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E é a com a pesada Giant's Trail em que os toques de baixo e de guitarra estão mais proeminentes, que o disco é aberto através de vocalizações melodiosas, bem no padrão Heavy Metal, porém, com umas puxadas calcadas no Blues/Rock setentista que farão o fã gostar com muita facilidade desta primeira canção do cd, que está também repleta de longos solos de guitarra salientando assim, o talento de Alexandre Chammy. Depois de alguns solos de teclados, o Ceos nos traz a encorpada Rattlesnake, cuja aura Rocker nos envolve rapidamente, sendo que o Power Trio Biel Astolfi, Alexandre Chammy e Felipe Abdala mostraram uma afiação única e variada resultando num crescente marcante. Para Devil's Puppet notamos o baixo e a bateria aumentarem a energia de forma que Biel Astolfi possa cantar demonstrando muita empolgação em seus versos. Entretanto, o mais interessante é como o trio libera a música para que possa fluir em sua viagem de forma que todos os três possam solar brilhantemente e harmonicamente sem se preocupar para onde estão indo, logicamente durando até o momento que retornam com o ritmo inicial e finalizam a música.
A quarta é a calma Can't You See com seus esbeltos ares viajantes de seu princípio, que ganham posteriormente uma linhagem positiva assim que os vocais aparecem e nos despertam a vontade de acompanhar sua letra linha por linha. Aliás, recomendo também notar nos seus solos de guitarra as muitas cativantes variações produzidas na interação com o baixo e a bateria. A emblemática What're You Doing possui seu estilo centrado em um Blues Rock com muita eletricidade, que se amplia garantindo mais adrenalina ao ouvinte, especialmente, nos toques de baixo e bateria que antecedem os solos puramente Rock'n'Roll capitaneados pelo guitarrista Andre Chammy e os vocais desta quinta canção, que até aparecem de forma despojada, sendo que Biel Astolfi mantém a garra da música firme até o seu término.
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Argus começa com repiques e toques precisos no baixo e também na bateria exibindo muita diversificação na canção através de um andamento mais lento, que ao receber um pouco mais de velocidade fica até um tanto que Prog Metal e sempre vocalizado com destreza por Biel Astolfi. Para terminar este excelente debut do Ceos, nada melhor que o Blues elétrico contido em My Last Blues, onde vemos outra face do Power Trio ao tocar um Blues mais lento como este em que seu esplendor é direcionado nos solos de guitarra e sua emoção nos vocais, cuja letra merece uma atenção maior, assim como os solos de Hammond. E também não esqueça caro leitor(a) de prestar atenção também nas 'conversas' do baixo e da guitarra mais próximas do final deste verdadeiro 'Bluesão'.
Excelente estreia do Ceos com este magnífico disco, que aliou como poucos Hard Rock, Heavy Metal e Blues através de vibrantes composições, que parecem 'de gente grande'. Para quem sente-se 'órfão' de um grande trabalho deste tipo no Rock Brasileiro e quiçá mundial, olhos e ouvidos neste Power Trio, que já aguardo ansiosamente pelo seu futuro novo trabalho, que já está sendo preparado, só que agora com Gabriel Rego na bateria no lugar de Felipe Abdala junto a Biel Astolfi e Alexandre Chammy.
Nota: 9,5.Por Fernando R. R. Júnior
Dezembro/2019
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