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Neste seu primeiro álbum solo, que recebeu o título de Inception, além de Renan Lourenço ( guitarra, violão e baixo ) tivemos neste disco os músicos Edu Ardanuy ( guitarra ), Derek Sheririan ( teclados ), Wander Lourenço ( guitarra ), Luciano Assumpção ( baixo ) Débora de Paula ( violino ), Thiago Ueda ( teclados ) Fabrício Martins ( teclados e sintetizadores ), João Salles ( acordeão ), Marcelo GigoDog ( gaita ) e Bruno Pamplona ( bateria ).
Inception foi gravado, mixado e masterizado por Alexandre Bressan no 3Em1 Studio em Londrina/PR com exceção feita apenas para as músicas Dirty Channel e Inception, que foram gravadas e mixadas por Gustavo Iorio no Hight Voltage Studio também em Londrina/PR. A ótima capa que faz uma alusão ao corpo humano, onde os órgãos são os instrumentos musicais e cabos é uma arte de Carlos Trino e Fabiano Honório.
O disco é aberto com Mother Nature Part I com um riff intenso feito por Renan Lourenço e em seu decorrer a canção exibe belas melodias em uma atmosfera Prog Metal com a presença do ilustre convidado Derek Sheririan ( Black Country Communion e ex-Dream Theater ) nos teclados, sendo que juntos eles consolidam ótimos solos de guitarras e de teclados brilhando com primor a cada evolução em que recomendo você se atentar caro leitor(a) do Rock On Stage para as mudanças de andamento feitas pelo guitarrista e a inversão à outra dimensão sonora, que é causada ante aos solos de Derek Sheririan em seus teclados em que ambos esbanjam muita técnica.
Em Dirty Channel, Renan Lourenço nos colocou diante de uma pegada Blues em que ele aproveitou para solar sua guitarra com destreza e nos entregar assim melodias deveras envolventes se aproximando também de uma linhagem Fusion. Porém, tenho que enaltecer também os solos de gaita feitos por Marcelo Gigodog duelando com Renan Lourenço na guitarra. E a condução leve feita por ele até culminar em um final mais Heavy Metal de muitas variações sonoras, que é bastante inspirada e surpreendente. A terceira é a Faca Sem Ponta Não Fere Ninguém e nesta vemos Renan Lourenço nos impressionar no violão com toques serenos e belos, que produzem uma canção de aura pacífica e deliciosa de se ouvir de olhos fechados, onde além dos flertes com a Música Brasileira, ele expressa novamente muita competência.
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Na faixa título, a Inception, somos expostos a riffs mais sujos que trazem uma composição encorpada em que o guitarrista produz solos eletrizantes que dialogam com as viradas feitas pelo baterista Bruno Pamplona, onde novamente sente-se muito de Heavy Metal, de Prog Metal e também de partes orientadas ao Fusion salientando uma apurada capacidade do músico e relaxando o ouvinte através de suas viajantes harmonias até obviamente se encerrarem de forma mais robusta e grandiosa. Finalizando o cd, Renan Lourenço pegou seu violão e tocou a introspectiva Tão Perto, Tão Longe, música em que a cada dedilhado passou muita emoção e tem uma ligação com os tempos que estamos ainda vivendo ficando por muitas vezes longe de quem gostamos.
Exaltar a qualidade dos guitarristas brasileiros é praticamente 'chover no molhado', pois, temos muitos nomes de altíssimo nível por aqui, mas, aí você se depara com um álbum impactante como este Inception, que mostra um talento fenomenal de um guitarrista como é o caso de Renan Lourenço, que deixou claro nestas nove canções sempre fascinantes por estamos diante - e posso cravar seguramente - de um dos melhores discos nacionais de 2021. Parabéns Renan Lourenço e que venham os próximos álbuns em breve.
Nota: 10,0.
Por Fernando R. R. Júnior
Novembro/2021
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