Rotten Pieces - Rot In Pieces
6 Faixas - Marquee Records - 2015

    Ao ver a capa do cd Rot In Pieces feita por Mauricio Reguffe para a banda Rotten Pieces já sabia que o som do Power Trio formado por Lucas Bertagia na guitarra, Leonardo Morales ( ex-baixista do Darkest, Dioxina e Between Lions; atual baixista da Iced Saga - Brazilian Iced Earth Tribute ) nos vocais e baixo e Davi Menezes ( da Dioxina ) na bateria seria dos mais extremos possíveis, no caso um violento Death Metal/Thrash Metal, pois, no seu desenho temos um ser insano sentado com um braço nas mão e vários pedaços putrefáticos de seres humanos em um alto armário.

    O trio formou-se em novembro de 2013 na capital paulista São Paulo e em pouco tempo juntos ( em junho de 2015 ) já disponibilizaram o primeiro single para a música The Refuge Of Suicidals, que antecedeu o lançamento deste EP ( ocorrido em agosto deste mesmo ano ), cujas  gravações foram realizadas no Seven Keys Studio em São Paulo/SP também em junho de 2015 por Fábio Golfetti, que assina a masterização. A bolachinha está embalada em 'digipack' tem em sua temática aborda lendas urbanas, fatos históricos e demonologia.

    A dilaceração começa com a faixa título do cd, a Rot In Pieces ao som devidamente sombrio de trovões, passos, latidos, que por fim nos conduzem ao veloz ambiente extremo do Death Metal do trio através de urros ferozes e linhas instrumentais avassaladoras, muito repiques na bateria e riffs destruidores na guitarra, que são convidativos para abrir as mais violentas rodas. Depois recebemos os dedilhados mais calmos, porém, significativamente obscuros que trazem as vozes desconexas de Hell Soldier ( narrando a história de Spwan, o personagem dos 'gibis' criado por Todd McFarlane ) que explode em um andamento repleto de guturais e sempre acelerando no baixo, bateria e guitarra, que exalam níveis de agressividade imensos e também ótimas alternações em seu ritmo. Em Refugee Of Suicidals, o Rotten Pieces nos expõe à uma matadora e frenética composição, cujo ódio transborda a cada urro de Leonardo Morales aumentando junto com a parte instrumental 'enesimamente' o índice de violência desta terceira faixa.

    Para a demolidora Bloody For Freedom, o trio apresenta uma voraz sequencia na bateria de Davi Menezes, que antecede toda a quantidade de urros nos versos de sua letra, sendo que praticamente não entende-se o que é cantado, bem ao gosto dos fãs do estilo, mas, o destaque fica com a parte instrumental, em especial aos solos de Lucas Bertagia na guitarra.

    Na seguinte, o trio nos traz uma composição ainda mais destruidora, crua e violenta, pois, Pure Words é vociferada com tanta cólera de forma a satisfazer os apreciadores de nomes como o Cannibal Corpse facilmente, sendo que o Rotten Pieces a executa em um verdadeiro massacre sonoro sempre intenso. Fechando Rot In Pieces temos os riffs de guitarra que nos mostram uma gradativa evolução mais cadenciada em Colony, que à maneira que seus minutos vão passando se torna um Thrash Metal cada vez mais aniquilador destacando solos eficazes do guitarrista Lucas Bertagia e do baixista Leonardo Morales.   

    O Rotten Pieces soube juntar os pedaços ‘terrivelmente cortados’ e transformá-los em seis composições densas, brutais e voltadas ao mais esmagador Death Metal/Thrash Metal nesta sua primeira incursão em estúdio e deverá chamar a atenção dos adoradores de nomes como o citado Cannibal Corpse e também de Dying Fetus, Slayer e os nossos mestres do Krisiun, que gostem de técnica aliadas às mais exponenciais linhas extremas.
Nota: 9,0.

Sites: http://rottenpiecesofficial.wix.com/rottenpieces
e
https://www.facebook.com/rottenpiecesofficial.

Por Fernando R. R. Júnior
Julho/2016

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