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Tanto a capa, que presta uma homenagem aos quadrinhos da EC Comics destacando o sacrifício aos grandes antigos ( como nas capas das histórias de H.P. Lovercrat ), quanto os encartes foram criados e desenhados pelo vocalista Val Oliveira e inspirados nas obras destes autores citados. Dito isso, vou aprofundar mais detalhadamente nas onze canções de Tales Of The Dark Cult, que é aberto com The Embodiment Of Evil, uma reverência ao personagem Zé do Caixão ( e participação do mesmo ) com sua sombria narrativa inicial, que traz o feroz Death/Thrash Metal do quarteto em riffs cortantes e intensos, que são somados a vocais de expressiva fúria e a uma aniquilação oriundas da bateria e do baixo.
A segunda é The End, onde após algumas eficientes evoluções instrumentais, os baianos partem para um Thrash Metal rápido e dilacerante, que te convida a cantar seu refrão com Val Oliveira ( que vocaliza com muita agressividade ) e a banguear freneticamente durante sua execução técnica e cativante. Com versos típicos de companhias militares quando em treinamento, Semper FI ataca com muita garra em um andamento acelerado de riffs implacáveis na guitarra de Henrique Coqueiro e com vocais raivosos, que te implicam a agitar em sua audição ( mesmo em sua casa ). Confira também com atenção a destrutiva linha que o Rattle aplica mais ao final da música e me fale senão estamos ou não diante de uma sonzeira.
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Depois temos Whispers, que continua a desferir o violento ímpeto dos baianos em uma velocidade impressionante, que produz no ouvinte uma imensa vontade de entrar em um 'circle pit' ( ou roda se preferir ), graças à hecatombe sonora que somos expostos, afinal, a combinação de vocais, solos de guitarras, baixo e bateria desenfreados estão extremamente poderosos. Mas, o Rattle realiza uma guinada no ritmo da canção e a torna mais sombria, antes de retomar com sua fúria incontida. Com Last Standing Man, o Rattle 'fuzila' nossos ouvidos com os brutais solos de guitarra feitos por Henrique Coqueiro em um ritmo colérico inabalável e que não para em nenhum instante sequer, que liberam o vocalista para despejar toda a agressividade que deseja mostrar em seus versos, enfim, uma 'paulada' que nos conquista fácil.
Pay To Enter, Pray To Exit também já foi título do filme de 1981 de Tobe Hooper ( para os cinéfilos, ele é o mesmo diretor do O Massacre da Serra Elétrica ) e após a sua sinistra introdução somos conduzidos aos competentes solos de Henrique Coqueiro e aos vocais urrados de Val Oliveira produzindo outro momento marcante deste Tales Of The Dark Cult, que te causa a ideia de migrar para a roda o quanto antes e o Rattle volta a impressionar significativamente nas viradas de andamento realizadas nesta canção, cortesia do competente eficaz baterista Eric Dias e do baixista Daniel Iannini.
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No release do cd está escrito: "Tales Of The Dark Cult - peso, técnica e diversidade lírica", bem após ouvir o álbum posso acrescentar seguramente: vontade, garra, habilidade e capacidade em elaborar um dos melhores discos de Thrash/Death Metal que tive a oportunidade de ouvir em 2015, que faço votos para que você o conheça o quanto antes, que fatalmente você curtirá logo em sua primeira audição.
Nota: 10,0.Sites: http://www.rattlemetal.com.br/, https://www.facebook.com/RATTLEMETAL
e http://www.reverbnation.com/rattle.Por Fernando R. R. Júnior
Dezembro/2015