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Com os guitarristas Lucas ‘Carcassa’ Simon e Guilherme Miranda solando em alta velocidade, o blasfêmico som do KroW é iniciado com os berros deste último na furiosa Eidolon, a escolhida para abertura do cd, que mostra a habilidade da banda ao tocar seu Death/Black Metal visceral e extremo. Quem também se destaca na banda é o baterista Jhoka Ribeiro e o baixista Humberto Costa, que fornecem o clima para a esmagadora Traces Of The Trade, que é praticamente interligada com a anterior e possuidora de solos de guitarras e vocais ainda mais ferozes. Em Outbreack Of Maniac temos um urro infernal proferido por Guilherme Miranda em uma base instrumental muito extrema, que vem para fuzilar com seu alto grau de fúria, como é percebido na combinação dos solos de guitarras ( que são acrescidos ainda mais com a participação do produtor Luis Maldonalle ) com a bateria, que mais parecem que estamos diante de uma artilharia das mais impiedosas. A curta Franework Of Violence é extrema, crua, veloz e o KroW não dá descanso mesmo pois é vocal gutural com brutalidade sonora o tempo todo.
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Parecendo um prolongamento destruidor de guitarras e bateria da anterior, Despair prova que os mineiros são sim um dos melhores representantes que temos no país quando se trata de música extrema de qualidade. Para Slaugther Of The Gods o incansável baterista Jhoka Ribeiro pega com ainda mais firmeza nos avassaladores toques para saciarem a garra dos vocais insanos de Guilherme Miranda, que aparecem mais raivosamente a cada palhetada cheia da eletricidade das guitarras do KroW. Encerrando Traces Of The Trade sem dar tréguas temos a colérica System Unfolds que passa seu violento recado seja nos vocais guturais ou no massacrante ritmo sonoro imposto pelo baixo, bateria e guitarras.
E para fechar esta resenha não posso esquecer de mencionar a arte da capa de Costin Chiorianu ( criador de capas para Grave, Dark Throne e Running Wild ), que é muito bem feita, porém blasfema como o som que a contém e mostra que Traces Of The Trade é um dos mais pesados, extremos e técnicos discos que ouvi neste ano. E o chamado ( até pela banda ) triângulo satânico mineiro ( alusão ao nome da região onde moram ) rendeu mais um nome de muita qualidade, se gosta de um Death Metal extremo do mais raivoso possível, que executa suas músicas com muita técnica e em um álbum muito bem produzido saiba que este cd do KroW é a pedida certa.
Nota: 9,0.
Sites: www.myspace.com/KroWmetal e http://KroWmetalzone.com.
Por Fernando R. R. Júnior
Setembro/2012