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A viagem rumo ao desconhecido começa com a sinistra, curta e instrumental faixa que intitula o cd, a The Unknown Knows, que atrai os urros e o ritmo Death Metal contido em Monolith, que teve suas baquetas conduzidas por Roger Buzatto, que junto aos demais enviam um som agressivo, visceral e dotado de climatizações espaciais entre os urros proferidos por Vladmir Matheus, que vão te envolvendo e agradando diante deste som deveras complexo. Na terceira que é a The Grayman sente-se novamente essa linhagem atmosférica embutida ao seu avassalador Death Metal, que está média velocidade e cheio de vocais guturais altamente violentos, além de alguns trechos falados encerrando-se em um momento viajante, que faz a conexão para a pedrada UVB-76, que é exibida com toda a cólera extraída dos vocais de Vladmir Matheus ao cantar seus breves versos e ajudar os outros dispararem linhas instrumentais encorpadas, matadoras, envolventes e porque não dizer desafiadoras, pois, o que o Mordeth exibiu é deveras marcante e inesperado.
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Encerrando as canções referentes à The Unknown Knowns, o Mordeth exibe a viajante Wake-Me Machine, onde os toques opacos feitos pelo baixista Wit somados ao andamento entristecido da música com seus vocais lamuriantes somos direcionados para um caminho obscuro e um estilo praticamente Doom Metal, que ganha mais peso em seu decorrer envolvendo o ouvinte em suas linhas robustas de vocais rasgados e limpos que tomam conta do ambiente
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Sim, estou falando de Robotic Dreams em que o Mordeth exibe sua veia Progressiva ante à uma elaborada sequencia instrumental através de um crescente emblemático de seus vocais seja quando estão limpos ou rasgados, cuja letra assim como a anterior recomendo pegar seu encarte e ler seus versos, sendo que seu ritmo de muitas alternâncias culmina em um final simplesmente apoteótico.
Esta dupla de trabalhos contidos neste The Unknown Knows mostra o princípio e o presente de uma das mais desafiadoras e intrigantes bandas do Metal Extremo Brasileiro, que deve se tornar mais conhecida do público pela imensa qualidade exalada nestas onze faixas alternando com habilidade e precisão cirúrgica Death Metal, Doom Metal e Prog Metal te instigando a ouvir o álbum mais vezes para saborear melhor toda à sua musicalidade. Ponto para o Mordeth.
Nota: 10,0.Por Fernando R. R. Júnior
Janeiro/2021
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