Dune Hill - White Sand
 11 Faixas - Independente - 2014

    Contando atualmente com Leonardo Trevas nos vocais, Felipe Calado e André "Lego" Pontes nas guitarras, Pedro Maia no baixo e Otto Notaro na bateria, o Dune Hill teve sua origem na cidade de Recife em 2009 e foi buscando seu espaço no cenário Hard Rock da capital de Pernambuco. Em 2012, o EP Big Band Revolution foi lançado e foi bem recebido pelos fãs motivando a banda a continuar seus trabalhos, para que pudessem em 2014 disponibilizar o seu primeiro cd em abril, que recebeu o título de White Sand.

    Os processos de mixagem e masterização foram realizados no estúdio Mr. Mouse em Olinda/PE por Leonardo Domingues ( que já trabalhou com o Nação Zumbi e Mundo Livre S/A ) e a sua co-produção é de Daniel Pinho do Terra Prima. E experiência não falta ao quinteto, pois já dividiram o palco com o Angra, André Matos, Enforcer, Dr. Sin, Cangaço e Terra Prima, além de em 2013 se apresentarem no Festival de Inverno de Garanhúns e na 22ª Edição do Abril Pro Rock. A capa de White Sand, que mostra as pessoas de areia se desfazendo com o vento é de Rodrigo Bastos Didier e vejamos a seguir o porque dessas conquistas acima mencionadas nas linhas seguintes.

    Coube a White Sand ( Part I ) realizar a abertura do cd de forma tranquila através de vocais que passam muita emoção e logo em seguida, junta-se ao Hard Rock cheio de energia presente em Big Bang, onde tanto os vocais de Leonardo Trevas quanto as guitarras de André "Lego" Pontes e Felipe Calado trazem aquele clima festivo do estilo te convidando a cantar o refrão com eles. Aliás, durante os vibrantes e crescentes solos de guitarras é possível reparar no alcance do vocalista. Seize The Day entra acelerada e cativante na melhor linha oitentista com Leonardo Trevas mirando seus vocais em um estilo Hard Rock animado, que ao ser embalado pelos solos de guitarras capturam o ouvinte. E o quinteto aplicou um 'final falso', que em instantes depois retorna com o refrão para cravar de vez a vibração desta música em nós.

     Para Miracles, o Dune Hill apresenta ótimos riffs de guitarras, que estão mais longos durante as viradas interessantes na bateria, de forma que os vocais dedicados de Leonardo Trevas possam te conquistar e te fazer berrar seus versos do refrão com ele. Detalhe, além dos costumeiros e esperados solos de guitarras, eles incluíram também um solo de baixo encorpado feito por Pedro Maia, que chama a atenção e isso sem contar o ritmo rápido de Rock´n´Roll que temos pouco antes da intervenção muito bacana dos teclados do produtor Leonardo Domingues. Perfect Fire marca a quinta de White Sand e exibe ares de Van Halen através de suas melodias e seus riffs contagiantes, que é vocalizada com muito carisma a cada parte e tem sua força amplificada nos contundentes solos de guitarras te levando a ficar 'ligado' em cada solo e desejar até fazer um 'air guitar'.

    Com dedilhados que te conectam ao som instantaneamente, Seasons mostra o vocalista cantando de forma mais suave e um tanto que introspectiva, porém, no seu decorrer a música evolui de acordo com o crescente observado no ritmo dos guitarristas André "Lego" Pontes e Felipe Calado, que solam com muita categoria e liberam o vocalista para elevar sua voz e conduzir o ótimo astral das melodias alcançadas pelos recifenses. Em seguida, temos Revolution 2, que é dotada de solos mais viajantes e o refrão logos nos primeiros versos, que são um tanto que reflexivos e na sua condução notamos um fortalecimento em seu andamento cadenciado, que favorece aos exuberantes solos de guitarras aplicados como um Hard Rock deve possuir, mas, o Dune Hill surpreende positivamente com a aceleração Rock´n´Roll colocada na música em sua parte final.

    Com a presença do convidado Daniel Pinho nos vocais junto a Leonardo Trevas, a empolgante Soul Love, que começa mais leve, torna-se um Hard Rock eficiente, que está cheio de efervescentes e habilidosos solos de guitarras é para se afirmar que estamos diante de uma das melhores do cd. Instantes depois, as guitarras trazem riffs, que ao serem combinados aos vocais e somados aos toques do baterista Otto Notaro fazem de Heroes ser uma das candidatas a hit de White Sand, pois, os pernambucanos fizeram esta canção nos moldes dos Hard Rocks de nomes como o Def Leppard com seus solos de guitarras, que nos enviam toda aquela admirável energia. E esta nona canção contém um trecho que chama os fãs para cantarem juntos com eles ao vivo  - que convenhamos - é típico do estilo e sempre muito gostoso quando percebemos uma composição assim, tanto que só tenho uma palavra definí-la: sonzeira.

    Próximo do final temos Pedro Maia chamando com seu baixo os solos mais pesados dos guitarristas André "Lego" Pontes e Felipe Calado para que os três produzam um incandescente Hard formidável, que é vocalizado com muito feeling por Leonardo Trevas e coloca a Lamb Of Gold em um nível de excelência diferenciado e destaca a participação de Thiago Ramos nos backing vocals. Para terminar o cd recebemos White Sand ( Part II ), que passa todas as suas linhas intimistas em mais outra impactante atuação do vocalista em longos solos de guitarras ( quase Progressivos ), que se tinham a intenção de emocionar o ouvinte... conseguiram... mesmo com a virada cheia de eletricidade que incluíram pouco depois, tanto que quero registrar aqui os meus parabéns à entrosada dupla de guitarristas por conta dos virtuosos e belos solos a la Iron Maiden até que os assovios no ritmo da melodia da música marquem o seu encerramento.

    Faço votos para que White Sand abra mais portas ao Dune Hill de forma que eles se tornem mais conhecidos no país, possam realizar uma turnê por mais cidades brasileiras e consigam sim ( por que não? ) alcançarem um dos berços do Hard Rock Mundial na cidade de Los Angeles e outras cidades americanas, pois, músicas com poder de fogo para garantir a empolgação durante uma apresentação lá este álbum mostrou que eles possuem.
Nota: 10,0.

Sites: http://soundcloud.com/dunehill; https://www.facebook.com/dunehill
 e  https://www.youtube.com/user/Dunehillofficial.
 

Por Fernando R. R. Júnior
Março/2016

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