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Antes de V, o Taurus já nos colocou diante de excelentes álbuns como Signo de Taurus ( 1986 ), Trapped In Lines ( 1988 ) e Pornography ( 1989 ). Depois quando retornaram aos palcos em 2007 realizaram a abertura para o Testament no Canecão no Rio de Janeiro/RJ e em 2010 disponibilizaram o álbum Fissura, que também foi lançado na Europa pelo selo português Metal Soldiers Records. Por aqui participaram do projeto Super Peso Brasil, que contou com cinco grandes bandas dos anos 80 e que se apresentaram em São Paulo/SP, cujo evento tornou-se um cd e DVD com os melhores momentos de cada um.
Celebrando os 30 anos de formação foi lançado o cd/DVD Ao Vivo 30 Anos em digipack, que registrou a história da banda em um show completo em São Paulo/SP e algumas gravações inéditas, e neste tom de comemorações, o Taurus fez parte do documentário Brasil Heavy Metal de 2016, ao lado de vários outros pioneiros do estilo dos anos 80 e assim chegamos ao V, que tenho o prazer de contar seus detalhes nas linhas seguintes.
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Na terceira que é a Dark Phoenix, eles nos colocaram diante de uma composição pesadaça, cadenciada e devidamente carregada, que convoca a participação do citado Luiz Carlos Louzada nos vocais junto ao vocalista Otávio Augusto elevando cada vez mais o sentimento obscuro e revoltado de sua melodia da forma que um Thrash Metal Old School deve ser, que se você procurar na memória sentirá uma atmosfera a la Venom em seu andamento em que vale uma atenção também aos riffs cortantes feitos por Claudio Bezz.
Para Gap, o quarteto acelera seu Thrash Metal e exibe uma linhagem avassaladora que é ideal para abertura de uma roda, porém, devemos também observar atentamente sua letra e também os dedilhados feitos pelo baixista Felipe Melo, que abrem um momento viajante e intrigante na música até ser retomada a sua fúria inicial, que está de certa forma mais implacável. Vale mencionar que esta parte falada contém os versos do poema Extrato de Versos Íntimos escrito por Augusto dos Anjos em 1912.
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Apesar de ser das antigas, o Taurus demonstrou que mantém o pé atolado no seu visceral Thrash Metal na maioria das faixas de V, porém, sabe olhar para o futuro concedendo assim para este álbum uma relevante posição na carreira da banda e também do Thrash Metal Brazuka. Em suma, são 33 minutos do mais puro Thrash Metal Brasileiro dentro de um disco, que graças aos complementos que esta versão física contém fazem V ser um item de colecionador mesmo.
Nota: 9,0.Por Fernando R. R. Júnior
Dezembro/2020
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