Minas Metal
Fest
Com: Krisiun ,
Meat, Funeratus e
Lothloryen
Castelinho - Poços de Caldas/MG - sábado dia 06 de janeiro de 2007
Mais um ano se inicia e o primeiro
festival de heavy metal não tardou a chegar, este aconteceu logo no primeiro final de
semana de 2007, e nós do Rock On Stage já estávamos
novamente se aventurando pelos
caminhos do underground para cobrir o Minas Metal Fest que trouxe para a
cidade de Poços de Caldas/MG o primeiro show dos gaúchos do Krisiun.
Infelizmente, por enfrentarmos
algumas dificuldades para encontrar o Castelinho ( localizado perto da PUC
de Poços, porém, para quem não é da cidade, o acesso não é dos mais fáceis
e perdemos um tempo considerável tentando chegar no lugar ). Este
tempo perdido foi o suficiente para que perdêssemos o
show da banda que estava a abrindo o festival, o Lothloryen - banda de
Machado/MG que pratica um folk metal com influências de Jethro Tull,
Led
Zeppelin, Blind Guardian entre outras, divulgando em Poços o
álbum of Bards and Madmen. Após o nosso rápido credenciamento, onde
registro os meus agradecimentos ao Sérgio Basstos do Meat e ao
Carlos,
conversei com alguns amigos que já estavam presentes e posso assegurar
que o Lothloryen realizou uma brilhante apresentação, com o
vocalista Leonardo Oliveira trajando um kilt ( para quem não
sabe, trata-se daquela saia escocesa ) e incorporando toda a mitologia dos duendes.
Funeratus
Um tempo após o final do show do
Lothloryen, precisamente as 21:20hs o Funeratus um power trio formado por
André Nálio na guitarra, Fernando no baixo e vocais e Gustavo Reis
na bateria,
sobem ao palco do Castelinho para começarem a mostrar um peso descomunal e
com muita competência como foi o caso da música que abriu o set - Opression From The Past
- oriunda do álbum Echoes in Eternity e o death metal
praticado pela banda cai como uma luva no público que compareceu em um bom
número nas dependências do Castelinho. A segunda do set foi A Frozen Body
também deste álbum de 2004, canção que foi responsável por muitos pescoços em
total headbanging. Emendando com mais duas pancadas implacáveis tivemos Soaked Blood
Sword do Storm of Vengeance e Abyss Legions do
disco Echoes in Eternity, para então depois eles apresentarem a nova
Indian
Healing que estará presente no próximo lançamento da banda. André Nálio
tocou com muitas distorções em sua guitarra e usou
muito bem a alavanca em cada uma das canções executadas pelo Funeratus.
Depois o
incansável baterista
Gustavo mereceu um destaque pela técnica admirável que ele
demonstrou em todo o show e especialmente durante o solo que
antecedeu a canção Feast Of Undead, umas das primeiras composições do
Funeratus presente no split Upcoming Apparition.
Continuando a força e a adrenalina que é o show desta banda de
Mococa, tivemos em seguida Thunder Warriors do último trabalho
e Storm Of Vengeance que intitula o primeiro full legnth da
banda. A galera respondia a todos esses petardos com tanta euforia, moshs
e rodas de empolgação que levaram o vocalista Fernando a pedir
calma para os headbangers presentes.
Ainda teve tempo para
Echoes In
Eternity do disco homônimo e encerrando o massacre sonoro capitaneado
pelo Funeratus
tivemos o
cover da clássica Ace Of Spades do Motorhead, música que causou um aquela
explosão de energia resultando em rodas insanas parecendo que os fãs
iriam por a casa abaixo. E mesmo enfrentando alguns problemas com a
regulagem do baixo, o Funeratus mostrou todo o seu potencial praticando o
seu death metal com a devida competência e levando os fãs à loucura.
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Set List
- Opression from the past
- A frozen body
- Soaked blood sword
- Abyss legions
- Indian Healing (música nova)
- Solo bateria
- Feast of undead
- Thunder Warriors
- Storm of vengeance
- Echoes in Eternity
- Ace of Spades - Motörhead
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Meat
Enquanto os mineiros do
Meat se
preparavam para adentrar ao palco, aproveitamos o tempo para rever os
amigos, bater um papo e claro, tomar uma cerveja. Próximo das 23:00hs, o
apresentador Vitor Scheips anuncia a entrada de Bruno Castellani
nas guitarras e vocais, Hugo
Maciel no baixo, Reginaldo Santos na bateria e Sérgio
Basstos na guitarra para que eles executassem ótimo thrash metal
do extraído seu excelente primeiro cd A New Medicine
( leia resenha
). Conforme frisou o apresentador, o Meat estava estava jogando em casa,
contava com um bom número de fãs especificamente da banda e tinham a
responsabilidade de realizar um bom show, e foi o que fizeram. De início
mandaram a música Intro com suas distorções nas
guitarras seguida por Posture e pude ver que o Meat evoluiu
bastante e está muito afiado ao vivo.
