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O processo de composição do primeiro full lenght teve início ainda em 2010 e sua pré-produção foi até o começo de 2011, mas, problemas de ordem profissionais quanto pessoais fizeram o Septerra desacelerar o processo. Assim, Freedom Of The Dark One foi produzido e gravado no Muzark e no Locomotiva Studios enquanto que a masterização e mixagem foram assinados por Sidnei Sohn e feitas no mesmo Locomotiva Studios entre 2010 a 2015.
Na capa de Freedom Of The Dark One temos um sombrio rosto branco em um cenário sinistro com alguns símbolos e o logotipo da banda em uma criação de Carlos Fides da Artside Digital Studio para contar a história de um homem com um coração negro que fica perdido em suas maldades e seus pesadelos. Conhecendo mais do Septerra a partir deste ponto comentarei as suas canções.
Logo na abertura temos Nightfall com seu estilo fantasmagórico durante os seus breves solos de teclados e de guitarras, que trazem a Nightmare ( The Terror From Within ), onde o quinteto mergulha em uma envolvente linha, que caminha pelas fronteiras do Prog Metal, do Power Metal e também apresenta um pouco de Metal Moderno em andamento deveras complexo e de muita técnica exibindo o talento de cada um dos músicos do Septerra em uma canção bastante envolvente. A seguinte é a The Awakening, onde percebemos seus vocais exalando uma quantidade de agressividade em um ritmo pesado, que é executado com muita habilidade e que demonstra muita intensidade encaixando perfeitamente nos solos de teclados e guitarras, que se destacam bastante.
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Relembrando dos chiados característicos da agulha de um disco de vinil quando ouvimos um... recebemos aos dedilhados no violão brevemente unindo-se aos teclados para que desta forma montem a atmosfera presente em Keeper Of Dreams, que além de ser bastante interessante conta com inesperados versos em português acentuando todo o feeling dos vocais de Filippe ZK a cada um de seus versos, porém, o Septerra acalora a música e solta o seu rolo compressor com a destreza de sempre, tanto que mais ao final eles incluíram as variações de andamento que a tornaram ainda mais cativante.
A trinca final do álbum começa com a marcante canção título, a Freedom Of The Dark One em que o Septerra enfatiza o ritmo nos capturando com as diversificadas melodias, cujas evoluções novamente lhe aproximam do Symphony X, entretanto, servem mesmo para consolidar a posição da banda brasileira. Em Dark Symphony a avalanche sonora do quinteto continua devidamente fortificada e dotada de alterações deliberadamente complexas sem nunca perder seu peso ( preste atenção solos de teclados combinados com a guitarra, nos vocais formando corais e sinta a sua beleza ). Por fim, o Septerra, recebe a convidada Bruna Rocha do Revengin em River Red, que faz o fundo com seus vocais líricos para Filippe ZK cantar com muito comprometimento essa última faixa do cd, que é uma balada Prog muito atraente.
Embora tenha me surpreendido positivamente com este excelente Freedom Of The Dark One ( que em cada uma das suas onze composições transitam com primor pelo Heavy Metal, pelo Prog Metal, visitam vez ou outra o Thrash sempre com muita harmonia e que certamente agradará aos fãs do Symphony X ), o Septerra encontra-se fora dos holofotes e, infelizmente, não consegui encontrar nenhuma novidade sobre a banda. Ainda assim, recomendo você caro leitor(a) do Rock On Stage conhecer mais desta banda brasileira que foi muito promissora em 2016, poderia ter alçado voos maiores e que faço votos para retornar com suas atividades.
Nota: 9,0.
Por Fernando R. R. Júnior
Novembro/2022
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