9º Garagem do Rock de Espírito Santo do Pinhal/SP
com Slow, Barbaria, Pop Javali e Garage Machine
Campo do São Caetano em Espírito Santo do Pinhal/SP
Sábado, 16 de julho de 2016

    Nós últimos quatro ou cinco anos, não me recordo ao certo, teve início na Garagem do organizador Marcelo Niero, o Projeto Garagem do Rock de Espírito Santo do Pinhal/SP e de lá para cá, a cada edição o evento foi crescendo e reunindo mais visitantes. Depois de duas ou três edições, a casa do Marcelo Niero se tornou pequena e desta maneira, o Garagem do Rock aconteceu em outros lugares.

    Pois bem, no clima de confraternização de amigos, de reunião para conversar, beber, se divertir, contar histórias, ouvir muitas músicas entre as várias jams que conectavam músicos, que no momento estavam se firmando, o projeto contribuiu para uma nova e mais forte ebulição do Rock em Espírito Santo do Pinhal, sendo que depois de muito tempo sem atividades frequentes, hoje quase toda semana temos uma banda de Pop Rock se apresentando na noite pinhalense e na região, além de alguns nomes estando em bandas como o Barbaria, o Garage Machine, o Bandogs e o Johnny Joe ou até atuando solo.

    Nesta nona edição, o Garagem do Rock reuniu quatro nomes importantes do Rock Nacional, sendo eles o Slow do mestre do contrabaixo Joel Moncorvo interpretando as músicas do cd Apocalypse de Marcelo Niero, o Barbaria com seu Heavy Metal inspirado em temas piratas e dos sete mares, o Pop Javali que nos trouxe o seu contagiante Hard´n´Heavy responsável por fissurar os europeus no ano passado e o cativante Rock/Pop pinhalense do Garage Machine. Além disso, tivemos nesta nona edição a degustação de duas cervejas artesanais: a Maltus Beer e a Tora´s Beer, que foram bastante apreciadas pelos presentes.

Slow

    Nos momentos que antecediam ao início dos shows, os vários amigos e amigas puderam colocar o papo em dia até que por volta das 18:30, o Slow do renomado baixista baiano Joel Moncorvo com sua formação - digamos mais 'pinhalense' - se preparava para entrar no palco do Campo do São Caetano para exibir as músicas do lançamento do dia, o cd Apocalipse do baterista Marcelo Niero. E nas seis cordas estava o experiente Guilherme Zucherato. Antes de começarem a tocar, o anfitrião e organizador do evento Marcelo Niero agradece aos presentes, a todos que ajudaram na realização desta nona edição do Garagem do Rock, à sua esposa e a todos que contribuíram para que ele pudesse lançar seu cd.

    E o Power Trio abriu o show com Hodierno, uma pesada composição, onde destacam-se os toques da bateria de Marcelo Niero e a exuberante técnica do produtor do cd Apocalipse, Joel Moncorvo no baixo. A segunda foi a música Pajé, que foi dedicada ao baixista baiano pelos 30 anos de amizade com o Marcelo Niero em linhas técnicas, que destacaram os solos mais melodiosos do guitarrista Guilherme Zucherato em crescentes interessantes, que fizeram a galera vibrar. A balada No Groove foi a terceira deste final de tarde e exibiu um ritmo de baixo "classe A" e uma base de Grunge.

    Na sequencia, muito contente e porque não dizer visivelmente emocionado, Marcelo Niero agradeceu aos aplausos, aos amigos do Pop Javali, aos seus familiares e executam então, a rápida Alta Tensão, onde a guitarra de Guilherme Zucherato e o baixo de Joel Moncorvo promoveram um duelo de muita habilidade entre os dois, que foram amparados pelas viradas sempre pulsantes na bateria de Marcelo Niero. E detalhe, a banda não mediu esforços para aplicar muito peso entre toda a técnica de seu trabalho.

    O baterista avisa que a próxima de seu curto set seria a Apocalipse, envia um abraço ao Nilsinho - primeiro Rockeiro de Pinhal - e disparam o ritmo praticamente Heavy Metal da canção título do cd, que envolve em linhas pesadas passando também aquela ‘vibe’ típica dos Power Trios dos anos 70 com improvisos, que chamam os solos de Guilherme Zucherato em sua guitarra. Inflamados, os fãs clamam por mais uma música, porém, o baterista avisou que formatou o show para cinco músicas, que teriam mais bandas e agradeceu a todos pelas palmas e pelo apoio.

