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Aversions Crown -
Xenocide
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Sobre as letras que foram compostas pelo vocalista Mark Poida e versam sobre pequenos contos de destruição, vingança, reanimação e assassinatos, ficamos sabendo conforme ele mesmo explica: "Eu tinha, realmente, uma incrível e brutal tela na minha frente para pintar uma imagem lírica má e horrível. Nós fomos além da nossa capacidade compositiva e estamos muito orgulhosos do trabalho." E antes de comentar mais sobre o álbum, posso dizer que conseguiram atingir os objetivos tanto na parte instrumental quando nos vocais e o que vamos encontrar aqui é um dos mais brutais Death Metal que ouvi nestes últimos anos.
Sabendo disso, vamos agora ao massacre sonoro que se aproxima nas doze faixas do cd, que começa com a instrumental Void, canção sombria com harmonias e percussões se evidenciando até que o Aversions Crown traga seu Death Metal contido na caótica Prismatic Abyss, que é repleta de ferozes urros e vocais rasgados através de um andamento cadenciado. A imponente violência do quarteto continua com a The Soulless Acolyte, que salvo em alguns instantes em que seu ritmo abranda um pouco ( pouco mesmo ) é porrada e urros por todo o tempo.
Uma breve atmosfera viajante antecede a fúria contida em Hybridization, que desfere urros cada vez mais violentos e agressivos, que praticamente guiam a insanidade instrumental extrema que amparam a composição. Para Erebus, o Aversions Crown dentro de sua agonizante viagem interplanetária a bordo deste Xenocide apresenta uma canção de linhas fortemente rápidas nas guitarras e na bateria, porém com direito a algumas partes e lentas em outras, mas, sempre com um índice de urros descomunal, que somente quem gosta mesmo de Metal Extremo conseguirá absorver esta barbaridade sonora. Sem diferenciar muito uma música da outra, a cólera dos australianos tem sequencia em Ophiophagy, que é consideravelmente mais implacável que as anteriores, mesmo nos momentos em que aparentam serem calmos, ou seja, são urros cruéis expelidos de forma incansável por Mark Poida.
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A décima é Cyrcles Of Haruspex e se você pensava que em Still Born Existence o Aversions Crown havia atingido o seu ápice do ódio de sua crueza... enganou-se caro leitor(a) do Rock On Stage, pois, aqui eles foram muito além em uma das mais ásperas do cd, entretanto, longe de empolgar à menos que este tipo de som faça a sua cabeça. A penúltima de Xenocide é a destroçadora Misery, que não acrescenta novidade ao que ouvimos até aqui, apenas uma impiedosa avalanche de vocais urrados à enésima potência. E por fim, eles encerram com Odium, onde até dão um destaque para as guitarras, mas, elas some ante ao tamanho do som Brutal imposto em tantos urros simplesmente torturantes.
Mesmo quem é acostumado com sonoridades extremas pode demorar para adaptar-ser ao Brutal Death Metal/DeathCore tão ríspido quanto ao praticado pelo Aversions Crown neste Xenocide. Se for o seu caso, então prepare-se para sua aniquiladora viagem de 50 horrendos minutos de um álbum conceitual, que para os admiradores de obras assim... vale que vale observar mais as letras que contam uma massacrante história de ficção científica e terror, que neste caso é sobre o personagem Erebus enfrentando Nexus, ambos da raça dos Aeons.
Nota: 7,0.
Por Fernando R. R. Júnior
Setembro/2020
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