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E continua sua tese ao dizer: "Mortem Solis é mais direto. Cortamos tudo o que consideramos desnecessário para torná-lo o mais brutal possível. Sem usar um computador ou um metrônomo, tudo sob o verdadeiro espírito do Death Metal. Nós três compartilhamos a mesma visão para o Metal. Somos um exército de três. Claro, evoluímos como irmãos, pessoas e músicos. Nós nos divertimos muito juntos. Mas essa coesão nos deu o jeito Krisiun, o caminho em que estamos e continuamos a trilhar".
Para explicar a brutalidade deste novo trabalho, Moyses Koslene concluiu: "Vemos uma cena cheia de posers. O Death Metal está ficando mole. Não vamos participar de nada disso. Sabemos de onde viemos e o que o Death Metal significa para nós: ele é tudo! O ódio e a repulsa nos alimentaram. É por isso que Mortem Solis é despojado, a intensidade é ampliada e gravamos sem as muletas da modernidade. Acho que você pode ouvir que estamos extremamente zangados. A música e a vibração que ela emite são intencionalmente óbvias".
Desta vez o álbum foi registrado no Brasil ( por questões de logística, questões relacionadas com a pandemia e eficiência ), sendo que Mortem Solis foi gravado no Family Mob Studios em São Paulo/SP ( cidade que é a base atual da banda ) por Hugo Silva ( Sepultura e Nervosa ) e Otávio Rossato ( Crypta e Desalmado ). Já mixagem e a masterização ficaram à cargo de Mark Lewis ( Nile, Monstrosity, Kataklysm e Deicide ) e foi realizada no MRL Studio em Nashville no Tennesse nos Estados Unidos.
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Como você já deve estar imaginando caro leitor(a) do Rock On Stage, o responsável por ilustrar este conceito idealizado pelo trio formado pelo citado Moyses Koslene ( guitarra e vocais ) junto de Alex Camargo ( vocais e baixo ) e Max Koslene ( bateria ) foi o competente brasileiro Marcelo Vasco, que além de outras capas do Krisiun já desenhou para o Slayer, 1349, Dark Funeral, Venom e tantos outros. Obviamente, que a arte deste álbum é obscura e aqui reflete a caveira de um guerreiro - possivelmente - romano chegando à um templo que é perfeita para o que ouviremos em seguida e que seus detalhes serão contados nas próximas linhas.
O Death Metal matador do Krisiun neste Mortem Solis começa com a feroz e direta Sworn Enemies com ótimas variações sem perder sua potência por nada com todos os instrumentos ouvidos com clareza. Prosseguindo seu esmagador e técnico massacre sonoro, eles enviam a Serpent Messiah, que assim como a primeira possui muitos 'triggers' oriundos da bateria de Max Koslene e muitos urros nos vocais de Alex Camargo, e lembrando que cada um destes urros exalam muita fúria e demonstram que o trio continua totalmente disposto a destroçar tudo, confirme reparando nas reluzentes alterações que eles executam na música.
O rolo compressor segue sem dó e implacável com Swords Into Flesh através de linhas instrumentais hábeis e adoravelmente aniquiladoras trazidas por uma banda tão afiada que nem parece que são apenas três caras. Durante os solos percebemos o clima opressor que eles criaram para a composição que não para por nada, mesmo com as brilhantes modificações feitas em seu andamento. Com o baixo tocado por Moyses Koslene convocando a guitarra executada por Alex Camargo bem como as eficazes evoluções feitas por Max Koslene em sua bateria, a cadenciada Necronomical é vocalizada com uma violência enorme e que é realmente incansável tornando desta forma, esta quarta música de Mortem Solis odiosamente empolgada.
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A última do tracklist normal é a Worm God, que também possui um caprichoso início antes do terremoto torturador de seu Death Metal cair em nossos cérebros de forma a nos deixar satisfatoriamente atordoados e pensativos: "como que eles conseguem???". Aliás, é impossível não gostar dessa faixa logo após sua primeira audição. Finalizando mais esta obra prima do Krisiun temos como bônus Death Of The Sun, um Death Metal simplesmente devastador que contém partem instrumentais que desferem porradas certeiras e uma tonelada de urros furiosos, que provocam uma vontade de ouvir toda essa insana bestialidade expressa nas músicas de Mortem Solis novamente.
Disparado um dos melhores discos de 2022, Mortem Solis mantém o padrão altamente elevado que o Krisiun é detentor há tantos anos com uma excelência que não é vista no Death Metal com frequência e os gaúchos fizeram isso através de suas sempre complexas, selvagens e alucinantes composições, sendo que este lançamento da Shinigami Records em parceria com a SoundCity Records e a Century Media no Brasil veio embalado em digipack. Tais como os álbuns anteriores de sua discografia, Mortem Solis não desapontará os fãs, pois, a instituição do Heavy Metal Brasileiro que é o Krisiun mantém sua tradição de lançar álbuns trituradores.
Nota: 10,0.Por Fernando R. R. Júnior
Julho/2023
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