    Foi um começo satisfatório ao Garagem do Rock e com uma oportunidade única para a galera de ver ao vivo o projeto Apocalypse interpretado pela 'versão paulista' do Slow, por assim dizer. E como enaltecido anteriormente, uma oportunidade de ver um dos melhores baixistas do Brasil em ação como é o caso de Joel Moncorvo. Parabéns pelo lançamento e por compartilhar essa energia conosco Marcelo Niero.

Set List do Slow
1 - Hodierno
2 - Pajé
3 - No Groove
4 - Alta Tensão
5 - Apocalipse

 

Clique aqui e confira uma galeria de 30 fotos do show do Slow no 9º Garagem do Rock de Espírito Santo do Pinhal/SP

Barbaria

    A troca de palco para que o Barbaria foi bem rápida até e pouco depois, lá estavam o capitão Draco Louback nos vocais, Marcelo Louback e Renan Toniette nas guitarras, Ricardo Guariento no baixo e Marcelo Niero na bateria ( sim, ele de novo em dois shows e dois sets diferentes ), e todos devidamente trajados como piratas para execução das músicas do álbum Watery Grave ( confira resenha ) e também as novas composições em português, que a banda fundada em Mogi Mirim/SP no ano de 2008 executa com seu costumeiro carisma.

    A primeira da noite foi a Under The Black Flag ( título do demo de 2011 ) e pelo seu conhecido andamento já causou um belo frisson na galera, que participou agitando e cantando com o vocalista Draco Louback. A segunda foi a The Piper do Watery Grave com seu ritmo que impõe moral, seja nos solos de guitarras ou na forma que a bateria é tocada liberando o vocalista para cantar com raiva e convocar a atuação dos fãs em seu refrão.

    Enfrentando, um problema no microfone, que acabou atrapalhando um pouco o começo da próxima música,  porém, foi rapidamente solucionado. Desta forma, hora de uma das composições mais recentes da banda, que deixou claro o poder de fogo do baixo de Ricardo Guariento e da bateria de Marcelo Niero, que ampararam os solos melodiosos e pesados de Ao Leste do Eden.

    Entre vários pedidos dos fãs, Draco Louback anuncia a cadenciada Cutthroat Island também do Watery Grave, que ganha mais energia a cada minuto até que torne-se um Heavy envolvente com Marcelo Niero martelando seus bumbos com bastante força. O vocalista Draco Louback apresenta o guitarrista Renan Toniette, que realiza o breve e eficaz solo de guitarra introduzindo a seguinte, a nova Cova Rasa com um estilo bem latejante, que foi muito bem recebida pela galera, que cantou seu refrão por ser em português.

    Instantes depois, o vocalista apresenta a banda, sendo que cada um foi aplaudido pelos contentes fãs. A música seguinte, Canção do Marinheiro foi vocalizada pelo guitarrista Marcelo Louback, que a dedicou ao baterista Marcelo Niero pelo empenho de lançar o álbum Apocalipse. E bem dentro no estilo do Barbaria, esta música convocou a participação dos fãs para dançarem e gritarem os "hey...hey...hey..." junto ao guitarrista, que demonstrou possuir uma boa presença de palco.

    Já conhecida por conta da divulgação de seu vídeo clipe e começando mais lenta aos dedilhados, Velas Negras mostrou uma bela harmonia até que seu andamento mais raivoso ficasse em evidência, que foi responsável por inflamar o público, que correspondeu sacudindo os pescoços ou socando o ar.

    A energizante Run segue o show com seu estilo mais divertido, versos que ficam na memória e que são devidamente adequados à proposta Pirata da banda. Contente Draco Louback anuncia: "Esse foi o Barbaria...." e continua com os agradecimentos ao Marcelo Niero, aos presentes e convida a todos para visitarem a mesa do 'merchandise' das bandas. Desta forma, o hit Blackbeard, que é muito conhecido, nos levou novamente a agitar bastante e marcando o término de mais uma apresentação cheia de adrenalina do Barbaria.

    A mescla de canções em português com as mais conhecidas do álbum Watery Grave está levando a banda a atingir novos caminhos e também garantindo shows mais cheios de voltagem, sendo que estão mais pesados e mais técnicos, e aliás, não foi por acaso que foram uma das atrações do festival Roça´n´Roll de 2016 na cidade de Varginha/MG.

