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Com curtos efeitos de teclados feitos por André Bortolai em Burning Tsa, Confinement tem seu início e a música nos leva até a raivosa e melodiosa Hollow, dotada de uma base instrumental que está muito bem conduzida em meio a vocais guturais, que trazem linhas de Prog Metal com vocais mais voltados para o Death Metal. Quem ajuda a enaltecer ainda mais a potencia desta música é o vocalista Mário Pastore ( do Pastore ). E a bela harmonia realizada pelo In Soulitary continua com Written To Life, que é mais rápida e exibe os vocais mais rígidos de Marcel Briani juntos à convidada Verônica O. Rodrigues ( da banda canadense Karkaos ) e também muitos solos de guitarras, que produzem um andamento do melhor Death Metal Melódico. Para Behind The Rows, temos uma vibrante evolução instrumental que alterna peso e melodia entre os vocais de Marcel Briani, que estão ora guturais ora mais limpos. Essa mescla de agressividade de um Black Metal com passagens Prog Metal nos teclados e nos solos de guitarras fazem de Confinement um cd muito intrigante e ao mesmo tempo, gostoso de se ouvir.
Mouth Of Madness caminha por trechos cadenciados e melódicos, mas sempre com linhas de vocais por muitas vezes agressivas e outras melódicas, além de uma artilharia significativamente forte nas guitarras, que diferenciam esta música de muitas outras bandas de Metal Melódico, para confirmar, basta sentir o momento que André Bortolai aplica seu viajante solo de teclados, os solos de Heavy Metal que vem na sequencia e a aceleração mais voltada para um Prog, e o melhor... fundiram tudo isso com precisão em apenas uma música. A seguinte, River Of Souls, traz os convidados Mário Pastore nos vocais e Dimitri Brandi na guitarra ( do Psychotic Eyes ) em uma excelente mescla de agressividade e melodia, seja no ritmo proposto ou nos vocais, inclusive com alguns trechos que nos conduzem para uma breve jornada, pois ficam ao mesmo tempo rápidos e furiosos, porém, voltam a exibirem linhas mais calmas e fazem desta mais uma virtuosa composição de Confinement.
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A convidada Lan ( Elaine ) Wiess com seus belos e fortes vocais ( que lembram a deusa Doro Pesch ) participa de The Key, que só não é uma balada Heavy por conta dos guturais feitos por Marcel Briani, mas ainda assim, o In Soulitary soube como compor uma faixa emocionante que te liga anda mais à música. E o guitarrista convidado Luigi Regolini ( do Darkener e Rebel 30 ) comprova isso ao solar brilhantemente ao lado de Danny Schneider e Rafael Pacheco. Com uma pulsante evolução realizada pelo baterista Matthew Liles, a veloz Deep Fear literalmente "entra com tudo" disposta a não deixar ninguém parado. Se gosta de solos de guitarras esta é a hora, pois a entrosada dupla do In Soulitary sola e muito, ora eles estão mais rápidos, ora estão mais melodiosos, entretanto, sempre ambientando cada um dos coléricos versos proferidos por Marcel Briani. True Religion apresenta uma condução mais melódica, cadenciada, com seus vocais guturais, mas que não se esquece de seus momentos progressivos e Heavy Metal, ponto para a banda que sempre surpreende a cada instante do cd. E ainda existe uma curta faixa não relacionada no track-list de Confinement que é/lembra uma comemoração de piratas após uma pilhagem realizada com sucesso.
O tempo que o In Soulitary levou para compor, gravar e masterizar as músicas deste Confinement fez muito bem à banda, pois souberam como amadurecer com muita qualidade e o álbum os coloca entre um dos maiores expoentes brasileiros do Death Metal Melódico, um estilo não tão explorado no país. Este disco - que o incluo entre os melhores lançamentos do Metal Brasileiro deste ano - é indicado para os fãs de nomes como Children Of Bodom, In Flames e Amon Amarth.
Nota: 10,0.Sites: http://www.insoulitary.com e https://www.facebook.com/In.Soulitary.Confinement.
Por Fernando R. R. Júnior
Setembro/2014