|
|
Son Of Light começa com uma evolução significativa na bateria de Friggi Mag Beats cheias de pedais duplos que caminham para um andamento cadenciado para contar com violência a história de Febrônio ( um índio do Brasil, que foi responsável pelo assassinato de mais de seis pessoas ) nos vocais guturais de Jairo em um Death Metal Old School violento e rápido do jeito que gostamos. Depois temos Vampire Of Hanover, que é cheia de 'blast beats' alternando velocidade e cadência para contar a sobre este alemão, que executou entre 24 e 27 pessoas em vocais totalmente irados perfeitamente adequados a proposta da música. Rostov Ripper é a alcunha de Andrei Romanovich Chikatilo, um ucraniano que aterrorizou a URSS por 12 anos sintetizado pelo Chaos Synopsis em uma música de forma ora cadenciada, ora acelerada em vocais sempre urrados com riffs de guitarras realizados na medida e sempre matadores.
Mais cadenciada e de ritmo mortal Bay Harbor Butcher conta sobre o serial killer Dexter Morgan, um dos muitos crápulas americanos. A forma violenta que Jairo canta é impressionante, assim como os solos de guitarras de JP e Marloni Santos, que recebem variações que nos empolgam ainda mais. Na década de 40, a amaldiçoada Miuki Ishikawa foi responsável pela morte de mais de 160 pessoas em um hospital no Japão e Demon Midwife narra os assassinatos realizados por esta 'besta' com as doses de raiva e velocidade, que desejamos ouvir em um bom Death Metal dotado de vocais coléricos como o aplicado nesta quinta canção. Em Red Spider, os pedais duplos e os 'triggers' de Friggi Mag Beats seguem livres juntos aos solos de guitarras para que Jairo cante inflamado sua raiva em mais uma história de um desgraçado, desta vez Luc Jan Staniak que durante sua imprestável vida respondeu pela morte de 20 pessoas de forma brutal.
|
|
Creio que o pior dos demônios que o Chaos Synopsis relatou em Art Of Killing esteja justamente na penúltima canção, pois Monster Of The Andes, que é cadenciada, conta com as boas intervenções do baixo de Jairo e tem sua contando a história do responsável pela morte de mais de 300 pessoas no Equador, no Peru e na Colômbia durante os anos 80. Nesta deu para sentir que em meio a um ritmo destruidor da parte instrumental, que o vocalista imprime ainda mais ódio ao cantar seus versos. Finalizando esta obra muito competente e brutal temos Art Of Killing, faixa que intitula o disco e começa de forma mais suave com JP tocando até um violino e então ganha o peso e uma grande fúria instrumental fazendo uma síntese de tudo que ouvimos anteriormente. E um detalhe não mencionado ainda, em cada uma das oito anteriores, temos alguns versos que estão na língua nativa do país de origem do assassino, muito interessante e ponto para o Chaos Synopsis.
Art Of Killing é um álbum muito bem gravado e cheio de petardos que cairão perfeitamente no agrado dos fãs de Metal Extremo, mas com uma temática em cada uma das músicas escancarando como a sociedade humana é capaz de gerar assassinos que mereciam ir para a cadeira elétrica, para o pelotão de fuzilamento ou enforcamento... Aliás, você deve acompanhar as letras das músicas e verificar as informações no encarte para conhecer mais dos desgraçados que serviram de inspiração para o Chaos Synopsis. Na minha opinião, estamos diante de um dos melhores lançamentos do ano, um discão extremo brazuka que será o 'equivalente de um assassinato' se você não tratar de conhecer.
Nota: 10.Site: http://www.facebook.com/chaossynopsisbr e http://www.myspace.com/chaossynopsisbr.
Por Fernando R. R. Júnior
Agosto/2013