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Com vários instrumentos de metais - isso mesmo - nas participações de Willian Anderson no trompete, Andria Busic no trombone e alguns riffs de guitarras é iniciado Undefined com Against Tolerance, e aí em diante é agressividade pura com vocais raivosos, solos mais longos e pesados tomando conta do som, porém sempre com muita técnica e com direito a Andria Busic enaltecer muito mais, ao participar no baixo utilizando um Fender Jazz Bass. Em Cold Hearts, a dupla de guitarristas Stefano Manzano e Vitor Curi enviam solos fortes e rápidos que são muito bem alicerçados para que o Decio Thomas solte seus urros em várias alternações de ritmos, que fogem da linha Thrash/Death mais esperada e costumeira nos álbuns de bandas novas, pois o Against Tolerance resolveu gravar um disco cheio de experimentalismos.
Com um dedilhado de violão que passa influências de Música Popular Brasileira, que é posteriormente suplantado pela força das guitarras temos The End Of History, que embora possua trechos mais suaves, ela torna-se a mais violenta das composições até aqui. Com um ritmo bem pesado, o Against Tolerance nos chama a curtir o caos sonoro presente em Welcome To The Desert Of The Real, cujo refrão é muito mais calmo que os versos urrados em uma pegada moderna e furiosa, que tem Célio Barros a enriquecendo com sua participação em um violoncelo.
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Em The Blasphemous Visions Of Huckleberry Finn, o Against Tolerance realiza um Rock'n'Roll pesadão de vocais guturais para todos os lados, que tornam a música bastante envolvente. Try Again, Fail Again, Fail Better começa com efeitos eletrônicos estranhos, que produzem uma sensação muito esquisita até as guitarras entrarem com velocidade e colocarem as coisas em seu devido lugar, ou seja, som impiedoso com vocais alternando partes urradas e outras limpas. A instrumental Prellude#1, que é dotada de belas melodias no violão teve a honra de encerrar Undefined.
Aliás o título deste primeiro álbum do Against Tolerance sintetiza muito bem a proposta sonora do quinteto, pois eles exibem uma linha Hardcore que é ora mais voltada para o Death Metal, ora mais calma e de vocais limpos. Enfim, eles podem estar trilhando um novo caminho no Heavy Metal, que vale conhecer e absorver mais das ideias do quinteto de São Paulo/SP.
Nota 8,0.Site: www.againsttolerance.com e http://www.myspace.com/against.tolerance.
Por Fernando R. R. Júnior
Fevereiro/2013