Father´s Face 3 músicas - 2009     A banda Father´s Face teve sua origem na cidade de Três Coroas/RS em 2001, quando o guitarrista e vocalista Alessandro Marques, que na época cursava a faculdade de música estava assistindo uma aula sobre Frankenstein, pronto, isso tilintou em sua cabeça, então ele começou a esboçar a ideia de criar um álbum conceitual sobre a obra de Mary Shelley que tratará de temas interessantes como: o homem de brincar de Deus e a visão preconceituosa da humanidade com seres que não estão de acordo com os padrões 'normais' de estética.

    Para concretizar esse projeto, Alessandro formou a banda juntamente com Lucas Guimarães nos vocais, Cristóvão A. Vieiro na guitarra, Luciano Oliveira no baixo e Daniel Seimetz na bateria. Aliás, o que chama muito a atenção deste demo é o formato escolhido pela banda: rústico, mas no estilo de um livro antigo com as informações, letras e foto da banda, ou seja, eles fizeram uma mescla de simplicidade com muita originalidade para embalar as três canções puramente Heavy Metal do cd. E a primeira é ...Or A Lonely Soul? - um Heavy Metal com linhas pesadas e muito bem direcionadas nas guitarras, já os vocais passam por momentos puramente melódicos nas vocalizes de Luciano Guimarães e mais guturais com Alessandro. Este primeiro ataque do Father´s Face exibe também muitos efeitos antes do solo de guitarra de tal forma como se uma criatura acordasse de seu sono profundo e é essa sensação que temos enquanto a banda conta sua versão para a fábula de Frankenstein.

    Depois em My Reflection adentramos para um som mais cadenciado com bastante repique de bateria de Daniel Seimetz com uma ótima atuação do vocalista Luciano Guimarães. Se a primeira flerta com influências de Heavy Metal dos dias atuais, esta é um mergulho cheio de melodia nos metal dos anos 80. Encerrando o cd temos Thy Touch, que é a mais rápida e mostra claras marca uma incursão do Father´s Face na linha Power Metal, onde destaca-se a eficiência da dupla de guitarristas Alessandro Marques e Cristóvão A. Vieiro. Quando chegamos aos trechos falados, somos agraciados com um momento muito emocionante onde evidenciam-se novamente as guitarras e também um solo de baixo de Luciano Oliveira e registro aqui, o quinteto aplica muita técnica no final desta música.