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Babilônia abre o cd com muitos toque sutis e constantes nos pratos e uma base no baixo para que pouco depois seu ritmo cheio de suingue chegue contagiando com os vocais de Xirum em uma pegada a la Charlie Brown Jr. Isso caminha para solos longos e distorcidos na guitarra de Julio Mendoza. Em Recomeço, o Stanka segue com seu Rap/Rock inflamável e adiciona linhas melódicas no refrão, que certamente conquistarão os fãs do estilo e que também certamente apreciarão a forma que Xirum canta seus versos, inclusive, quando o peso é elevado nos solos de guitarras - muito bem amparados no crescente ouvido no baixo e na bateria - notamos até alguns vocais surpreendentemente urrados ao fundo. Com repiques marcantes nos pratos feitos pelo baterista Stephan, Assim Eu Sigo é mais voltada para o Rap, porém, seus vocais tem uma linhagem mais Rock, que liberam Xirum para cantar exalando críticas interessantes, cujo final percorre riffs longos e viajantes feitos pelo guitarrista Julio Mendoza, que deixa ela fluir livremente para longe.
Dotada de um formato mais Rock e com dedilhados que a acalmam o andamento assim que Xirum comece a cantar sua letra ( aliás, muito boa e motivadora ), Até o Fim é a quarta de Sociedade B e a mistura feita pelo quarteto de Rap com um refrão dotado de bastante melodia agrada com facilidade seus seguidores. De andamento um pouco mais rápido e com linhas marcantes nos toques de baixo executados por Raoni e também na bateria de Stephan, Pensamentos tem uma boa diminuída seu ritmo para que seus vocais entrem pelo Rap que fazem uma referência ao estilo do Chorão, ouça, confirme e me fale, pois, no refrão sentimos um padrão Pop e muitos solos de guitarra.
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Para os admiradores de nomes como o já citado Charlie Brown Jr., O Rappa e Rage Against The Machine, este Sociedade B do Stanka é um álbum fiel ao estilo praticado por eles e mantém flamejando a atitude questionadora dos conceitos sociais, do esquecimento das autoridades para quem vive nas classes mais baixas, enfim, temas que o Rock em geral sempre aborda, mas, neste caso especial, com a fusão com o Rap, a associação é mais evidente e necessária com suas letras politizadas.
Nota: 8,0.Por Fernando R. R. Júnior
Setembro/2019
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