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Com toques que passam uma certa melancolia, vozes de personagens da história ( aqui com Caroline D. G. Nazário Schlickmann e David Schlickmann nas vozes de respectivamente Elize e Otto ) e um crescente voltado para um Prog Metal mais pesado, especialmente pelos toques combinados de baixo, guitarra e bateria, Mirage I. Glass Mind abre o cd com o trio tecendo ótimas melodias, que criam o clima para seus vocais agressivos se conectem na esmagadora Beatiful Confusion sem que se perceba e sempre com uma enorme técnica exibida, e aqui já temos os vocais raivosos de João Augusto exibindo o lado furioso do trio, mas o destaque aqui vai para a atuação do baterista Júlio Duarte, que com uma imensa técnica mostrou que deseja quebrar tudo.
E este ritmo irá se ligar a um solo de guitarra e aí já estamos no andamento muito rápido e agressivo de Dominated ( Like A Sun Burning Into Mercury ), que é vocalizada com muita cólera por João Augusto ( responsável também pelas narrações ) em meio à inúmeras variações caóticas de andamento e que contam com o guitarrista David Schlickmann fazendo os vocais do personagem Otto. E por conta desta terceira faixa ser muito curta chega quase que instantaneamente a fúria incontida de All The Rest Of Forgotten Ashes, que é vocalizada com muita cólera por João Augusto em meio a variações caóticas no andamento, que exibem trechos que lembram um New Metal. Prosseguindo esta atmosfera, mas agora de forma mais cadenciada, porém, com muitas modificações de ritmo e vocalizações sempre agressivas, temos a complexa Broken Bird e são exibidos aqui alguns vocais limpos junto a muitos 'triggers' e pedais duplos na bateria, além de um peso significativamente nervoso de baixo e guitarra, num estilo que certamente foi inspirado pelo Dream Theater.
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Em Is This Imported? ouvimos sons que criam um cenário com conversas até que, calmamente, os diálogos entre seus personagens representados aqui pela Caroline D. G. Nazário Schlickmann nas vozes de Elize, Camila D. G. Nazário como Susan, Orlinda K. Schlickmann fazendo a Jessy e David Schlickmann como Otto. E assim somos levados para seu crescente, que recebe habilidosos solos de guitarra feitos por David Schlickmann, que vão sem conectar na longa Faceless, que é dotada das variações comuns aos Progrs, porém, com as dosagens de ódio depositadas com perfeição pelo Lottors, que exibe trechos para se quebrar tudo e sair abrindo roda até que se acalme novamente e produzindo um ótimo momento para viajar. Impressionante como o trio conduz as falas, os vocais, o baixo, a bateria e a guitarra a cada momento desta décima primeira faixa de Mirage, que fará o fã de Prog Metal arregalar os olhos.
A minúscula Mirage III. The River ( Reprise ) apenas prepara com suas linhagens progressivas e pesadas, muito bem interligadas tanto com a anterior quanto com a seguinte para a continuação do cd, pois sai do final pesado de Faceless, vai ficando calma e então começa a ganhar peso e evoluções instrumentais exuberantes. É o Lottors não demorou mais de um ano nos processos de mixagem, masterização e gravação deste álbum à toa e comprovando mais uma vez isso, Disillusion To Another Clown te mantém totalmente aceso a cada nota, a cada vocalização, a cada riff... o tempo todo em trechos que são um misto de Prog Metal, com vocais sempre muito revoltados numa linha de Slipknot em algumas partes, muita habilidade na bateria, baixo e guitarra, de forma a deixar a cara do Lottors muito bem exibida nesta música.
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