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Após alguns sons de vento, o voraz e mortal Black Metal composto pelo Somberland eclode com To Die To Reborn através de seus vocais urrados e devidamente agressivos, sua bateria cheia de 'blast beats' e suas guitarras exibindo solos cadenciados, que seguem por um ritmo destruidor em cada instante até se encerrar aos dedilhados mais calmos e soturnos. Já apresentando solos lentos e um andamento arrastado temos Ocean Of Fire and Lust, cujos vocais são rasgados conferindo uma aura negra à canção, que sofre uma virada e uma adição considerável de peso através de linhas mais Heavy Metal. A terceira é a explosiva e lotada de riffs velozes Funeral Mist In Somberland, que é a mais odiosa e anticristã do cd sendo executada com extrema cólera pela banda, que habilmente alterna seu ritmo para trechos mais lentos e melódicos entre os seus incontáveis urros pronunciados por E. Nargoth.
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O ambiente aniquilador e impuro contido no Black Metal do Somberland, que não dá trégua e persiste com garra em His Suffering, My Pleasure, ou seja, mais urros infernais e muita pancadaria, porém, o que chama atenção nesta oitava bordoada são os solos feitos por Dmortest e Odium em suas guitarras nesta marcante faixa de Just Flesh For The Worms. A última é a instrumental The Meeting aos dedilhados calmos e profundamente obscuros ao som de ondas do marulho.
O que é mais interessante neste Just Flesh For The Worms do Somberland é que a banda não se prendeu apenas à toda violência, agressividade e profanação inerente ao Black Metal e também ao seu caótico e esperado peso, pois soube incluir muitos solos criativos consideravelmente orientados pelo Heavy Metal, que fizeram o disco ser muito melhor do que se podia esperar ao começar ouvi-lo. Ponto para o quarteto e pode ouvi-lo sem piedade dos ouvidos alheios, que você está diante de uma das maiores pedradas nacionais deste fatídico ano de 2020.
Nota: 9,0.Por Fernando R. R. Júnior
Agosto/2020
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