Fazia um bom tempo
que não assistia um festival underground e finalmente neste primeiro
domingo de março, finalmente chegou a hora de ir em um e tive a oportunidade de presenciar
um belo evento com bandas de alta qualidade. Antes de contar como foi o 5o
Revolution Underground Fest, tenho que registrar um abraço para o
Eder ( da banda Insanidade Mental sem o qual essa
matéria não teria sido realizada ), o Tiago e a galera do
Bloody.
Cheguei no Center Brasil Espetinho pouco mais das
15:00hs e fiquei conversando com o proprietário da casa, o Sr. Sivélrio,
que se mostrava bem contente por ver os headbangers todos tranqüilos aguardando
o início dos shows e também com a galera do Bloody. Nesta hora ficamos sabendo que a banda Decadent Harmony de Itapira/SP não
poderia comparecer no evento.
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Eram
aproximadamente 16:25 quando a banda de Campinas/SP, Winter Sky sobe ao palco para mostrar o seu
repertório com músicas
próprias mescladas com clássicas do metal. Abriram o 5o
Revolution Underground Fest com Be Quick or Be Dead do Iron
Maiden e já seguiram com Judas Rising - novo clássico do Judas
Priest, onde destacam-se a dupla de guitarristas da banda (
Tiago Toledo e Márcio "Trooper" ) executando muito bem
essas duas músicas. O vocalista Carlos "Kadu" que já
mandara bem nas duas primeiras músicas, detona tudo na música que intitula a
banda - Winter Sky que é um heavão tradicional, onde vemos a ótima
performance do baixista Rodrigo "Pikeno". Então temos uma música do Better
Than Raw do Helloween com Midnight Sun, onde novamente
o destaque fica para os solos dos guitarristas.
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Mostrando que eles
tem ótimos sons próprios, temos Blinding Moon - que é melódica e bem pesada (
notadamente com influências de Iron Maiden ), depois outro
clássico do metal com Imaginations For The Other Side do Blind Guardian,
seguida de um cover do Iced Earth e a Fight Your Dreams
um som próprio e pesado no melhor estilo do Blind Guardian. Para encerrar, duas pancadas de primeira com Master Of
Puppets ( Metallica ) e Painkiller ( Judas
Priest que contou com forte participação do batera
Gustavo Badur ) que fazem eclodir as primeiras rodas do evento.
A segunda atração do festival foram os paulistanos do Maku,
que tem a seguinte formação: Cae Pimentel
na guitarra, Juliano Rotondo
nos vocais e guitarra, Danilo Rotondo
no baixo e Thomas Marins
na bateria.
O Maku
subiu no
palco por volta das
17:40, mostrando um thrash realmente pesadaço e muito bem tocado.
No set tivemos músicas
próprias como Your Reality e Metal Music além de alguns covers. Com guitarras em
"X" e "Flying V", eles mandaram um som visceral na linha do
Sepultura. Por falar dos mineiros, a última música foi o cover de Roots
Blood Roots que serviu para detonar todos os pescoços presentes.
A terceira banda foi o Cruscifire, uma galera
de Atibaia/SP que veio para quebrar tudo, composta por:
Victor Angelotti na guitarra e vocais, Caio
Angelotti na guitarra, Ricardo Cari na bateria e Realdo Junior
no baixo. Eles sobem no palco do Center Brasil
Espetinho perto das 19:00, mostrando que ainda teríamos muita energia
para queimar neste festival. E com músicas próprias presentes em sua primeira
demo como Show Your Revolt e covers de Kreator e Morbid
Angel, o Cruscifire faz um death metal empolgante e perfeito para as
rodas. Outra canção que marca o show desta trupe é a porrada Sick World, com ótimas distorções na
guitarra, vale lembrar que essa música intitula a primeira demo da banda.
Bem... 20:00hs, depois de uma cerveja é chegada a hora da
atração mais esperada do dia. Chega a hora e a vez da platéia conhecer de perto a sonzeira no melhor estilo thrash metal
oitentista, que o
Bloody ( de Hortolândia/SP ) mostra no palco do festival.
São músicas que fazem a galera explodir e sacudir suas cabeleiras, como
por exemplo, nas músicas em Seeking
For Blood e Justice With Blood.
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God Of Disgrace é mais thrashão oitetista
capitaneado pela ótima voz de Paulo Tuckumantel. A seguinte é a
música título do primeiro cd do Bloody, estou falando de
Slow Death, onde temos os riffs fenomenais de Fábio. Mais outro momento para
"banguear"
bastante foi ao som de
Inquisition.
Para detonar com tudo, temos o cover do Destruction com
Thrash Till Death,
onde novamente os destaques ficam para os solos de guitarra do Fábio, além é claro do completo massacre da cozinha da
banda, realizados por André Tabaja
no baixo e Luis
Coser na bateria. O Bloody tem uma excelente performance ao vivo e
apresentando mais porradas do seu álbum debut, tivemos Endless Game
com paradinhas e solos descomunais ( no álbum Slow
Death, essa música conta com a participação de Frank Gosdzick
). Depois é a hora de Real Vision um thrash animal onde o
destaque são os vocais de Paulo. Ainda tivemos tempo para Eat Your
Brain e o cover de Whiplash
do Metallica, duas porradas que são para headbanguer nenhum botar defeito nesta
noite de muito metal.
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Mais uma vez a
galera se reuniu de forma como se fosse uma comunidade, sem nenhum tipo
de problema, apenas para curtir o evento, tomar uma cerveja e bater um
papo entre o show de uma banda e outra. Isso surpreendeu até
mesmo o proprietário da casa, o sr. Silvério. É o que sempre
escrevo pois, quem vai num festival underground, vai apenas para curtir
heavy metal de alta qualidade que bandas nos proporcionaram.
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Novamente registro meus agradecimentos ao Eder pela pronta hospitalidade
e recepção, ao Tiago, ao Shask, a todos do Bloody, ao
Daniel Viana - responsável pelo Freetown Art Rock.
Por Fernando Júnior
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