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Com esta ideia, o quinteto de Heavy Black Metal formado por Leonardo Mal'Lak Alcântara nos vocais, Breno Lira na guitarra e violão, Renato Matos no baixo e backing vocals, Erick Lira na guitarra e Arthur Felipe Lira na bateria trabalharam entre 30 de agosto a 3 de novembro de 2015 no Mr. Prog Studio com Nenel Lucena, que cuidou das gravações, mixagem e masterização de Walpurgisnacht, cuja capa desenhada pela DeafBird Design Lab mostra uma destas sombrias criaturas em um ambiente denso.
Nas nove faixas do cd existem composições que apresentam influências de Iron Maiden a Katatonia, de The Beatles a Hermeto Pascoal, de Santana a Joe Satriani - entre outros - e de compositores clássicos como J. S. Bach, Vivaldi, Heitor Villa-Lobos. Bem, a partir de agora vamos conhecer mais seus detalhes.
Ao som de ventos, gritos, teclados e falas sinistras é que Walpurgisnacht é aberto com Exordium, que se liga no Heavy Black Metal presente em Vampyre, onde temos os vocais urrados típicos do Black com os solos de guitarras do Heavy em uma química muito bem harmonizada pela banda. Este clima Heavy Metal de base oitentista se amplifica em Clamitat Vox Sanguinis, pois, Breno Lira e Erick Lira solam passando muita melodia nesta canção que é um tanto cadenciada e vocalizada com a fúria que lhe é pertinente nos vocais de Leonardo Mal'Lak Alcântara, que passa toda aquela aura maldosa em sua voz.
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Transylvanian Cry exibe uma interessante variação em seu ritmo promovida pela forma que Breno Lira e Erick Lira solam suas guitarras durante este Black Metal cheio de vocais rasgados consideravelmente horrendos com paradas criativas até que eles nos direcionem para a sua aniquiladora e veloz sequencia final, onde encerram a canção com dedilhados obscuros e muitos solos. A última do cd é a sua devastadora e devidamente mortífera faixa título, a Walpurgisnacht, que é cadenciada, com muitos vocais rasgados que permanecem até os toques de dedilhados no violão tranquilizarem um pouco, porém, Leonardo Mal'Lak Alcântara que exprimir sua gigante cólera e ele não dá descanso até despejá-la o tempo todo da música.
Walpurgisnacht não marca finalmente apenas a estreia em disco de uma batalhadora banda do Nordeste Brasileiro, mas também uma fusão feita com muita habilidade do Heavy Metal Tradicional com o Black Metal notadamente revoltado. Aos seguidores do estilo profano de nomes como o Venom vale conhecer. A única cobrança que posso fazer - e claro que sei das dificuldades - é que eles possam lançar mais álbuns em menos tempo, que a parceria com a Shinigami Records facilite o caminho para o Elizabethan Walpurga.
Nota: 8,5.Por Fernando R. R. Júnior
Maio/2020
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