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Esses sinistros heróis do futuro são personagens representados por:
- Tato de Luca ( Da'At - xamã do Clã Visari ) nos vocais, que fundou o Accla e idealizou em 2015 o projeto O Levante do Metal Nativo com 14 bandas brasileiras, que tinham em seus temas história e a cultura do Brasil.
- Flávio Sallin ( Hokhmah - o tecnomante do Clã Ashari ) nos teclados, que é formado em produção musical pela Universidade Anhembi Morumbi, tem o canal Teclas e Ideias no Youtube e é tecladista do Ozzmosis Ozzy Osbourne Tribute e do duo de Synthwave Omnicode.- Paulo Roveri ( Hesed do Clã Subterrâneo dos Silvai ) na guitarra, que toca também com o Almanak, que entre outros feitos executou o Hino do Corinthians para quase 40 mil pessoas no aniversário do lendário clube paulista.
- Bruno Luiz ( Netzah do Clã Isteni ) na guitarra, que é professor da School Of Rock, já tocou na banda do cantor Supla e na Stormsons, porém, atualmente está na Command6 e na Código Clone.
- Marcos Dotta ( Malkuth do Clã Militar Tarkasi ) na bateria, que já comandou as baquetas em shows do saudoso Warrel Dane ( Nevermore ), de Tim "Ripper" Owens ( KK Priest ), de Roland Grapow ( Masterplan e ex-Helloween ), de Leather Leone e de Udo Dirkschneider ( ex-Accept ) em suas turnês brasileiras, além de fazer parte da banda banda alemã Metallium.
- Fernando Giovannetti ( Yesod do Clã Cybertech dos Ghenari ) no baixo, que já tocou com o Karma, o Aquaria, o Soulspell, o Wizards, o Glory Opera e o Armored Dawn, sem contar que foi 'sideman' do mestre Vinnie Appice em sua tour brasileira.
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A terceira é bastante diversificada, todavia, torna-se consideravelmente pesada e intrigante, sendo que isso faz Welcome ( To The Death ) ser uma faixa complexa e de andamento carregado em que suas vocalizações são repletas de ira e totalmente encorpadas alternando momentos que chegam ao Death, enquanto que outros são quase introspectivos. Vale mencionar também, que ainda crava seu título em nossas mentes através dos vocais envolventes de Tato de Luca, o The Heathen Scÿthe exibiu um trabalho excelente do tecladista Flávio Sallin, do baixista Fernando Giovannetti e do baterista Marcos Dotta.
De ares obscuros, The Offering parece uma oração pagã que é interrompida pelos teclados e pela junção de bateria e de guitarras, sempre com muita percussão até conectar-se a Into The Fire, cujas vocalizações são deveras interessantes e alguns de seus trechos não se assemelham à nada que você tenha ouvido antes. A evolução da música imposta pelos teclados e pelos demais instrumentos é outro destaque, pois, é impossível prever ou imaginar por onde o The Heathen Scÿthe pretende seguir e isso, sem contar com o seu ótimo refrão, ou seja, ponto para a banda.
Fechando este marcante EP temos Spiral Dance/The Egregore, cujo estilo lembra uma celebração ritualística com frases repetidas quase que incessantemente pelo vocalista, que depois passa uma atmosfera viajante antes de um momento robusto de Heavy Metal e um término no piano que é bastante calmo, obscuro e até tétrico, tal como se o ritual proposto pela banda tivesse sido realizado e seu propósito alcançado.
Embora seja um EP curto de apenas 19 minutos, esta estreia do The Heathen Scÿthe é feita com músicas que incitam e capturam o ouvinte por exibirem a fusão de estilos promovida por eles com perfeição dentro de um conceito lírico metafísico e de ficção científica, que agradará aos fãs de Heavy Metal em geral e - especialmente - aqueles que apreciam nomes do porte Mercyful Fate, King Diamond, Rob Zombie, Ghost e afins.
Nota: 9,5.Por Fernando R. R. Júnior
Agosto/2024
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