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A faixa de introdução Rise tem uma cara mais sombria bem progressiva e quando o poderio extraído das guitarras de Fabrício Reis e Luciano Dorneles aparecem, estamos na segunda faixa Truth, onde notamos os robustos vocais Stéfanie Schirmbek em uma bela melodia instrumental, com destaque para os solos de guitarras e teclados. As influências do Gothic Metal existem e são um ponto positivo, mas o diferencial do Holiness está mesmo no Heavy Metal mais tradicional. Depois, What I Want apresenta um clima mais denso com uma forte pegada na bateria de Cristiano Reis e a vocalista canta com mais suavidade flertando um pouco com o Pop, mas com o peso do Metal lado-a-lado, especialmente nos riffs de guitarras, tanto que quem aprecia bandas como Evanescence e Lacuna Coil ( em seus últimos trabalhos ) irá se identificar.
Um músico do gabarito de Fábio Laguna fica em evidência facilmente, e a harmonia que ele obtém de seus teclados produzem um clima melancólico que alterna bastante peso de guitarra e bateria, momento em que Stéfanie Schirmbek dispara sua voz com muita força, mas, o que encanta mesmo nesta canção é a leveza singular de sua voz quando a canção fica mais calma. Em Waiting For A Change, o ritmo é mais introspectivo e é cantado com muito feeling pela beldade, mas, ganham uma bela dose de peso nas guitarras de Fabrício Reis e Luciano Dorneles com longos solos. Outros dois destaques estão nas viradas de andamento ( que garantem a mescla do som gótico com heavy metal aplicadas na quantidade certa ) e nos agudos que a vocalista alcança.
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Piano, dedilhados, repiques de bateria e vocais suaves: essa ótima harmonia presente no começo de Into The Light, com refrão que vai facilmente para a memória, só tem seu ritmo rompido no momento em que Fabrício Reis e Luciano Dorneles solam suas guitarras, e assim, tragam o peso necessário para tornar a oitava faixa de Beneath The Surface ainda mais cativante ( confira o clip: http://www.youtube.com/watch?v=Jcp9EuNmuOg&feature=player_embedded ). O inicio de Breath In Time quase nos engana parecendo que será mais melancólico, mas, a variação vista aqui nos teclados e na atuação do baterista Cristiano Reis, e por que não dizer, do Holiness como um todo, criam um andamento bem mais metal para a música que surpreendem o ouvinte com alguns vocais masculinos mais agressivos, e isso, é muito positivo. Uninvited é um cover que foi um grande sucesso na voz de Alanis Morissete e que ficou muito bom na versão mais Heavy Metal do Holiness.
Para um disco de estreia de uma banda que possui pouco mais de dois anos de formação, o Holiness conseguiu seu objetivo: chamar a atenção e exibir qualidade. Como seu principal ponto forte está na harmonia de suas composições ( com letras sobre temas do dia a dia, questões existenciais e reflexões interiores ), o Holiness certamente irá conquistar mais fãs e pode ser considerado como uma boa promessa no cenário nacional, tanto que Fabio Laguna não participaria do cd apenas pelo contrato e eles não seriam convidados para abrir o show do Rafael Bittencourt Project no Manifesto Bar em São Paulo/SP, como foram em setembro de 2010.
Nota: 8,0.Site: www.myspace.com/officialholiness
Por Fernando R. R. Júnior
Novembro/2010