Set List do Barbaria

1 - Under The Black Flag
2 - The Piper
3 - Ao Leste do Eden
4 - Cutthroat Island
5 - Cova Rasa
6 - Canção do Marinheiro
7 - Velas Negras
8 - Rum
9 - Blackbeard

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Pop Javali

    A terceira atração desta 9ª Edição do Garagem do Rock era a mais experiente banda do evento e que está junto deste 1992, formada pelos músicos Marcelo Frizzo no baixo e vocais, Jaéder Menossi na guitarra e Loks Rasmussen na bateria, que atendem pelo nome de Pop Javali. Além de possuírem dois cd´s de estúdio lançados ( sendo eles No Reason To Be Lonely - 2011 e o The Game Of Fate de 2014 - confira resenha ) e até setembro prometeram disponibilizar também o álbum ao vivo Live In Amsterdam, que marca um registro da bem sucedida turnê pelo velho continente realizada em 2015.

    Particularmente, já havia um bom tempo que eu queria conferir a banda no palco, pois, conheço bem da capacidade que suas músicas possuem e já imaginava - desde então -  como elas soariam ao vivo. Mas, além deste fato digamos mais técnico, o Power Trio é muito simpático, atencioso e divertido, pois, um pouco antes deles subirem no palco estive conversando com eles sobre a passagem na Europa, onde destacaram o profissionalismo dos contratantes, a qualidade do som das casas onde tocaram e os fãs, que compram o material ( camiseta, cd´s, bottoms, etc. ) , conversam com as bandas, ou seja, fazem a cena se manter forte e ativa, coisa que o Headbanger Brasileiro ainda tem muito em que aprender. Entretanto, esta é uma outra discussão que será abordada em uma outra oportunidade... agora vamos aos detalhes do show do Pop Javali...

    Devidamente postados no palco, o trio da cidade de Americana/SP começou o set com uma introdução puramente Heavy Metal de evoluções instrumentais marcantes, que se ligaram na A Friend That I´ve Lost do The Game Of Fate, cujas vocalizações impactaram os presentes, que em sua maioria não conheciam a canção, mas, ficaram impressionados com os solos do guitarrista. A linha de frente do Pop Javali composta por Marcelo Frizzo e Jaéder Menossi se movimenta bastante e passa muita presença de palco a cada momento, como pode-se notar em mais uma do The Game Of Fate, a Wrath Of The Soul, que levou os mais próximos a ‘banguearem’ em sua execução e outros a ficarem de olhos ligados nos solos de Jaéder Menossi em sua guitarra de sete cordas.

    Demonstrando, que sabe comandar o público Marcelo Frizzo avisa todo contente: "quem tá aí ergue a mão e grita um wooou!!!" ( e foi atendido ) para convocar o público para chegar mais para frente e anunciar: "vamos tocar uma música do nosso primeiro álbum, a Sacrifice My Dreams", canção que exibe notas bem pesadas e riffs de muita melodia, que enaltecem o brilho deste belo Heavy Metal, graças em parte, aos fraseados de Jaéder Menossi na guitarra.

     Ao fim o vocalista berra: "saúde!!! Nós vamos tocar agora uma música do nosso cd The Game Of Fate. Quem não tem o cd ainda, nós temos ele para vender ele ali, basta conversar com a gente ali no ‘merchan’ e quem ainda não segue a gente no Facebook.... por favor né... ?" e passa o endereço. Na continuação emendam a excelente I´m Wanna Choose, que logo de cara apresentou toques fortes no baixo de Marcelo Frizzo, um ritmo Heavy alegre e um refrão que conclamou a participação dos presentes, especialmente, nos trechos de "ôôôôôôôôô", que aumentaram a pulsação do show.

    Ele novamente agradece pela participação dos fãs e complementa dizendo: "que gostaria de pagar uma cerveja para cada um de vocês", além de comentar que o giro pela Europa de 2015 resultará no citado cd Live In Amsterdan e que em primeira mão vamos conhecer uma música do vindouro terceiro cd de estúdio da banda com a Drying The Memories. A canção começa num solo de baixo 'nervoso' de Marcelo Frizzo, boas melodias de vocais, segue pesada e mais cadenciada para se transformar num Heavy Tradicional de solos de guitarra excelentes de Jaéder Menossi.

   "Para deixar com vocês com vontade do nosso cd ao vivo, vamos mostrar uma música aqui deste cd ao vivo... Time Allowed" e a música composta no The Game Of Fate mergulhou em seus solos de guitarra em uma atmosfera oitentista de começo melodioso, que percorre linhas mais lentas até erguer-se em uma rifflerama repleta de 'faíscas' sustentando os vocais de Marcelo Frizzo. E quem não mencionei neste texto até agora, mas, que também cravou toda sua categoria foi o baterista Loks Rasmussen, que tocou com precisão cada trecho desta música e do show.

