Endless Massacre V
22 Faixas - Violent Records - 2013

    E mais uma vez a gravadora santista Violent Records disponibiliza no mercado mais um volume de sua coletânea Endless Massacre, que chegou em sua quinta edição e assim como nas vezes anteriores ( por aqui já resenhei quase todas as edições, confira na seção Resenhas ), temos expoentes e outros que buscam seu lugar ao sol no cenário Thrash, Death, Black Metal brasileiro e internacional. Dessa vez, Luiz Carlos P. Louzada, o mentor do projeto e produtor do projeto agregou 20 bandas que juntas cravaram 22 músicas.

     Em seguida, temos uma das bandas que Luiz Carlos P. Louzada participa, o Chemical Disaster, um quinteto matador de Santos/SP, que neste volume enviou o Death Metal de Lying Lord, que foi executada com toda fúria que é possível.

    Depois hora de viajar até o sul com os gaúchos de Bento Gonçalves/RS, que formam o Supersonic Brewer ( foto ao lado ) e atacam com Dead Men Make No Shadow, um Thrash Metal dos mais pesados e raivosos possíveis. E a banda se supera no decorrer da música nos solos de guitarras, que alternam velocidade com cadência com primor.

    De Belém/PA, vem a galera do Antrofedito nos proporciona aquele Death Metal sombrio de vocais guturais e trechos acelerados para se quebrar tudo em Necrophagist. E já que a ideia é sentar bordoadas sem dó, os thrashers de Fortaleza/CE, que formam o Leprous marcam sua presença com Contract Of War, cadenciada no início, mas com um ritmo destruidor na parte instrumental e vocais irados para valer. 

    Obscurecendo de vez este volume os 'blackmetallers' paulistas do Ocultan nos enviam King Of The Night Tribes, uma amaldiçoada, sinistra e violenta composição. A próxima é a banda Massacre de Limeira/SP, que entra a toda potência com seu Thrash Metal cru presente em Like A Dreams Come True. Repare no tamanho da agressividade que o quarteto desejou passar em sua participação.

    Depois, o próximo a deixar sua marca neste Endless Massacre V é o Forbidden Ideias... uma galera de Death/Grindcore de São Paulo/SP, que despejou toda sua imensa cólera sem nenhuma pieade em Conqueror. Yakuza, nome da intensa composição de uma das mais clássicas bandas do Thrash Metal Nacional, estou falando do Attomica, que pela história e categoria desta trupe de São José dos Campos/SP não tem como eles não assumirem o posto de um dos destaques deste volume.

    Com a curiosa mistura de Speed, Power e Black Metal, o Imperador Belial de São Gonçalo/RJ nos envia Black Alcoholic Vomit, que é possuidora de ares do Sodom, embora a banda necessite evoluir mais. Com um certo destaque na cena, o Psychotic Eyes cravou neste Endless Massacre V seu raivoso Thrash/Death Metal com Thronwing Into Chaos, que exibiu muito bem a proposta do trio paulista.

    Ainda bem que após essa sessão de tortura, a banda seguinte da coletânea é o ótimo quinteto de Thrash Metal [maua], que passa nos vocais urrados de Bitch a dosagem correta de agressividade e solos de guitarras de linhas mais Heavy Metal e o mais curioso: eles são de Aracaju/SE, local em tese sem tanta tradição no cenário extremo, mas que se saiu muito bem, ponto para eles por vencerem todas as dificuldades que tiveram que provavelmente passar. 

    Contrabalanceando as bandas menos conhecidas, os paulistas do Nervochaos enriqueceram a coletânea com To The Death, composição destruidora que intitula o seu último álbum de estúdio ( leia resenha ). Também contando com uma boa fama, a horda Blasphemical Procreation de Juiz de Fora/MG despeja toda sua insana raiva em Satan With Me, a urrada e violentíssima décima oitava faixa do cd.

    Dizer que nomes como o Nervochaos, o Attomica, o Vulcano ( foto ao lado ), o Ocultan são os principais destaques seria uma injustiça com os menos conhecidos, devido à estas bandas gozarem de uma respeitosa fama.

     Sendo assim, aponto como principais nomes do cd a galera do Supersonic Brewer, o Jack Devil, o Leprous e os venezuelanos do Haboryn. Vale dizer que a mescla de craques do Metal com boas promessas fizeram deste volume de Endless Massacre um cd que se deve conhecer, ainda mais para quem gosta de peneirar boas bandas do cenário extremo. 
Nota: 8,0.

Por Fernando R. R. Júnior
Abril/2014