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Benediction -
Scriptures
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E o Death Metal totalmente visceral do Benediction começa com a matadora Iterations Of I a toda velocidade e com urros devidamente violentos conferindo assim um clima devastador à canção, porém, não posso esquecer dos solos de guitarras mais tradicionais inclusos na música e muitos 'blast beats', que trazem ótimos pontos onde o único desejo é sacudir o pescoço. O massacre sonoro continua com Scriptures In Scarlet com seu acelerado e imponente andamento liberando Dave Ingram para vociferar com firmeza exalando toda a sua cólera expressa em cada verso da composição. A terceira é a The Crooked Man e embora seu ritmo não seja tão veloz, saiba que ao ser somado com os seus vocais, a música se torna tão violenta quanto as anteriores, onde sua parte instrumental se sobressai tão bem quanto seus vocais em que recomendo ficar de olho em suas viradas, que tem a velocidade aumentada, bem como também a sua fúria resultando em um Death aniquilador clamando a abertura de uma roda imediatamente.
Para Stormcrow, o Benediction ataca com uma faixa cadenciada e ferozmente envolvente, seja no seu ritmo que em certas partes fica rápido para migrarmos até a roda ou nos seus vocais que estão totalmente revoltosos resultando assim em outra marcante composição deste cd. Em Progenitors Of a New Paradigm somos expostos a um início instrumental muito bem construído e executado pela banda se ligando à uma sequência Death Metal Old School devidamente raivosa a cada instante com Dave Ingram recebendo a participação de Kam Lee ( ex-Mantas, Denial Fiend, Massacre e outros ) nos vocais nesta música que que recomendo uma atenção para as viradas feitas por Giovanni Durst em sua bateria.
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A nona de Scriptures é a bordoada Embrace To Kill e o Benediction enviou um Death Metal veloz, com urros cheios de ira e com um estilo literalmente opressor, que graças à sua aura Old School dá a sensação que o seu rolo compressor não vai parar por nada sendo brutalidade espalhada para todos os lados. A seguinte é Neverwhen e os ingleses antes de promoverem o caos em seu andamento, primeiro mostram uma linhagem instrumental saliente, que fornece a base para seus cortantes urros e então evolui significativamente ao passar de seus minutos sem perder jamais o tamanho do grau visto desde o seu primeiro segundo.
Perfeito e sincronizado como um relógio suíço, o Benediction mantém seu extermínio sonoro com a explosiva e de média velocidade The Blight At The End em que Dave Ingram parece não ter limites para adicionar mais fúria aos seus vocais. Terminando Scriptures temos We Are Legion, composição de linhas instrumentais cadenciadas bastante cativantes e que ao eclodir os seus vocais urrados - liberados à vontade - temos simplesmente um hino Death Metal em que podemos nos entregar ao headbanging, ainda mais quando chegam os momentos mais velozes de seu andamento em que os toques de bateria, os solos de guitarras e a atividade do baixo pavimentam a ferocidade que esperamos nos vocais gerando no fã o anseio de socar o ar até o braço cansar.
Depois de doze longos anos após o lançamento do álbum Killing Music lá em 2008, o Benediction está aí novamente com seu Death Metal Old School voraz e tradicional para deixar claro porque são um dos ícones do estilo e porque fizeram tantos seguidores ao passar do tempo, conforme ficou explícito nestas doze destroçadoras faixas pertencentes à este álbum Scriptures, naturalmente um dos mais dilaceradores lançamentos de 2020, também pudera... eles são de Birmingham, terra onde o Heavy Metal efetivamente começou com uma banda chamada Black Sabbath.
Nota: 9,5.Por Fernando R. R. Júnior
Junho/2021
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