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Com as gravações realizadas em São Paulo/SP e Salvador/BA e com os processos de mixagem e masterização realizados por Pablo Nechi nos Studios Monge em Porto Alegre/RS, este debut cd aborda em suas nove faixas o universo de uma pessoa comum, onde estamos diante das pressões do trabalho, frustrações e demais temores que acontecem no nosso dia a dia, como está implícito na ideia da capa, que mostra cinco sombrias caveiras, sendo que uma delas está segurando um cérebro humano e ao fundo de uma cidade desolada nos passando a ideia que são manipuladores da humanidade, de acordo com a concepção do baterista e líder Luiz Omar, que também cuidou logo da banda.
Pouco depois do lançamento do álbum, a sede da banda voltou a ser a cidade de Salvador/BA e novos músicos foram recrutados para a banda, que está formada por Roberto Índio nos vocais, Alexandre Vitorino na guitarras e backing vocal, Vinicius de Moraes na guitarra, Uiliam Rocha no baixo e Luiz Omar na bateria e backing vocal, que juntos realizaram a turnê de divulgação do primeiro registro em 2016.
A curta faixa Intro com algumas falas sombrias e risos maldosos se liga a The Dark Ages, sendo que desta forma, o Heavy Metal Tradicional do Inner Call exibe sua cara através de vocalizações firmes, solos de guitarras consistentes e bastante toques na bateria. A cantora Vivian Benevides participa realizando os backing vocals mais suaves junto aos mais graves de Fábio Lima em uma considerável crítica ao período da Inquisição. Após o motor de uma motocicleta dar a partida Ride From Hell produz ares cadenciados e um tanto que estradeiros, que são orientados pelos riffs de guitarras cavalgantes feitos por Renato Passero e Rafael Pereira, que somados aos eficazes toques de baixo e bateria concedem a esta terceira música uma carga oitentista das boas. Para Reasons, o quinteto aplica solos mais longos e melódicos daqueles em que somos convidados a apreciar de olhos fechados até que Fábio Lima cante seus versos e torne esta canção mais envolvente, que para mim é a melhor deste princípio de cd.
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Na sequencia chega Bad Minds, cujos riffs parecem que foram inspirados pelo Megadeth na mais acelerada composição do cd, que em uma de suas alterações consegue-se reparar que o baterista Luiz Omar realiza um excelente trabalho e merece seu destaque também. A última do cd é I'm Back ( This Is Rock'n'Roll ) e uma forte candidata para ocupar o posto de melhor do disco, pois, é possuidora de um estilo semelhante ao Motörhead... só que com linhas mais melódicas junto a uma letra que narra o que é o Rock'n'Roll.
Boas músicas, que foram moldadas no padrão do Heavy Metal dos anos 80 e embasadas em ótimas melodias sem acelerar demais, o Inner Call provou que tem a capacidade para procurar um lugar no cenário nacional com este registro também, então, se o line up se solidificar e eles mantiverem o nível de composições vistas neste debut, vamos ouvir falar muito mais da banda, pois, no segundo semestre de 2017, eles já estavam trabalhando em seu segundo cd, que receberá o título de Elmentals, porém, isto será um assunto para o futuro.
Nota: 9,0.
Sites: http://www.innercall.com.br,
Facebook: https://www.facebook.com/innercallofficial
e Youtube: https://www.youtube.com/channel/UC80GEts0QRvLFcfJ-Psn-BA.Por Fernando R. R. Júnior
Novembro/2017