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Avi Rosenfeld -
Very Heepy... Very Purple
VII
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Para começar temos Walls Of Castle Black, que exibe longos e rápidos solos de guitarra em uma pegada direcionada ao Hard Rock setentista baseada nos nomes já citados passando muita energia, seja nos vocais ou na robusta parte instrumental em que sente-se que é devidamente feita com capricho, com direito a poderosos agudos da voz de Vahtango Zadiev e muitos solos de teclados Hammond feitos por Mathew Bennett. A eletricidade prossegue em ritmo de Rock'n'Roll com a empolgada Somebody Alone em que Piyush Kapoor canta de forma mais 'suja' e contracena com os teclados - agora capitaneados por Nick Foley e George Barabas - significativamente exalando claríssimas influências do saudoso e nobre Jon Lord. A ótima voz de Gautam Tamang nos cativa em Caejars através de um ritmo épico em que percebe-se que sua inspiração foi no Rainbow, quando Dio comandou os vocais da banda e aqui Avi Rosenfeld adicionou melodias marcantes em suas linhas instrumentais, que seguem para o longe em vibrantes viagens que quantificam a potência desta composição, confirme ao sentir até onde são elevados os seus solos de sua guitarra sempre devidamente harmonizados pelos teclados Hammond, que desta vez tiveram o convidado Salvo DAddeo.
Para a rápida Castle Knights From Edimburgh, o israelense dispara fervoroso solos de guitarra para uma 'purpleana' canção que traduz linhas excelentes para se apreciar de olhos fechados destacando os teclados tocados por Carlo Peluso e também o ótimo timbre da voz do cantor Luca Micioni, que nos proporciona calorosas variações. Detalhe, os solos de teclados combinados com a bateria ( executada por Thomas Lofholm ) e a guitarra suspendem-se até o topo e tornam esta quarta canção de Very Heepy... Very Purple VII ainda mais emblemática. Relembrando do mestre Ronnie James Dio temos a cativante Evil Clown, cujos teclados tocados por Victor Hugo Santafe Ossa só não são melhores que as vocalizações feitas por Peter Rudolf, ambos executados em um estilo medieval dotado de uma riqueza instrumental muito grande, como pode ser melhor percebido também ao se reparar nas evoluções de teclados e bateria da dupla Victor Hugo Santafe Ossa e Patrik Sviberg, respectivamente.
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Próximo ao final temos a Layla's Lover, onde são demonstrados toques orientais em um andamento Heavy Rock, que é conduzido com habilidade por Avi Rosenfeld em meio a vocais mais largados de Luca Micioni, além de uma percussão e toques de baixo, ambos proeminentes e executados por Gabriele Caroniti na mais diferenciada canção do cd em que seu Heavy Rock é quase um coadjuvante e por isso mesmo... se torna deveras interessante. Encerrando este ótimo Very Heepy.. Very Purple VII temos a veloz Tailgunner com vocais de Ivan Giannini que me lembraram Graham Bonett e um estilo Rock'n'Roll transbordando energia em um padrão voltado para o Deep Purple.
Poderia definir este Very Heepy... Very Purple VII de Avi Rosenfeld simplesmente dizendo que se trata de uma verdadeira sonzeira setentista, mas não estaria falando a realidade deste álbum, pois, o israelense provou que é muito mais que isso ao juntar o legado de grandes nomes clássicos do Heavy Rock e moldar em novas e empolgantes composições que se destacam neste cenário globalizado, que facilitam o acesso às novidades, seja de onde forem. Quem gosta de Deep Purple, Uriah Heep, Dio e Rainbow deve conhecer o sétimo volume ( e os outros também ) de sua homenagem aos mestres e saber que o futuro do nosso amado estilo está assegurado com muita boa música vinda de lugares inesperados e não tão tradicionais como é o caso de Israel. Continue firme Avi Roselfeld mantendo a chama do Heavy Rock em queimando.
Nota: 9,5.Por Fernando R. R. Júnior
Novembro/2018
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