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E o lançamento feito pela gravadora carioca Dies Irae foi em grande estilo e valorizou demais sua versão física, pois, sua capa é em Slipcase, tem um adesivo com o logo da banda e o cd possui também um excelente pôster estilizado no desenho de sua capa, que foi criada por Marcelo Bessoni, que mostra uma cidade brasileira totalmente desolada após um imenso massacre da humanidade, que pelo andar da carruagem... só poderia ter sido causado por nós mesmos. Evil Never Rests traz quatro regravações do Demo/EP de 2017 e outras seis fabulosas pedradas centradas na melhor escola do Death Metal mineiro, as quais vamos conhecer mais detalhes logo abaixo.
O estilo sinistro dos primeiros instantes de Existence In The Void dão o tom feroz e rápido Death/Thrash Metal do Sepulchral Voice, que entre os vocais agressivos desta primeira faixa aplica com habilidade alguns trechos cadenciados que aliados ao que acontece antes fazem sua devastação sonora ser ainda maior. E a aniquilação continua com a canção título Evil Never Rests, que mantém os vocais repletos de ódio sendo urrados com muita fúria por Harley Senra em uma seção rítmica com velocidade concedida pelos demais que a elevam à um padrão a la Slayer.
Um tanto cadenciada Killer Instinct apresenta uma ótima evolução instrumental antes dos vocais entrarem em ação e a avalanche Death/Thrash Metal começar para não deixar pedra sobre pedra. Infernal Pain entra rápida e voraz convidando o ouvinte para sacudir seu pescoço entre seus urros com um andamento incansável que te chama para entrar na roda, além de servir para exalar também a cólera a cada instante de seus quase três minutos, onde recomendo uma atenção às viradas do baterista Lélio Gustavo, que direciona o percurso da música.
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Na reta final deste álbum de estreia, o Sepulchral Voice ataca com Unreal World, que alterna com primor suas partes furiosas e rápidas com as cadenciadas culminando em uma das melhores do cd em que seu raivoso Death Metal certamente vai capturar o fã e o levá-lo a desejar a entrar em uma roda. E no encerramento, eles disparam Cold War, que em poucos instantes se torna tão matadora quanto as demais, graças ao seu violento ritmo sendo executado com toda a brutalidade possível pelo quinteto, que sabiamente incluiu linhas cadenciadas ao caos imposto nas partes rápidas e extremas.
Se é Death Metal cru e visceral com pitadas certeiras de Thrash na pegada Old School mineira é o que você quer caro leitor(a) do Rock On Stage... é o que você terá com este aniquilador Evil Never Rests do Sepulchral Voice proveniente de uma banda das antigas que perseverou e seguiu firme com o sonho de disponibilizar um álbum completo para seus fieis seguidores. Que seja possível que eles coloquem futuramente mais álbuns com este nível de qualidade dignificando a potência do Death Metal belohorizontino e brasileiro.
Nota: 8,5.Por Fernando R. R. Júnior
Fevereiro/2021
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