Hellskitchen - We Are The Hells Crew
 14 Faixas - Independente - 2018

    Foi na cidade de Santa Barbara d'Oeste/SP que o quarteto formado por Gustavo Palito ( guitarra e vocais ), Rodrigo Barros ( baixo ), Guilherme Patrício ( guitarra ) e Guilherme Azzi ( bateria ) deu início ao Hellskitchen trazendo em seu som bastante influências de Grunge, Stoner e Heavy Metal Tradicional no padrão de nomes como Black Label Society, Pantera e Alice In Chains.

    No final de setembro de 2018, eles lançaram este álbum We Are The Hells Crew, que foi gravado no Estúdio Bunker 4.0.9 em Hortolândia/SP e no Pepper Studio em Nova Odessa/SP. Na capa temos um desenho de Paulo Alves bastante adequado ao som da banda.

    A introdução Hellskitchen chega aos dedilhados com uma aura sinistra, que caprichosamente se tornam solos melodiosos e preparando assim para o Heavy Metal do quarteto com Public Enemy, onde o peso das guitarras eclode bem como a força contida nos vocais de Gustavo Palito, que atua muito bem nesta canção devidamente orientada pela potência de seus solos de guitarras em um andamento mais cadenciado. Interessante também é a virada tranquila, de vocais falados e riffs melodiosos aplicadas pelo Hellskitchen até inflamarem com tudo novamente na sequencia e então voltarem ao ritmo carregado de seu início para finalizar a música. Depois com uma carga de distorção a la Black Label Society, Keep Running é a terceira do cd e Gustavo Palito canta de uma forma largada ante à um estilo cadenciado que flerta com o Groove Metal em que a banda colocou a prova sua coesão e se deu muito bem.

    29 11 2013 começa com vocais e um formato calmo, que rapidamente ganha energia em seus vocais e em seus toques de baixo, guitarra e bateria aumentando o seu grau de impacto no ouvinte, confirme sentindo o longo solo de guitarra executado por Gustavo Palito. Para On Your Mind, o Hellskitchen apresenta uma composição robusta com riffs de guitarras envolventes, vocais firmes e a cozinha pulsante de Rodrigo Barros no baixo e Guilherme Azzi na bateria capturando o ouvinte já em sua primeira audição, especialmente, em sua parte final que está cheia de peso, solos e melodias de primeira, quase incansáveis, só parando para o retorno do refrão. A sexta é a explosiva Hellbound com seus solos de guitarras constantes e eletrificados, que a partir da entrada dos vocais seguem por um andamento cativante, que só eleva-se e satisfaz o ouvinte ao passar de seus minutos. Em suma, sonzeira mesmo e a minha favorita até aqui.

    Logo depois, o quarteto ataca com a Killing Myself, onde a interação do baixo e da bateria de Rodrigo Barros e Guilherme Azzi, respectivamente, acontece em um estilo cadenciado de vocais firmes que amplificam o seu poder de fogo à maneira que seus solos de guitarras crescem, porém, a banda nos mostra uma riqueza musical enorme posteriormente nestes solos, que você ficará admirado e abrirá - certamente - um sorriso de prazer ao ouvi-los.

    A oitava é The Only Way e o Groove encorpado do Hellskitchen continua formidável e vibrante como é o caso desta composição cadenciada de vocalizações e solos de bateria inflamados e marcantes, além de repiques nos pratos, tanto que no final, eles nos surpreendem positivamente com uma sequencia instrumental frenética e voltam com sua linhagem cadenciada. Expressando seus vigorosos solos em seu padrão Black Label Society, o Hellskitchen dispara agora e com muita raiva nos vocais, a The Answer, cujas distorções nos solos dos guitarristas Gustavo Palito e Guilherme Patrício no ritmo obtido pelos demais te fazem querer agitar com a banda instantaneamente, além de viajar em sua audição sacudindo o pescoço mergulhando mais na atmosfera criada por estes solos que não param por nada, mesmo quando os vocais estão em cena.

    A penúltima também chega ateando fogo nos fãs através de uma pegada Rock'n'Roll intensa, que faz Live And Let Live exalar um clima de Motörhead enorme e manter a garra do quarteto em níveis excelentes com sua 'tonelada' de reluzentes solos de guitarras, que estão devidamente amparados na atuação da imparável cozinha da banda. Finalizando este sensacional álbum de estreia do Hellskitchen, eles nos brindam com a rápida We Are The Hells Crew, canção que basta uma vez que você coloca o cd para rolar para se tonar fã dela e sair pulando em sua execução, pois, o seu ritmo é literalmente uma dinamite sonora em suas mãos, e isso, acontece graças aos fervorosos solos do alucinado guitarrista Gustavo Palito.

    Como o Heavy Metal Brasileiro nos faz apreciá-lo mais a cada dia quando ficamos sabendo de um nome de tamanha capacidade como é o caso do Hellskitchen, que neste álbum de estreia We Are The Hells Crew entrou metendo o pé na porta com suas onze ardorosas composições para fãs de Black Label Society e Motörhead já as aprovarem logo de cara. Espero que a banda possa se tornar mais conhecida a partir deste disco e faço um desafio para você caro leitor(a) do Rock On Stage: coloque este som para rodar imediatamente.
Nota: 9,5.

Por Fernando R. R. Júnior
Agosto/2020

 

 
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