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Sobre o álbum o baixista Ricardo Carbonero comenta: "Em The Oracle não há nenhuma sobra de estúdio ou ideia antiga, todo material é absolutamente novo. Se comparado com nossos álbuns anteriores, The Oracle é mais maduro e teve uma dedicação maior, tanto no processo de criação como na gravação das músicas, sem contar que dessa vez tivemos um envolvimento maior de todos os integrantes da banda." E o vocalista Sidney Milano complementa: "The Oracle é um disco singular, Brutal Power Metal do começo ao fim, mas, ainda assim, plural e dinâmico em sua concepção. Em The Oracle tivemos mais uma dose de amadurecimento e muito mais gana. A sonoridade está com mais energia e identidade pessoal como um todo. Tudo isso sem perdermos, é claro, a pegada tradicional do Brutal Power Metal".
Relativo às letras, de temáticas pagãs, Sidney Milano esclarece: "No mundo antigo, a arte divinatória era uma forma de comunicação com os deuses. Os guerreiros, antes de iniciar jornadas rumo a explorações de terras distantes, ou mesmo antes de batalhas épicas, sempre recorriam às divindades através dos oráculos". E ainda segundo ele, as letras se aplicam em nosso cotidiano, conforme conclui seu raciocínio: "Obviamente que o mundo em que vivemos hoje é bem diferente. Não mais lutamos com espadas e escudos, mas, ainda assim continuamos a lutar. Todos os dias é preciso levantar e lutar por nossa sobrevivência." Assim sendo, vamos pegar nossa espada e começar a batalha, digo, pegar o cd e ouvir as suas oito faixas.
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Wake The Fury é o formidável Heavy Metal contagiante que prossegue The Oracle, onde a mescla de vocais e solos de guitarra acontecem liberando muita voltagem, e isso, sem mencionar a sempre poderosa cozinha comandada por Ricardo Carboneto no baixo e Carlos Alex Grave na bateria, que juntos garantem a máxima potência necessária para a música nos conquistar de vez, pois, desperta a vontade de banguear. A seguinte é a Fall To The Empire, é a minha favorita neste The Oracle e foi moldada com bases centradas no melhor do Heavy Metal com suas melodias te acertando em cheio ( ou seja guitarra, bateria e baixo poderosos e consideravelmente estridentes como gostamos ), bem como seus vocais, que novamente te remetem ao Grave Digger.
Depois de várias batalhas em nome de Odin, finalmente chegamos ao Valhalla com esta épica sétima canção do cd em que Sidney Milano canta com muita emoção até que sejam aplicados versos recheados com mais raiva no decorrer dos seus belos e cativantes riffs executados por Carlos Bertolazi em sua guitarra, porém, sem esquecer junto aos demais de sua linhagem Heavy Metal Tradicional. Fechando este ótimo e vibrante álbum temos sons de ondas quebrando nas pedras da praia juntos aos dedilhados a We Burn The Heart, canção que apresenta linhas calmas e vocais graves de Sidney Milano demonstrando inspiração em nomes como Running Wild e, desta forma, tornam esta última faixa do cd devidamente emblemática e nos enviando um ritmo bastante motivador.
Para os admiradores do True Heavy Metal, que são fãs de vocais robustos com influências notórias de Grave Digger, Manowar e Running Wild este The Oracle é uma prova da capacidade dos brasileiros nos surpreender sempre, e no caso do Brave soma-se a isso, a habilidade em produzir canções que te fazem notar e desejar ouvir o seu admirável poder de fogo muitas vezes.
Nota: 9,0.Por Fernando R. R. Júnior
Agosto/2021
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