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Com efeitos um tanto que sombrios de água e o Hardcore do quinteto começa com a agressiva Autodestruição, que apresenta um andamento cadenciado de guitarras pesadas e vocais raivosos, mas isso, até que eles acelerem e aumentem o caos da composição, onde sente-se a necessidade de abrir rodas. A faixa que intitula o cd é a segunda e Headshot entra com um violento ritmo, que é vociferado com muita cólera por Leopoldo Jr. O Deguella demonstra um poderio de fogo muito grande também na parte instrumental, que agradará fãs de um Thrash Metal.
Com várias risadas em meio a um veloz andamento furioso, Hiena avança feito um trem desgovernado com vocais raivosos e os caras deixam claro na sua letra toda sua imensa revolta. Em Corrente da Escravidão, as guitarras de Pádua e Fábio exibem belas evoluções durante as caóticas linhas de baixo feitas por Fernando Castelo Branco e bateria, na cortesia de Delson Gomes, de forma que não reste outra alternativa senão sair cantando com muita cólera cada verso com o vocalista da banda.
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E o Deguella continua socando a cara com a porrada Destruído, que exibe solos de guitarras matadores, além de uma eficiente e forte atuação do baixista Fernando Castelo Branco e também muita ira em seus versos. Com Transtorno, o quinteto novamente vem disposto a arrebentar com tudo em um andamento instrumental, que exala violência em cada instante, onde mais uma vez reparamos que o baixista meteu a mão sem dó e produziu notas estralhaçadoras junto aos solos de guitarras e o massacre que ouvimos na bateria de Delson Gomes. Criando Regras rompe com uma linha de guitarras raivosas de Fábio Gomes e Pádua Belo, que edificam os odiosos vocais de Leopoldo Jr. em uma letra real e verdadeira. Headshot conta com duas músicas bônus e a primeira é a rápida e matadora Breaking All, que passa a ideia de um som aniquilador e intenso. Depois temos Nada a Perder, que exibe índices de violência ainda mais altos, seja nos vocais ou na dilacerante parte de guitarras, bateria e baixo, que sofrem algumas modificações no seu andamento com solos um tanto melodiosos, o que é bem interessante.
Do começo ao fim, Headshot não economiza no tanto de pancadas que exibe em seus poucos mais de trinta minutos e deixa claro que este quinteto do Piauí está pronto para se juntar aos grandes representantes do Hardcore nacional. Não foi por acaso que o Deguella despertou o interesse da MS Metal Records para lançar este álbum, que além da porradaria que possui, nos mostra também algumas surpresas que farão fãs de nomes como Machine Head, Korn e Ratos de Porão bater muito a cabeça.
Nota: 9,0.Sites: https://www.facebook.com/deguella e https://soundcloud.com/deguella.
Por Fernando R. R. Júnior
Março/2015