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Shrine teve suas guitarras e vocais gravados por Steve Jones no BFW HQ, já a bateria foi registrada por Adam 'Nolly' Getgood e Sebastian Sendon enquanto que a masterização é assinada por Mike Kajajian e feita no Rogue Planet Mastering. Vale dizer também que os arranjos de cordas foram compostos por Simon Dobson e executados pela Parallax Por Orcherstra ( com Will Harvey e Guy Burton nos violinos, Rick Jones na viola e Peteris Sokolovskis no cello ) e gravadas por Peter Miles no Middle Farm Studios. A sombria - mas deveras abstrata - capa é uma criação do baixista David Provan.
I Am Damnation abre Shrine com sonoridades estranhas e posteriormente recebemos um ritmo cru e bastante pesado, que é embasado nos toques de baixo e nas guitarras amplamente distorcidas, que favorecem aos vocais urrados de Scott Kennedy concedendo a música um estilo totalmente caótico em seu Deathcore. Em seguida, o Bleed From Within adiciona mais velocidade e torna Sovereign uma canção tão densa quanto a anterior, só que agora com os índices de violência elevados para patamares maiores, mesmo em suas partes cadenciadas destacando a participação de Waclaw "Vogg" Kiestika do Decapited.
Então na sequência temos formosos dedilhados, porém, bastante breves e assim entra Levitate, onde o Deathcore dos escoceses alterna na partes extremas com outras melodiosas e surpreendentemente, algumas até suaves em seus vocais, porém, mesmo durante os solos de guitarras de Craig "Goonzi" Gowans e Steve Jones quem chama atenção é Dave Provan com seus fortes toques no baixo e também Ali Richardson detonou para valer na sua bateria. Para Flesh And Stone, eles promovem um terremoto sonoro rápido e visceral com algumas partes melódicas, mas, a síntese aqui é de desolação completa, como está estampado nos vocais de Scott Kennedy, que contam com a presença de Hannah Boulton nos backing vocals.
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Fechando a conta é a vez de Paradise, que exibe uma nova participação de Hannah Boulton nos backing vocals e a composição começa entristecida por conta dos seus toques de piano e ganha em dramaticidade durante o seu andamento à maneira que Scott Kennedy aplica sua raiva ao cantar os seus versos resultando assim em uma canção teoricamente mais lenta, porém, como em tudo que o Bleed From Within fez neste álbum é brutal, todavia, com um complemento específico: seu estilo tenebroso.
Mesmo com toda ira ouvida em cada uma das músicas deste álbum Shrine é importante pontuar que todos os instrumentos e vocais foram ouvidos com exatidão de forma que os admiradores de nomes do Metalcore e do Deathcore, tais como Bring Me The Horizon, Suicide Silence, Caliban, White Chapel, Carnifex entre tantos outros tem aqui um porto seguro e uma garantia que o Bleed From Within é um dos nomes que não desapontam os seus seguidores e entregou um disco simplesmente desmantelador.
Nota: 8,0.Por Fernando R. R. Júnior
Abril/2023
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