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A faixa título Mundo Inferno abre o cd com o furioso HC/Deathcore do quinteto, que é cantado em português em uma letra ácida, que critica a nossa falta de legislação correta para cuidar da segurança das pessoas em um ritmo pesado e cru. Em Destruição, o baixista Ricardo Quattrucci evidencia-se nas primeiras notas, mas cede lugar a aspereza dos riffs de guitarra e com este ambiente criado Sérgio Ogres vocifera toda a sua indignação com toda a potência de seus guturais. Para Deathblow, o Deforme montou uma base instrumental com os guitarristas Carlos Souza e Leandro Soares exibindo um tanto de distorções em seus toques, porém, que recebe ótimas viradas feitas pelo baterista João Limeira em um andamento mais cadenciado, que é um convite para se abrir uma roda de pogo nervosa, e tudo isso com as vocalizações totalmente iradas e cheias de guturais de Sérgio Ogres.
Para tratar de um tema como o estupro, o Deforme cravou em Inocência Roubada uma evolução instrumental forte e cadenciada, que assim que Sérgio Ogres canta sentimos o "Dio" de seus versos. Nesta, a banda acelera e diminui o ritmo de acordo com o nível de cólera que a música necessita, que termina com uma solução ideal para um estuprador. Em Fudendo A Cabeça o quinteto resolveu acelerar para valer em uma letra sobre os infelizes que vivem nas ruas perdidos e viciados em drogas, em mais um descaso do poder público atual. A forma violenta que eles fizeram, seja na parte instrumental ou nos vocais, são mesmo um ótimo "tapa na cara" da nossa sociedade hipócrita e politicamente correta. Para Você Não Merece A Tatuagem Que Tem, a banda foca seu olho crítico a toda velocidade nas pessoas que se tatuam sem realmente possuir a atitude necessária para isso ( pense caro leitor(a) existem inúmeros conhecidos que fazem isso, não? ). E a linha instrumental adotada nesta sexta canção de Mundo Inferno alterna momentos bem rápidos com outros mais cadenciados, e ambos, com um verdadeiro despejo de fúria a cada verso pronunciado por Sérgio Ogres.
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Respeito Verdadeiro exibe um set instrumental pesadíssimo, que te induz ao que virá em seguida: muita agressividade em riffs mais cadenciados. Os instantes finais da música anterior são ligados aos primeiros acordes de Escravo da Mente e desta forma, eles seguem sabiamente em uma linha mais rápida e com vocais furiosos, ou seja, mais uma canção tocada sem piedade. A revoltada Fuck Pedigree marca - com seu devastador andamento - a penúltima de Mundo Inferno e a banda soube aplicar linhas instrumentais um tanto cadenciadas para envolver o ouvinte. Para fechar a odiosa 'bolachinha' nada melhor que mais uma porrada na cara não é? E FFF é daquelas músicas que são rápidas, nervosas e que em sua letra nos mostram alguns dos muitos 'tipinhos inúteis' da sociedade moderna.
Nós que somos do Heavy Metal e ouvimos suas várias vertentes, vez ou outra necessitamos de curtir um álbum como este Mundo Inferno do Deforme, que sintetiza em pouco mais de quarenta minutos soluções para certos problemas sociais e também declara tudo que desejamos falar em muitas situações do dia-a-dia ( mas nem sempre podemos ), em suma, curtir um álbum assim faz bem a nossa saúde.
Nota: 8,5.Site: https://www.facebook.com/deforme.dthc.
Por Fernando R. R. Júnior
Janeiro/2014