    Com a plateia nas mãos, Marcelo Frizzo pergunta: "Cês tão gostando? Ano que vem estamos fazendo 25 anos de banda, o melhor de tudo é que são 25 anos com a mesma formação, coisa rara no mundo do Rock. São 25 anos que temos o prazer de ter na guitarra o senhor Jaéder Menossi" que inicia seu solo de uma habilidade ímpar em sua Gibson com direito a digitações entre outras técnicas, e isso, naturalmente encantou aos presentes, sendo que instantes antes um gritou "isso que é Rock...".

    Esses solos acabaram por se conectarem a Wasted Time ( do No Reason To Be Lonely ) e nesta hora o meu amigo Cauê entrega seu chapéu para Marcelo Frizzo, que recebe, saúda ao fã e pouco depois, o devolve ao seu dono, em uma interação muito emblemática em meio a solos da combinação de baixo, guitarra e bateria executados de forma efervescente pelo Pop Javali.

    O vocalista pega o microfone agradece o Marcelo Niero pela oportunidade e para finalizar mais uma do cd No Reason To Be Lonely com a sonzeira empolgante cravada em Silence, que é cheia de riffleramas, onde ele e Jaéder Menossi repetem um movimento de tocarem um pouco agachados ( o que é curioso e interessante ). A  apresentação do Pop Javali que durou em torno de 45 minutos só pode ser definida em duas palavras: gratificante e revigorante.

Set List do Pop Javali

1 - Intro
2 - A Friend That I´Ve Lost
3 - Wrath Of The Soul
4 - Sacrifice My Dreams
5 - I Wanna Choose
6 - B&D Drying
7 - Time Allowed
8 - Guitar Solo
9 - Wasted Time
10 - Silence

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Garage Machine

    Formada há quase 10 anos, a banda de Espírito Santo do Pinhal/SP Garage Machine conta atualmente em seu time com os músicos Ratinho no vocal, Jefferson Firmino e Matheus nas guitarras, Paulo Sosi baixo e Celo na bateria e em seu set list pudemos conferir músicas do Rock Nacional, que ajudaram a moldar seus dois lançamentos até aqui, um demo em 2008 e o cd Reação de 2013. O grande trunfo do Garage Machine no momento foi a gravação no mês de novembro de 2015 da música Veja Você com o produtor Rick Bonadio e Giu Daga no Midas Studio em São Paulo/SP para o disco New Acts 2.

    Por volta da 21:30, o Garage Machine já está devidamente posicionado no palco para após o anúncio repleto de muita positividade nas palavras e atitude do vocalista Ratinho que disse: "nós vamos mandar muita música nossa para vocês, muitos covers como sempre" convocando os presentes a entrarem no show, que logo após a Intro de muita distorção de guitarras, o vocalista falou: "pediu barulho entra na área, tá ligado?" e a própria Reação trouxe seu pegada mais encorpada, onde o inquieto Ratinho agitou conclamando aos demais para interagirem com ele, e foi basicamente o que fizeram, pois, ‘estão ligados’ na canção, que contou com um prolongamento no baixo e nas guitarras muito estimulante.

    Depois, o cover de O Calibre do Paralamas do Sucesso serviu para dar um 'grau' na galera, seja nos repiques do baterista Celo, nos riffs de guitarras de Jefferson Firmino e Matheus, nos toques do baixo de Paulo Sosi ou na atuação do Ratinho, que no término exclamou: "muito obrigado pela energia... são essas energias que fazem o mundo rodar... rodar... e rodar..."

    Muito contente, o vocalista fala que vai fazer uma propaganda: "aí Bacalhau.. tua Ypa é muito boa cara... e tem Ypa e Pilsen... e o bagulho é louco!!!", desta forma, após um grito "Resista", o Garage Machine apresenta a Meu Mundo é o Barro do O Rappa em uma linha mais próxima de um Reggae, que continua a por fogo na galera.

    Para a canção seguinte, eles executam uma própria intitulada como A Resposta, que também foi embalando a galera, que sempre correspondia vibrando com o incansável vocalista Ratinho, que vira e mexe dividia o microfone com os fãs que estavam mais próximos do palco. E a entrosada dupla Jefferson Firmino e Matheus realizam excelentes solos de guitarras com uma aura melodiosa para que o vocalista Ratinho determine nos últimos instantes da música: "A resposta está em vocês..."

