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Depois que retornou, o Mugo se apresentou por quase todas as regiões do país e fez a aberturado Black Label Society em Goiânia, participou de festivais como Goiânia Noise Festival, Bananada, Grito Rock de Fortaleza, Forcaos e vários outros de igual renome e importância. Com falas e um fundo cinematográfico o cd é aberto com a rápida e agressiva canção título Race Of Disorder, que Pedro Cipriano canta seus com a máxima aspereza que lhe é possível, onde junto aos demais são desferidos golpes vorazes em seus quase sete minutos, que graças ao seu ritmo devidamente caótico faz a canção se tornar totalmente impiedosa e repleta de guturais.
Em seguida, os goianos apresentam uma faixa mais cadenciada, porém, não menos agressiva com Seeds Of Pain, cujos vocais rasgados e urrados são um convite a bangear, aliás, chamo a atenção para o final esmagador que é executado pelo quarteto. Com a considerável velocidade aplicada, Corruption chega destroçando com firmeza com a sua fortificada linhagem instrumental, principalmente, nos toques do baixista Faslen de Freitas que sustentam o ritmo para Pedro Cipriano martelar nossos ouvidos com sua fúria, cuja letra versa sobre se rebelar contra os políticos ladrões que assolam nosso país. E suas partes Thrash Metal percebidas nos solos de guitarra feitos por Guilherme Aguiar são para abrir a roda e agitar sem parar.
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As duas faixas finais do cd são em português e a primeira é a Terra de Ninguém, um petardo Death Metal todo raivoso com um nível surpreendente de ira em seus vocais, assim como sua velocidade e impetuosidade que o Mugo colocou na combinação frenética obtida nos toques de baixo, bateria e nos solos de guitarra, nesta letra que é um desabafo feroz de quem sofre a real agressão cotidiana neste país. Por fim, o Mugo revela a cadenciada Elo Quebrado, cuja linhagem cresce e fornece o ambiente matador para que eles possam acelerar e acertar as suas bordoadas em nossos ouvidos, e isso, sem mencionar a garra de sua letra, que é uma dura, mas, real verdade exposta aos mais implacáveis urros.
Pena que bandas como o Mugo, que criticam para valer a nossa infeliz situação que tentamos sobreviver não chegue à mente da maioria da população do país, pois, poderiam servirem como um alerta para uma maior conscientização para as pessoas, porém, enquanto isso, o quarteto está aí com Race Of Disorder pronto para explodir com os imbecis conceitos estabelecidos e faz isso com muita competência. Quem gosta de nomes como Sepultura, Project 46, Pantera, Hatebreed e Slayer, pode ficar atento à esta banda, que está firme e já lançou em 2019 o álbum Tempest, entretanto, seus detalhes serão uma outra história.
Nota: 9,0.Por Fernando R. R. Júnior
Abril/2020
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