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A primeira é Valsa à Paulistana com um começo calmo em linhas instrumentais devidamente bem feitas, que deixam Tony Babalu à vontade para solar sua Fender Stratocaster com uma grande leveza e com isso, nos passe a ideia da dança do título da música. E ouvindo este som de olhos fechados, se deixar sua mente solta, consegue-se imaginar seus belos solos, que estão repletos de técnica e vão crescendo cada vez mais no decorrer dos nove minutos da música em uma excelente harmonia. Em seguida, com alguns arpejos Pompéias Groove é tocada e assim como notei na audição da primeira faixa, o trio Franklin Paolillo, Leandro Gusman e Adriano Augusto fornece uma excelente base para que Tony Babalu brilhe com sua guitarra neste verdadeiro Jazz Rock de levadas mais Funk. Entretanto, a música ganha em força e nos empolga ainda mais.
Muito interessante neste álbum de se mencionar é como eles deixam as músicas fluírem livremente, como os improvisos realizados caem bem, e em Suzi ( homenagem a coordenadora de produção e esposa de Tony Babalu ) temos uma faixa calma, gostosa de se ouvir pelas suaves marcações na bateria de Franklin Paolillo e na base de piano feita nos teclados Roland A-33 de Adriano Augusto. Assim, Tony Balalu conduz a música com melodias tranquilas e lindíssimas em sua guitarra, que atingem nossa alma e passam uma aura de paz em suas emocionantes e enfeitiçantes viagens, que parecem que não vão acabar e quando terminam com o fim da música, dá vontade de voltar e ouvi-la novamente.
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Com o título relembrando do cometa que passou próximo à Terra nos anos 80, Halley 86 mantém a tranquilidade deste Live Sessions At Mosh, mas com uma bela harmonia, que está muito bem conduzida pelos demais integrantes. E asseguro, nesta quinta faixa percebemos que as calmas evoluções de baixo e guitarra, vez ou outra se elevam mais com primor e quando acontece, você aprecia ainda mais a música. Para quem gosta de Jazz e Fusion temos um belo momento, que o quarteto sabiamente o leva cada vez mais longe em um andamento sensacional de atuações marcantes de cada um dos músicos, lógico que enfatizando mais a guitarra, mas também com trechos que exaltam os ritmos brasileiros como o baião.
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Live Sessions At Mosh conta ainda com um clipe para Valsa à Paulistana, que mostra os músicos em uma das sessões de gravações do cd ao vivo no estúdio junto ao produtor, e aí, para você que ficou curioso em saber como Tony Babalu consegue as formidáveis linhas da música, poderá assistir e sentir ainda mais a energia que é passada.
Definindo este Tony Babalu Live Sessions At Mosh em poucas palavras: um magnífico álbum instrumental. Se você caro leitor(a) estiver familiarizado com trabalhos instrumentais, saber deixar a música adentrar sua alma, curtir guitarristas do porte de Eric Clapton, Joe Satriani, Carlos Santana e Jeff Beck... tenha esta verdadeira joia sonora deste ás da lendária Stratocaster o quanto antes, pois Tony Babalu disponibilizou simplesmente um dos melhores álbuns do ano, que não tem como não gostar após a primeira audição.
Nota: 10,0.Sites: www.tonybabalu.com.
Por Fernando R. R. Júnior
Novembro/2014