Skinlepsy - Condemning The Empty Souls
9 Faixas - Shinigami Records - 2013

    O Skinlepsy é atualmente um Power Trio de São Paulo/SP que surgiu das cinzas do Siegid Ingrid com os então ex-membros da banda André Gubber ( Skullkrusher e Nervochaos ) na guitarra e vocal, Evandro Júnior ( Anthares ) na bateria, Luiz Berenguer ( Ópera ) no baixo e Scream ( Stun ) nos vocais, que ficou apenas no começo, pois com o passar dos anos a opção de um trio tornou-se mais evidente. O primeiro cd demo intitulado Reign Of Chaos saiu em junho 2003 no gravado renomado Mr. Som e com a produção de Heros Trench do Korzus.

    Mesmo com a ótima receptividade alcançada na mídia especializada cada um dos músicos prosseguiram seus trabalhos com suas respectivas bandas e em 2011 voltaram com firmeza ao Skinlepsy partindo para um Brutal Thrash Metal. Este retorno rendeu o debut Condemning The Empty Souls, que foi gravado no Estúdio Da Tribo e no Estúdio 44, ambos em São Paulo/SP com mixagem e masterização realizadas por Beto Toledo e Rafael Bala no mesmo Estúdio 44. Entretanto, pelo currículo dos músicos, é o primeiro disco da banda mas não deles e essa experiência seja de estrada ou de estúdio elevou ainda mais a potência do cd, cujas letras tecem críticas a sociedade humana como um todo focando em religião, preconceito, depressão, vingança e alienação sintetizados na capa de Jean Michel da Designations Artwork.

arte da capa ficou a cargo do renomado artista Jean Michel da Designations Artwork. - See more at: http://metalmilitia.com.br/wp/skinlepsy-saiba-tudo-sobre-o-album-condemning-the-empty-souls/#sthash.1KuOhpYz.dpuf

    Crucial Words inicia Condeming The Empty Souls com distorções de guitarra breves que explodem em um Death Metal caótico e rápido, com uma atuação do trio que sabe muito bem aumentar violentamente a vibração da música em seu decorrer. Depois de uma evolução muito competente realizada pelo baterista Evandro Júnior com seus triggers e blast beats, que estão muito bem amparadas pelo baixo de Luiz Berenguer, o vocalista e guitarrista André Gubber realiza suas funções aplicando muita cólera a Condemning The Empty Souls, faixa que intitula o cd. Aliás, as evoluções que eles realizam não tem como não querer bater a cabeça. Soltando seu rolo compressor de muita agressividade mais uma vez, Crawling As A Worm, marca a terceira do bordoada do cd e meu amigo (a) que fúria André Gubber passa em seus vocais. Atente seus ouvidos para a mudança de andamento que o Skinlepsy realiza no meio da música antes de retornar ao peso inicial.

    Continuando com as linhas agressivas em alta, Alienation é mais uma prova que o trio não está para brincadeiras e veementemente disposto a sentar porrada em cada uma de suas composições, para confirmar note como André Gubber canta os versos urrando intensamente em uma base instrumental simplesmente destruidora, que se mantém durante a música e prossegue ainda mais forte, veloz e raivosa em Perversions Of Racial Hatred, que conta com a participação de Luiz Carlos Lousada ( do Vulcano, Hierarchical Punishment e Chemical Disaster ) dividindo os vocais com André Gubber. Vale citar uma curiosidade, nesta última ouvimos alguns versos em português.

    Começando mais cadenciada naquele estilo que instintivamente você já imagina em uma roda de empolgação, Pride And Rancour marca a sexta canção de Condemning The Empty Souls. E vale lembrar, quando o Skinlepsy acelera a música o fazem sem piedade. Regressing From The End crava a presença de Fernanda Lira do Nervosa nos vocais e Thiago Schuzze do Divine Uncertainty guitarra enriquecendo e aplicando mais fúria ao mortífero Thrash Metal do trio.   

    Depois com Global Desolation ouvimos a guitarra de André Gubber se encontrar ferozmente com o baixo e a bateria para tecer outra matadora pancada, que segue cada vez mais raivosa e chega a um final apocalíptico feito com primor pelo Skinlepsy. Para encerrar Condemning The Empty Souls temos Dominium e o trio preferiu não colocar nenhuma faixa mais suave, ou seja, termina o cd do jeito que começou: Thrash Metal agressivo, cru, técnico com vocais furiosos da mesma forma que nas anteriores.

    Condemning The Empty Souls não chega a surpreender, mas exibe composições extremamente violentas, viscerais e tocadas de forma insana pelo trio em uma produção de muita categoria, pois ouve-se tudo claramente e aí indico o cd para quem aprecia os mais pesados nomes do Thrash/Death Metal nacional ou internacional. Estas nove faixas duram pouco mais de 30 minutos, mas pela destruição que representam elas possuem o tempo certo e creio que você deverá prestar mais atenção para este trabalho do Skinlepsy.
Nota: 9,0.

Site: www.skinlepsy.com e www.myspace.com/skinlepsy.
 

Por Fernando R. R. Júnior
Setembro/2013

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