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Depois eles
lembraram o demo
Neocortex (
leia resenha
) com a faixa
Sentimental Nightmares e percebi os fãs aclamando a banda por
esta música. O vocalista Bruno anuncia a próxima Let Me Provoke
You
e diz que é sobre falsas aparências e executa com muito peso que
novamente resulta em rodas por todo o Castelinho. E aproveitando
bem o seu breve tempo como open-act, eles tocam também Don´t Be Scared e
Nothing Guaranty
que encerram a competente apresentação desta banda que está pronta
para alçar vôos maiores.
Krisiun
Nem é preciso dizer que o trio
formado por Alex Camargo no baixo e vocais, Moyses Koslene guitarras e
Max Koslene na bateria eram os mais aguardados por toda a legião de fãs que
compareceram nas dependências do Castelinho, e olha que tinha headbangers
de várias cidades da região como Andradas, Itapira, Mogi Guaçu, Mogi
Mirim, Estiva Gerbi, nós de Espírito Santo do Pinhal e mais outros lugares
que não me recordo agora. A simplicidade que o Krisiun tem dentro e fora
do palco só é igualada pela competência que estes gaúchos de Porto Alegre
tem quando estão no palco realizando um show.
Abrindo a
pura essência do melhor do death metal brasileiro eles nos brindaram com o
petardo Kings Of Killing do álbum Apocalyptic Revelation.
Alex Camargo sentiu a emoção da
recepção que os fãs mostraram e sempre no intervalo de uma música e outra
elogia o underground e ressalta que tudo isto, que o Krisiun só existe por
causa de nós, dos fãs. Este show em Poços marca mais uma data da tour do
novo álbum da banda Assassination e lhes asseguro caros
leitores(as), temos uma aula de death metal,
Outro destaque do
set apresentado pelo Krisiun foi a música Hatred Inherit do explosivo
Conquerors Of Armageddon que não deixa ninguém parado, afinal, estávamos
diante de uma monstruosidade do heavy metal e uma das mais aclamadas
bandas brasileiras que marcará sempre a cena do metal extremo pelo mundo.
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Demonstrando um
perfeito entrosamento e mantendo o clima do show em perfeita devastação em
pesadas notas musicais, o Krisiun, realizou música a música um dos
melhores shows vistos nestes últimos anos por uma banda brasileira, prova
disso foi quando eles tocaram as músicas Murderer do Works Of
Carnage, Bloodcraft do novo álbum Assassination
( resultando em rodas furiosas ),
Visions Beyond do Bloodshed e Vicious Wrath que é
também outra porrada do último trabalho da banda.
O rolo compressor sem
freios que é
o Krisiun apresentou também um cover para League With Satan
do Venom num momento em que os fãs literalmente piraram
e durante cada pancada tirada na bateria de Max Koslene pude
constatar massacra seus bumbos soando como um verdadeiro encouraçado
sonoro. Os vários moshs dados pelo público durante o show foram
muitos e os roadies tiveram um grande trabalho para que os
headbangers realizassem isso logo e não atrapalhassem o trio, mas
como a emoção é contagiante, Alex Camargo, mais ao final do show,
também dá um salto e vai literalmente para a galera.
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Conforme disse no começo deste review,
esta primeira apresentação na cidade de Poços deixou saudades, e tenho certeza que assim como eu, a
comunidade headbanger foi embora para a casa feliz por ter começado o ano
presenciando mais um ótimo festival, em um lugar que tinha
um difícil acesso é verdade, mas uma casa que serviu para acomodar
devidamente a comunidade headbanger do interior.
Backstage
E tivemos a grande oportunidade e a
honra de
conhecer e bater um papo informal com Max, Moyses e Alex
no backstage do
Minas Metal Fest e ver que a galera do Krisiun são
exatamente o que disse no começo,
só encontram um "adversário" para sua simplicidade na competência no
palco. Tive oportunidade ainda de conhecer pessoalmente os meus amigos Reginaldo da
Listenable Records/Malignant Art e o Eduardo Pisca, algo que
foi outro ponto marcante do festival. Tenho certeza que todos os presentes
já aguardam pela segunda edição do festival.
Texto e Fotos: Fernando
Júnior
Agradecimentos ao Ségio Basstos
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