5o Revolution Underground Fest
com: Bloody, Maku, Cruscifire, Whinter Sky, Decadent Harmony
Local: Av. Mogi Mirim 1630 - Mogi Guaçú/SP  Data: domingo, dia 05/03/06
 

    Fazia um bom tempo que não assistia um festival underground e finalmente neste  primeiro domingo de março, finalmente chegou a hora de ir em um e tive a oportunidade de presenciar um belo evento com bandas de alta qualidade. Antes de contar como foi o 5o Revolution Underground Fest, tenho que registrar um abraço para o Eder ( da banda Insanidade Mental sem o qual essa matéria não teria sido realizada ), o Tiago e a galera do Bloody.

    Cheguei no Center Brasil Espetinho pouco mais das 15:00hs e fiquei conversando com o proprietário da casa, o Sr. Sivélrio, que se mostrava bem contente por ver os headbangers todos tranqüilos aguardando o início dos shows e também com a  galera do Bloody. Nesta hora ficamos sabendo que a banda Decadent Harmony de Itapira/SP não poderia comparecer no evento.

    Eram aproximadamente 16:25 quando a banda de Campinas/SP, Winter Sky sobe ao palco para mostrar o seu repertório com músicas próprias mescladas com clássicas do metal. Abriram o 5o Revolution Underground Fest com Be Quick or Be Dead do Iron Maiden e já seguiram com Judas Rising - novo clássico do Judas Priest, onde destacam-se a dupla de guitarristas da banda ( Tiago Toledo e Márcio "Trooper" ) executando muito bem essas duas músicas. O vocalista Carlos "Kadu" que já mandara bem nas duas primeiras músicas, detona tudo na música que intitula a banda - Winter Sky que é um heavão tradicional, onde vemos a ótima performance do baixista Rodrigo "Pikeno". Então temos uma música do Better Than Raw do Helloween com Midnight Sun, onde novamente o destaque fica para os solos dos guitarristas.

    Mostrando que eles tem ótimos sons próprios, temos Blinding Moon - que é melódica e bem pesada ( notadamente com influências de Iron Maiden ), depois outro clássico do metal com Imaginations For The Other Side do Blind Guardian, seguida de um cover do Iced Earth e a Fight Your Dreams  um som próprio e pesado no melhor estilo do Blind Guardian. Para encerrar, duas pancadas de primeira com Master Of Puppets ( Metallica ) e Painkiller ( Judas Priest  que contou com forte participação do batera Gustavo Badur ) que fazem eclodir as primeiras rodas do evento.

    A segunda atração do festival foram os paulistanos do Maku, que tem a seguinte formação: Cae Pimentel na guitarra, Juliano Rotondo nos vocais e guitarra, Danilo Rotondo no baixo e Thomas Marins na bateria. O Maku subiu no palco por volta das 17:40, mostrando um thrash realmente pesadaço e muito bem tocado. No set tivemos músicas próprias como Your Reality e Metal Music além de alguns covers. Com guitarras em "X" e "Flying V", eles mandaram um som visceral na linha do Sepultura. Por falar dos mineiros, a última música foi o cover de Roots Blood Roots que serviu para detonar todos os pescoços presentes.

    A terceira banda foi o Cruscifire, uma galera de Atibaia/SP que veio para quebrar tudo, composta por:
Victor Angelotti na guitarra e vocais, Caio Angelotti na guitarra, Ricardo Cari na bateria e Realdo Junior no baixo. Eles sobem no palco do Center Brasil Espetinho perto das 19:00, mostrando que ainda teríamos muita energia para queimar neste festival. E com músicas próprias presentes em sua primeira demo como Show Your Revolt e covers de Kreator e Morbid Angel, o Cruscifire faz um death metal empolgante e perfeito para as rodas. Outra canção que marca o show desta trupe é a porrada Sick World, com ótimas distorções na guitarra, vale lembrar que essa música intitula a primeira demo da banda.

    Bem... 20:00hs, depois de uma cerveja é chegada a hora da atração mais esperada do dia. Chega a hora e a vez da platéia conhecer de perto a sonzeira no melhor estilo thrash metal oitentista,  que o  Bloody ( de Hortolândia/SP )  mostra no palco do festival. São músicas que fazem a galera explodir e sacudir suas cabeleiras, como por exemplo, nas músicas em Seeking For Blood e Justice With Blood.

   God Of Disgrace é mais thrashão oitetista capitaneado pela ótima voz de Paulo Tuckumantel. A seguinte é a música título do primeiro cd do Bloody, estou falando de Slow Death, onde temos os riffs fenomenais de Fábio. Mais outro momento para "banguear" bastante foi ao som de Inquisition.

        Para detonar com tudo, temos o cover do Destruction com Thrash Till Death, onde novamente os destaques ficam para os solos de guitarra do Fábio, além é claro do completo massacre da cozinha da banda, realizados por André Tabaja no baixo e Luis Coser na bateria. O Bloody tem uma excelente performance ao vivo e apresentando mais porradas do seu álbum debut, tivemos Endless Game com paradinhas e solos descomunais ( no álbum Slow Death, essa música conta com a participação de Frank Gosdzick ). Depois é a hora de  Real Vision um thrash animal onde o destaque são os vocais de Paulo. Ainda tivemos tempo para Eat Your Brain e o cover de Whiplash do Metallica, duas porradas que são para headbanguer nenhum botar defeito nesta noite de muito metal.

    Mais uma vez a galera se reuniu de forma como se fosse uma comunidade, sem nenhum tipo de problema, apenas para curtir o evento, tomar uma cerveja e bater um papo entre o show de uma banda e outra. Isso surpreendeu até mesmo o proprietário da casa, o sr. Silvério. É o que sempre escrevo pois, quem vai num festival underground, vai apenas para curtir heavy metal de alta qualidade que bandas nos proporcionaram.


    Novamente registro meus agradecimentos ao Eder pela pronta hospitalidade e recepção, ao Tiago, ao Shask, a todos do Bloody, ao Daniel Viana -  responsável pelo Freetown Art Rock.

Por Fernando Júnior    

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