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E como costuma acontecer com frequência no Brasil, a produção foi da própria banda enquanto que a mixagem e a masterização foram realizadas pelo baterista Bruno "Porta" Dachi no House Metal Studio em Bagé/RS. O álbum Sacred Revolutions/Profane Revelations teve sua capa desenhada por Luciano Ferraz e mostra uma floresta mais sombria em tons de amarelo e uma cruz, simbolizando a Inquisição explorada neste cd. Com Sacred Revolutions/Profane Revelations nas mãos, o quinteto se apresenta nos festivais Grito do Rock em Bagé, Persona Music e o Otacílio Rock Festival ao lado de excelentes nomes do Underground e outros mais conhecidos.
Com cânticos religiosos em seus primeiros instantes, Iconoclast abre o cd trazendo um sombrio andamento que passa de linhas arrastadas para cadenciadas com vocais agressivos, que exprimem muita raiva e vão culminar em exuberantes solos de guitarras gerando uma grande vontade de banguear. Mais veloz e com solos de guitarras distorcidos, Scapegoat pende mais para um Thrash Metal, onde somos intimados a berrar seus versos com Luciano Ferraz novamente. E vale dizer que Alan Quintana e Matheus Leal realizam insanas e saborosas evoluções em suas guitarras, especialmente quando as solam até que o Machinaria volte ao ritmo arrasa quarteirão ouvido no começo. Em Act Of Justice, o quinteto gaúcho segue bastante rápido decidido a esmagar a todos com o andamento que propõe na música, aliás, vale dizer que está vigorosa na sua parte instrumental, salvo apenas por alguns trechos um pouco mais calmos e menos agressivos destacando o baixista Luiz Mario Moraes, que te fazem curtir ainda mais esta canção que fica na cabeça.
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Como sempre a eficaz atuação dos guitarristas e do baterista do Machinaria merecem um destaque, pois, pavimentam o caminho para que o versátil vocalista Luciano Ferraz possa cantar ora mais rápido e agressivo, ora mais lento e urrado os versos de New Eyes, Old Lies, que nos exibe solos de guitarras cheios de melodia e linhas de baixo intensas, e todas suas variações sejam melodiosas ou rápidas mais Thrash, enfim, esta sétima canção se trata de outro tiro certo do quinteto. A vibração repleta de eletricidade prossegue em Shallow Grave, que é frenética, contagiante e dotada de pontos para se gritar com o vocalista socando o ar. Como bônus temos Burning My Soul, que saiu no primeiro single do Machinaria destacando os trechos de uma entrevista de Charles Manson como introdução transitando para uma roupagem cadenciada, violenta e com vocais coléricos como vistos no Sepultura, aliados a longos riffs de guitarras cheios de melodia, que fatalmente vão agradar na primeira audição.
O Machinaria nos mostrou com este Sacred Revolutions/Profane Revelations, que absorveu estilos como o Heavy Metal, o Thrash Metal e o Death Metal fundido-os com uma precisão cirúrgica através de nove impactantes composições, que não ficam no lugar comum, ou seja, não são urradas ou agressivas o tempo todo, não são pancadas sem sentido, enfim, é uma usina de solos variados e instigantes em letras que criticam a Inquisição em um álbum que recomendo ouvir muitas vezes e perceber a cada vez, um novo detalhe.
Nota: 9,0.Site: http://www.machinaria.com.br, https://www.facebook.com/machinariabrasil/?fref=ts
e http://www.soundcloud.com/machinariaofficial.Por Fernando R. R. Júnior
Setembro/2016