Os caras lançaram dois álbuns com o nome de Blue Effect, mas quando a banda
começou a ser reconhecida em outros países da Europa ocidental, principalmente
na Escandinávia, o governo comunista da Tchecoslováquia proibiu a banda de usar
o nome, e de cantar em inglês, passando então a usar o nome Modrý Efekt, que tem
o mesmo significado. Eles tiveram dificuldades no início para conseguir encaixar
as letras, que eram em inglês e tiveram que passar para o Tcheco. Essa língua
soa muito bem para o Rock, na minha opinião.
Histórias e politicagens a parte, vamos ao que interessa, que é o som da banda.
Um Rock Progressivo poderoso, com muita influência de Jazz e Hard Rock. Um álbum
instrumental, apenas as 2 músicas bônus tem letras.
A música que abre o álbum,
Boty, inicia com
um instrumental forte, no estilo do Nektar, passando por momentos mais sublimes,
onde a flauta soa como Peter Gabriel. O baixo é bem pesado e é acompanhado por
bateria e teclados perfeitos. Os solos de guitarra são um caso a parte. Radim
Hladík esbanja talento em melodias maravilhosas e momentos mais pesados, que
chegam a lembrar Deep Purple.
Em seguida vem a espetacular Čajovna ( sala de chá ), música mais famosa da banda.
Rock progressivo no melhor estilo Pink Floyd. A melodia é linda e a guitarra de
Radim parece que tem alma.
A música Skládanka começa com uma flauta á lá Ian Anderson, depois vira um
Jazz
Rock muito bom, sempre seguido da flauta. Parece uma fusão de Purple com o
Jethro Tull.