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A produção de Bucolic foi realizada em São Paulo/SP por Marcelo Costa e Jean Felipe em um processo lento, por conta do orçamento baixo para realizar os trabalhos de gravações, mixagem e masterização, porém, mesmo assim acabou ficando boa e garantindo uma boa sonoridade às canções. Na capa temos uma cama voando em uma paisagem surrealista com o corpo de uma mulher levitando em um desenho de Jolene Casko e em suas letras, Bucolic contém uma carga emocional grande que refletem problemas que enfrentamos na vida e outros de ordem superior, como as relações entre os indivíduos e a essência do ser.
E é com serenidade que Animals ( This Sound Black! ) abre Bucolic para que após alguns dedilhados serenos, a música ganhe força e um ritmo Progressivo envolvente, que é vocalizado com muito carisma e competência por Jean Felipe garantindo uma satisfação e uma energia positiva a esta composição, que atravessa suas várias e saborosas camadas instrumentais. Em Johnny Parker, o princípio mais tranquilo nos releva depois suas dosagens pesadas nos solos de guitarra com distorção feitas por Jean Felipe e em seus vocais robustos percebemos uma pegada a la Grunge, que recomendo que recomendo que se repare também nas evoluções realizadas pelo baterista Ryan Marcel e pelo baixista Scott Denis, além da forma contagiante que a canção é conduzida pela banda. Retornando diretamente a sua linhagem Progressiva com inclusões de Heavy Metal por um crescente deveras marcante, Reasons To Cry é a terceira de Bucolic, onde chama a atenção a velocidade aplicada em alguns trechos e também a mudança que existe em alguns outros cadenciados, sendo que tudo está muito bem balanceado pelo Glowing Tree, até que por fim, se acabem em longos e viajantes solos de guitarras executados com competência por Jean Felipe.
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Acalmando novamente nossa audição, o Glowing Tree exibe a Pictures Of Life com um andamento pacífico, que sustenta as vocalizações de Jean Felipe em uma mescla de Prog Metal, que o lado Progressivo se evidencia mais e captura os fãs do estilo com sua habilidade. Com toques distanciados que ficam bastante encorpados e que seguem por reluzentes melodias, Seeing Red marca a penúltima do cd, que é uma composição mais Heavy Metal de solos de guitarras fortificados e com vocais por vezes poderosos, mas o Glowing Tree nos surpreende ao quebrar o ritmo e deixar a música agradável novamente. Isso acontece mais de uma vez levando esta penúltima musica de Bucolic ser outra que merece figurar entre as melhores do cd, justamente por conta dessa dualidade. Com toques no violão e com vocais repletos de sentimento que Goodbye termina o álbum produzindo uma canção onde a paz é exponenciada a níveis elevados e em que vamos abrir um sorriso de satisfação em sua audição.
Excelente estreia do Glowing Tree com este álbum Bucolic, que fundiu seu Prog Metal a outros estilos sempre com muita categoria em composições deliciosas de se ouvir, que certamente abrirão portas futuras para a banda.
Nota: 9,0.Por Fernando R. R. Júnior
Agosto/2019
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