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Sobre a produção Thales Statkevicius explicou: "Nós não nos limitamos ou rotulamos em relação à estética-sonora do The One. Durante todo processo de produção nós fugimos das receitas prontas. E em relação as músicas como composições, temos de tudo lá, desde Heavy Metal Tradicional até seus subgêneros como Death, Thrash e até mesmo Black Metal. Eu diria que existe um pouco de cada fase do Hammathaz, elementos mais "Old School" da banda, mas também coisas mais contemporâneas. Penso que se uma banda não é capaz de inovar e experimentar coisas novas, ela está morta artisticamente. E é isso que mantém o Hammathaz vivo."
Na capa, o Hammathaz baseou-se no conceito de Anderson Andrade e mostra um ser em meio à um caos e um paraíso, que foi desenhada pelo artista Jean Michel da Designations Artwork ( que já desenhou capas para artistas como Metal Church, George Lynch, Lynch Mob, Michael Sweet, Todd La Torre, John Corabi, Vixen e muitos outros ).
Logo na abertura temos Farewell, que começa crua em seu ritmo pesado e agressiva em seus vocais em um estilo bastante denso, porém, que apresenta interessantes variações nos seus toques de bateria, de baixo e na condução dos solos de guitarras através de partes cadenciadas em meio a devastação sonora que é proposta pelo Hammathaz. Acelerada e devidamente furiosa, Devil On My Shoulder entra para martelar sua cabeça caro leitor(a) do Rock On Stage, pois, aqui o Hammathaz optou por uma canção simplesmente aniquiladora, cheia de urros em seus vocais e exibindo também uma atuação marcante do baterista Lucas Santos nas viradas que realiza em seu kit. A exterminação sonora está mais poderosa em From The Grave como nota-se em seu andamento e em seus vocais consideravelmente urrados, que alternam trechos rápidos com outros cadenciados culminando com os riffs feitos pela dupla Thales Statkevicius e Rodrigo Marietto, onde ambos abusam da distorção aplicada neles denotando um belo tanto de Groove Metal na canção.
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Neste álbum The One quero lhe informar caro leitor(a) que você não terá chances de respirar, pois, o quinteto envia uma pedrada atrás da outra, como ocorre na penúltima Irrational Beings, onde a junção feita pelo baixista Anderson Andrade e o bateristas Lucas Santos ditam o caminho e a cólera que será expelida nos vocais de Thiago Pasqualini. Encerrando este curto, mas dizimador disco temos The End, que é veloz, insana e intensa em sua incalculável violência, além de ser executada com primor pelo Hammathaz, que nos traz diversos pontos para uma sessão de 'headbanging' como está explícito nos solos de guitarras na parte final da música.
Disse ainda há pouco que The One é um álbum curto, porém, a tamanha voracidade mostrada pelo Hammathaz em seu Death Metal nestas nove composições são para arrebentar com os pescoços e ouvidos dos fãs de forma única, ou seja, estamos de uma banda que promoveu um tiro certeiro e absolutamente demolidor dentro do estilo no país, e que, certamente alçará a banda à outro nível de divulgação do Metal Extremo. Entretanto, para o próximo álbum não teremos Thiago Pasqualini, que deixou o Hammathaz e foi substituído por Fernando Xavier nos vocais.
Nota: 9,0.Por Fernando R. R. Júnior
Outubro/2021
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