|
|
E eles já saem martelando nossas cabeças logo de cara ( a expressão passada é isso mesmo ) com a destruidora Hateful, que é vocalizada com fúria por Fabiano Guolo em um ritmo propício para se bater a cabeça fortemente através de suas levadas cada vez mais destruidoras. Evidenciando os toques do baixista Khade Rocha e também os solos distorcidos de Luiz Ferraz e Fabiano Guolo nas guitarras, Victimia é ferozmente vocalizada com agressividade por este último em um andamento cadenciado, que te inspira a socar o ar. Logo depois eles enviam a pesada e dotada de influências voltadas ao Hardcore F.O.M.O., cujos furiosos vocais comandam os caminhos da aniquilação sonora, que contém evoluções marcantes na bateria e percussão tocada por Felipe Nester sendo consideravelmente amplificadas nos toques mais crus da dupla de guitarristas chegando a lembrar a voraz pegada utilizada pelo Slipknot.
A dilaceração prossegue com a explosiva e rápida Acceptance em que o Krucipha simplesmente metralha nossos tímpanos com uma colérica composição, que vem para cima te conclamando para banguear em sua execução ou mesmo abrir uma roda por conta de sua intensidade direcionada ao Thrash Metal. Para Non Efficiens, Non Decorus recebemos uma canção cadenciada, porém, mortífera a cada trecho, com direito a vocais guturais em alguns momentos, que deixam claro que a ideia do quinteto foi de arrebentar com os pescoços dos fãs, pois, imagine a reação da plateia quando esta pedrada for tocada ao vivo. Com a percussão sob os holofotes, Alter The Image é a sexta de Inhuman Nature e como é o padrão observado neste cd, a ordem é de detonar com tudo que é possível em mais outra verdadeira dinamite sonora em que os curitibanos soam violentos e impiedosos cujo destaque inicial está na percussão tocada por Nicholas Pedroso, pois ela divide as atenções com a agressividade que chega depois.
|
|
Aos toques de berimbau, os curitibanos executam a raivosa e exterminadora Unwilling, que é o primeiro bônus de Inhuman Nature, que deixa claro que eles souberam ousar ao misturar sonoridades mais Thrash e Death com ritmos brasileiros e isso... feito com a devida competência tal qual como acontecia nos álbuns dos mineiros do Sepultura, pois, o que para nós brasileiros é natural... lá fora dá um 'nó na cuca' dos gringos e é deveras envolvente. Para fechar e como o segundo bônus, o Krucipha disparou a veloz Reason Lost MMXVI, cujos vocais e toques no baixo são para destruir com os pescoços como se fossem um rolo compressor morro abaixo e sem freio em uma das mais violentas composições do cd em que a fusão do Thrash e do Hardcore aconteceu eficientemente.
Inhuman Nature mostra que o Krucipha continua firme e feroz em seu autoproclamado Metal Pinhão e caminha com um altíssimo poder de fogo para galgar posições maiores no concorrido cenário brasileiro em igual condições com muitas bandas internacionais. Para amantes de Sepultura, Slipknot, Project 46 e Pantera atenção à esta banda, pois, além de toda a ferocidade instrumental, suas letras são ácidas e desferem belas 'bordoadas' em nossa sociedade e até servem de reflexão para nós mesmos quando ficamos parados demais e sem atitude clamando uma ação de nossa parte, que na minha opinião pode ser ouvir este álbum em alto volume, se mexer e lógico, curtir um show da banda.
Nota: 9,0.
Por Fernando R. R. Júnior
Dezembro/2018
|
|
|