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Com dedilhados sombrios e, porque não dizer, a la Black Sabbath... Cocaine abre o cd e pouco depois ecoa um urro tétrico, que traz o andamento raivoso da canção com direito aos convidados Edu Voodoo do Ferida Aberta e Eduardo Vieira do Absyde nos backing vocals. Depois deste início simplesmente assustador, hora do áspero, esmagador e rápido Death Metal contido em Holders Of Lies, cujos vocais guturais são comandados por Ascaris do Imperium Infernale. Mantendo a desolação em alta, a seguinte é a mortífera Fascist Heart ( Facist Empire ) em que o Oligarquia dispara sua fúria cheia de urros em um ritmo implacável e devidamente voraz martelando com ímpeto em cada nota a cabeça do ouvinte.
Sem pausar para respirar e através de uma linhagem que flerta com o Doom Metal, Summer Rain é a quarta do cd, mas este estilo mais arrastado presente em músicas assim dura até que a avalanche sonora extrema da banda desabe em seus ouvidos marcando uma nova participação de Ascaris vocalizando seus versos com uma brutalidade descomunal. Para Imminent Revolution, o quarteto executa outro Death Metal aniquilador em que os seus níveis de violência estão nos mais altos patamares como é percebido na crueza dos riffs promovidos por Victor Pancho Munhoz e Guilherme Sorbello, bem como os vocais urrados proferidos em que a dupla de vocalistas destila muito ódio a cada verso. Left Behind é a sexta de Monopoly Of Violence e é detentora de pesados, mas, ótimos solos iniciais antecedendo um andamento repleto de cólera a cada verso urrado pelos vocalistas do Oligarquia com a clara intenção de não deixar ninguém impune à sua devastação sonora, que contém solos do convidado Júnior Moreira do Terrorcult.
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Posso dizer seguramente que o Oligarquia e seus amigos presentes neste Monopoly Of Violence nos colocaram diante de um dos mais avassaladores trabalhos do Death Metal do ano e que indiscutivelmente ficará marcado nos anais do Metal Extremo do país, pois, temos aqui onze músicas que foram projetadas com a intenção destroçar muitos pescoços dos fãs através de corrosivas letras, que deixam claro sua revolta contra o momento político e social que vivemos seja em nosso país ou no resto do mundo.
Nota: 8,0.Por Fernando R. R. Júnior
Agosto/2021
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