    O sempre falante vocalista solicita uma água e anuncia que a próxima é uma das antigas e o cover para Tamo Aí na Atividade do Charlie Brown Jr. eletriza a plateia em seu estilo meio ‘chapado’ de muita distorção vinda dos guitarristas. Prosseguindo dizendo "esta música é das antigas e vou querer a participação de todos vocês" recebemos a pesada Uma Forma de Se Conformar, outra das suas canções próprias, e o Ratinho, que não sabe o que é parar quieto no palco se movimenta o tempo todo e comanda o alvoroço dos fãs em torno do show do Garage Machine, mas isso, tem um preço... ele fala que está derretendo de calor para abrir muitos sorrisos.

    Os fãs gritam nomes de bandas que gostariam que fossem tocadas, mas o tempo, já estava ficando no limite e o organizador Marcelo Niero comunica isso à banda, e pela iniciativa que ele teve realizar o evento tem seu nome gritado. Com o microfone nas mãos, Marcelo Niero enfatiza que o Garage Machine é a maior banda de som autoral da cidade e que por isso, eles ficaram com o direito de ‘fechar’ esta edição do Garagem do Rock.

    Sempre exalando muita alegria, Ratinho comenta que a próxima do show era a canção que levou o quinteto ao Midas e Veja Você foi tocada com suas linhas que percorrem o Reggae com o Pop Rock Moderno conduzido com uma postura adequada ao estilo do Garage Machine.

    Como o show do Garage Machine estava no final, eles decidem incendiar perguntando o nome dos fãs que estavam mais na frente para executarem o cover de Killing In The Name do Rage Against The Machine, que assim como nas outras ocasiões que assisti eles tocando, teve a primazia de sempre e a habilidade de provocar rodas frenéticas no Campo do São Caetano, muitos socos no ar e bangues. Foi uma interação única entre banda e fãs.

    Muito aplaudidos, o sempre showman Ratinho agradece a todos, pede palmas para o Marcelo Niero, convida o guitarrista Renan Toniette do Barbaria e o vocalista Leo Fenólio da Johnny Joe para realizarem juntos uma participação no show do Garage Machine reeditando o clima das Jams do Garagem do Rock com a explosiva Enter Sandman do Metallica, que naturalmente resultou em mais uma sessão de rodas, socos no ar, muito 'headbaning' e sorrisos por todos os lados. Ratinho alegre e sorridente dispara: "muito obrigado galera, nosso tempo acabou, e são vocês que fazem o movimento, a gente só toca..." finalizando mais um show inflamado do Garage Machine.

Set List do Garage Machine

1 - Intro
2 - Reação
3 - O Calibre
4 - Meu Mundo é o Barro
5 - A Resposta
6 - Tamo aí na Atividade
7 - Uma forma de se conformar
8 - Veja Você
9 - Killing In The Name
10 - Enter Sandman

Clique aqui e confira uma galeria de 60 fotos do show do Garage Machine no 9º Garagem do Rock de Espírito Santo do Pinhal/SP

Objetivos alcançados e novos desafios

    Dentre todas as edições do Garagem do Rock esta foi a mais importante, pois, além da costumeira reunião de amigos e amigas que sempre lhe foram características, desta vez, tivemos o formato de um festival mesmo, com quatro bandas, com tempos determinados para suas apresentações, que serviram para qualificar a evolução do projeto através de suas edições.

    Tenho que destacar também alguns outros pontos, como por exemplo, a presença do exímio do baixista Joel Moncorvo, que com sua simplicidade incrível fez um grande show com a exuberante técnica, que é conhecida por alguns em outras ocasiões e também à irrepreensível apresentação do Pop Javali. Entretanto, seria injusto se não mencionasse o esforçado organizador Marcelo Niero ( foto ao lado ), que tocou com o Slow lançando o seu cd Apocalipse e depois com o Barbaria.

    Entretanto, um fato que não pode ser esquecido de forma nenhuma é que o Garagem do Rock, além da grande diversão que proporcionou a cada um dos presentes, além da oportunidade de poder degustar duas deliciosas cervejas artesanais como citei no começo deste texto, foi ver que alguns dos músicos, que participaram das primeiras edições há anos atrás, que hoje são integrantes de bandas como Barbaria ( Marcelo Niero e Renan Toniete ), do Garage Machine ( Paulo Sosi ) e do  Johhny Joe   ( Leo Fenólio ) ou seja, a ideia inicial de revelar novos talentos do projeto para o Rock pinhalense foi alcançada. Obviamente, que já começamos à clamar pela 10ª Edição do Garagem do Rock, pois, esta foi um sucesso. Parabéns Marcelão e todos os envolvidos.

Texto e Fotos: Fernando R. R. Júnior
Agradecimentos ao Marcelo Niero
pela atenção e credenciamento
Julho/2016

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