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Inclusive, esta ideia é melhor explicada pelo vocalista Felipe Borges, que disse: "Esse novo trabalho traz em sua essência uma aura Dark, maligna e vampiresca e ao mesmo tempo que aborda um tema não usual ao Metal Extremo de forma carregada e positiva, que é o amor e como ele influencia as nossas vidas das mais diversas formas durante o nosso ciclo de vida."
Amborella's Child até que começa com melodias suaves em seus primeiros instantes, mas, a aura Black Metal eclode logo depois com muito peso, harmonia e vocais urrados e rasgados de Felipe Borges em um andamento Melódico bem construído pelo Tellus Terror, que transita tanto pelo citado Black Metal quanto pelo Gothic Metal. Surpreendem nesta primeira faixa também os toques de teclados de ares dramáticos no meio da música com vozes ao fundo até a 'disgracera' voltar e dilacerar nossos ouvidos.
Depois deste elaborado princípio, os cariocas enviaram a encorpada Absolute Zero, que mantém o lado Black Metal Sinfônico do sexteto através de vocais guturais e linhas instrumentais envolventes ( dedique uma atenção aos blast beats feitos por Rafael Lobato na bateria ), que acentuam-se também nos ótimos solos de guitarras de Leandro Pinheiro e Lucas Bittencourt quando solicitados e culminam assim em um final apocalíptico e assustador do jeito que os fãs adoram.
Em seguida temos a bestial Darkest Rubicon, que chega agressiva, densa e com vocais ora urrados... ora rasgados deixando evidente o caos proposto pelo Tellus Terror, que é totalmente obscuro ( confirme observando o seu acelerado final ). A quarta de DeathInitive Love AmosFear é a Pysclone Darxide, que inicia-se com efeitos estranhos nos sintetizadores comandados pelo convidado Ramon Montenegro e exteriorizam uma composição de vocais urrados e que é deveras intrigante em seu andamento, todavia, sempre apresentando a sua eficiente base sinfônica, que caminha até um término consideravelmente horripilante.
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E assim chegamos na canção título, a DeathInitive Love AtmosFear com um estilo épico, orquestrado e de vocais repletos de ira elevando o vigor da composição, especialmente, quando Felipe Borges abusa das linhas rasgadas em sua voz e isso continua até um final apavorante e cinematográfico. A penúltima é a Lone Sky Universum e esta canção contém um solo de guitarra pronunciado, que dá lugar à um andamento cadenciado de vocais urrados e rasgados com Felipe Borges recebendo mais uma vez Bertha Maria Marzall subtraindo com sua voz suave o formato beligerante do vocalista do Tellus Terror.
Finalizando DeathInitive Love AtmosFear somos expostos à Empty Nails, que comparada com as demais é até mais calma, e isso, por conta da atividade nos teclados, que aqui estão sempre em evidência. Entretanto, os vocais que nunca fogem da mescla de rasgados e urrados, ambos agonizantes, não permitem que essa aludida calmaria aconteça por muito tempo.
Para os seguidores de nomes como Cradle Of Filth e Dimmu Borgir saibam que temos no Brasil uma excelente banda de Black Metal Sinfônico, que tem tudo para se tornar bem mais conhecida e que atende pelo nome de Tellus Terror, tanto que este ponto de vista está mais que comprovado em cada uma das doze faixas deste DeathInitive Love AtmosFear, que se você caro leitor(a) do Rock On Stage não ouviu... faça um bem para você mesmo.... coloque o cd para rolar o quanto antes.
Nota: 9,0.Por Fernando R. R. Júnior
Janeiro/2025
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