Depois, com aquela já
tradicional pausa para tomar uma cerveja é a vez da banda da casa, que
estava distante dos palcos também mas retornou agora, o Mantors tocar
o seu thrash metal que tinha várias músicas próprias em português e
algumas covers como Ace Of Spades do Motorhead. As rodas
durante o show do Mantors estavam mais destruidoras.
Passado
o tempo para respirar um pouco e tomar outra cerveja, afinal o próximo
show era a volta aguardada de uma das bandas mais destruidoras da região.
É amigos, estou falando do Collapse NR que estava
há um bom tempo fora dos palcos devido aos trabalhos para a gravação do
cd que está praticamente pronto e chegando nas lojas. Falando do show o Collapse
NR faz explodir a 7a Festa Rock, é hora
de quebrar tudo. Entre músicas próprias, tais como : Face to Face, I
See The Truth que estarão no cd Faces
Of Exploration foram executadas também uma cover do Sepultura com
Schizophrenia. Mais peso e técnica o Collapse NR está
pronto para decolar. E detalhe fazia tempo que não via uma roda de
mulher, muitos moshs e rodas. É fazia tempo que o Collapse NR
não fazia essa disgraceira total num palco e quem esteve presente
assistiu peso até o limite do ouvido.
Depois
de duas fortes porradas ( Mantors e Collapse NR ),
chega a vez de uma banda melódica para acalmar um pouco, porém, o que o
pessoal do Seventh Seal de São Paulo - apresentou no
palco não foi um som, digamos calmo. Foi um heavy melódico de
primeira que não deixou ninguém parado. Alterando músicas que estão no
primeiro ( Premonition ) e no segundo cds, o Seventh Seal começou o show com a
intro do filme Conan – confesso que me senti na época que os bárbaros
dominavam os territórios empunhando suas espadas. Com riffs fenomenais
extraídos da guitarra flycaster o Seventh Seal faz um show
super técnico e muito gostoso de se ver. A
versão de Come on Feel The Noise do Quiet Riot tocada
pelo Seventh Seal foi espetacular deixando os presentes
estarrecidos de alegria, e fazia tempo que não ouvia essa faixa, para
encerrar o show Power of Sacrifice que estará no segundo cd do Seventh
Seal.
Coisa de 15 minutos para descansar um pouco e temos novamente um belo
thrash metal da banda de São Paulo Broken Heads, que faz bem jus
ao nome e deixou muitas cabeças quebradas durante o show. Com riffs
fortes e rápidos e uma grande pancadaria na bateria, o Broken Heads faz
uma apresentação que destruiu os que ainda estavam inteiros após os
shows do Collapse NR e do Seventh Seal. Um grande
momento foi a cover de Refuse/Resist do Sepultura. Vale
lembrar que o Broken Heads está entrando em estúdio em breve para
a gravação do primeiro cd.
Mas
ainda não era o fim da 7a Festa Rock, o festival ia
ficar ainda mais sombrio ainda com a entrada, pouco mais das 2 e meia da
manhã, do Black Sabbath Cover de São Paulo, banda recém-formada
mas que detonou covers fantásticos e me fez relembrar de um dos percussores
do heavy metal, e me senti como se tivesse saído de uma fábrica na
Inglaterra no início dos anos 70 e entrado num pub com uma cerveja vendo o
show de uma turma que tinha Ozzy, Bill, Geezer e Tony .
Abrindo o show com Supertzar e Sympton of the Universe -
numa versão para acabar com algum banger que ainda estivesse inteiro.
Depois Cornucopia - que foi demais ouvir esse som de novo, War
Pigs - um espetacular momento com muitos cantando a letra junto com o
vocal. Iron Man dedicada à uma grande amiga minha e durante a
execução dessa música marcou também a primeira vez que vi um mosh de
mulher. Sweaf Leaf em uma versão matadora seguida de Sabbath
Bloody Sabbath, que me fez explodir com o resto de energia que ainda
tinha. Para encerrar mais duas pauladas com Children of the Grave e
Paranoid. Parabéns pessoal do Black Sabbath Cover por um
encerramento espetacular da 7a Festa Rock.
E
só para lembrar, muitos quilos de alimentos devem ter sido arrecadados e os seguranças
novamente só cuidaram da portaria e assistiram aos shows.
Voltando para casa
estávamos ouvindo o Metropolis 2000 do Dream Theater
foi o final de noite perfeito.
Por
Fernando R. R. Júnior
