os anos você vai organizando o seu trabalho. Esse papo de “underground”... a gente faz um som underground porque não está na mídia popular, está na mídia especializada que é o que você faz e outros também.
Você também não é mais underground, cara! O seu jornal virou conhecido no Brasil. Quando você era só conhecido na tua área e em alguns bares é underground ( Nota da Edição: Dick se referia ao NFL ZINE, jornal publicado pelo entrevistador e colaborador do Rock On Stage, que por sua vez também é underground ).
Pompeu: Isso. Só quando teus amigos te conheciam é underground. As pessoas não sabem traduzir do inglês para o português, o que de fato é “underground”, então tudo que é metal é underground.Rock On Stage: Tem gente que parou no tempo e pensa que tem que ser sempre assim e não se pode ganhar grana com Metal...
Pompeu: Exatamente! A gente vive de metal e nossos negócios paralelos vivem conforme é o heavy metal e a banda. A banda é um motor para os nossos negócios. Se a banda está em alta os nossos negócios estão todos em alta.
Dick: Como o Korzus trabalha para o metal não só tocando e fazendo serviços paralelos, você também tá trabalhando para o metal, mantendo o sistema vivo do fanzine, com edição de papel. Você não virou uma edição virtual, que é só luz. Então você continua mantendo e você fala: “Pô, eu sou underground”, mas não, a parada se profissionalizou. A forma como você vê as coisas e o modo que você apresenta essas coisas, de como você apresenta as bandas para as pessoas, é algo profissional. Você continua underground de coração! É diferente!
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Rock On Stage: Pela participação que vocês estão tendo desse documentário, vocês estão achando interessante pelo pouco que estão sabendo?
Dick: Sim, é bem legal! É uma honra estar participando do Brasil Heavy Metal.
Heros: E pelo que a gente sabe, é trilha sonora vai ser Guerreiros do Metal, né!Rock On Stage: E como está o entrosamento com o Antônio na banda?
Heros: Parece que ele tá há vinte anos na banda!
Dick: O cara nasceu para tocar no Korzus, meu amigo. Depois do Golfetti, só ele, cara!
Heros: Levou chicotada e aprendeu. Agora tá pianinho ( risos ).
Antônio ( sorrindo ): Aprendi na porrada, né?
Rock On Stage: Valeu pela entrevista e o espaço é de vocês para acrescentarem algo, deixar mais frases filosóficas quem sabe...
Dick: Qualquer coisa a gente vai se falando na saída e vão surgindo novas ideias, obrigado pelo seu apoio. Você tá no cenário há mais de quinze anos né, quase vinte e pô... é um prazer ter você aqui com a gente! E você também é um Guerreiro do Metal.
Heros: Sempre dando uma força para gente, a gente agradece muito a você, cara!Rock On Stage: Valeu aí!
Pompeu: Você é um Guerreiro do Metal.
Rodrigo: Valeu a todos!Por Hamilton Tadeu
Agosto/2010