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Ao som de batimentos cardíacos, se confundindo com os toques de bateria e também com a velocidade de uma corrida de automóvel ( típico ronco dos motores de Fórmula 1 ), a instrumental The Racing abre o cd e se liga no Hard Rock repleto de energia contido em Driver, a segunda que é pesada e possui seu ritmo orientado pelos riffs de guitarras, que produzem aquela atmosfera oitentista devidamente inspirada em um misto de AC/DC com Mötley Crüe e isso, garantirá a empolgação de ouvir esta canção logo em sua primeira audição. Consideravelmente eletrificada e dotada de um andamento rápido com as boas vocalizações feitas por Herbert Davis passando muita sensualidade e também sarcasmo, Move It Down eleva a vibração que sente-se neste trabalho, que ao chegar nos solos percebemos que o JEV demonstrou que sabe como deixá-los fluir para que a música nos contagie com facilidade, aliás, os timbres do vocalista refletem novamente a famosa banda de Los Angeles, que fez história no Hard Rock.
Depois, hora de outra instrumental com Syren em que uma distorção alta, que sinceramente poderia ter sido cortada na mixagem ( pois, aparenta que o leitor do seu aparelho de som está com defeito e não "lê" o cd ) antecede a ótima Wildest Youth, canção que Herbert Davis envolve pela forma que canta seus versos e os demais também atuam muito bem, além de participarem nos backing vocals exibem também uma encorpada sonzeira puramente Rock'n'Roll ao percorrer um ritmo cadenciado e crescente, que nos remete novamente ao AC/DC dos anos 70 com uma nova junção com o Mötley Crüe, onde devo enaltecer o guitarrista Cleiton Soman e os seus fortes solos sempre latentes.
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Se o JEV mantiver a pegada sólida de seu Hard Rock e souber aparar algumas arestas como o caso da citada Syren com seus barulhos desnecessários, a tendência é que o quarteto possa crescer e alcançar posições maiores no cenário do Hard Rock brasileiro, que embora tenha muitos bons representantes, é sempre importante a adição de outros, e neste caso específico, caminhando na trilha do AC/DC e do Mötley Crüe, porém aplicando a sua própria dosagem de sarcasmo a cada uma de suas composições.
Nota: 8,5.Por Fernando R. R. Júnior
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